quarta-feira, 17 de junho de 2015

Rei posto rei morto....o caso Sarney



No Blog do Parsifal

José de Ribamar Ferreira de Araújo Costa, como José Sarney foi governador do Maranhão, senador da República, presidente do Senado por três vezes e presidente da República, tendo se tornado um dos políticos mais influentes do Brasil.
Mas eis que José Sarney resolveu, aos 85 anos, aposentar-se. Seus adversários afirmam que a aposentadoria foi uma forma de não ser derrotado em uma eleição na qual ele teria grandes probabilidades de perder, mas é fato que quatro anos antes da eleição de 2014 ele já afirmava que não concorreria a cargo algum.
Há quatro meses sem mandato e sem o governo do Maranhão, que lhe poderia dar sustento político para continuar tendo a atenção da bancada do PMDB do Maranhão e do Amapá, Sarney, por não mais ter o que entregar ao Planalto, experimenta a alvorada de um ostracismo que ele não esperava chegar tão pronto.
Talvez nas suas centenas de conversas com o ex-presidente Lula, ele não tenha levado a sério o que Lula sempre fala brincando, mas é a mais perfeita tradução da realidade: “político sem mandato nem o vento bate nas costas”.
Ao invés de procurar outras brisas, Sarney insiste em carregar um cetro imaginário: telefona para ministros, encaminha nomes para cargos, pede audiências à presidente da República.
O que era ouvido com gentileza no início, começa a se tornar um incômodo com o passar dos dias e já há demandado que recusa as ligações com aquele típico “está em reunião e depois liga”.
Já há ministro reclamando, em petit comité (mas paredes têm ouvidos para escutar e bocas para contar), que não atura mais as investidas de José Sarney, pois se “o Planalto já não está conseguindo atender quem tem mandato, imagine os que não tem”.
Independentemente dos méritos e deméritos de José Sarney, ou do que possam dele dizer os que o admiram e os que o odeiam, alguém precisa aconselhá-lo a se recolher, pois assim sempre será recepcionado nos bailes da República como um benemérito portentoso, mas se continuar com essa postura inglória, não tardará a chegar o dia em que José Sarney voltará a ser apenas José de Ribamar Ferreira de Araújo Costa.
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