sábado, 30 de maio de 2015

FIFA: são uns ladrões, mas o Putin tem razão


Por que o FBI não fez a operação uma semana depois da eleição na FIFA ?​

Como diz o Senador Romário, são uns ladrões e uns safados.
(Vamos ver se o Senador Romário vai entrar na pequena área da Globo, não é isso, Marcelo Campos 
Pinto ?
Marcelo é o diretor da Globo que chora quando pronuncia o nome do Marin )
(Insondável mistério: a página da espn.uol que levava ao lacrimoso discurso do diretor da Globo não 
discurso-em-festa-do-paulista-e-chora-ao-falar-de-cartola%20o%20 .
Que feio !)
Como diz aquele jornalista inglês, o Blatter é o mais longevo tirano não-homicida.
Como diz o Mino, autor do antológico artigo que joga na mesma sopa o Gilmar Mendes, Daniel 
Dantas e o Marin, tudo começou com o Havelange, que no Rio deu até nome a estádio…
São uns caras de pau, acusa o Mino.
(O Mino é, no fundo, muito gentil …)
Mas, cabe fazer uma ponderação.
Só há no mundo duas instituições que desempenham papel estratégico, de repercussão mundial, que 
ainda não estão sob o controle dos Estados Unidos.
São o Vaticano – e a FIFA !
Controlada por ladrões, como se comprova agora, porém, a FIFA decidiu realizar três Copas do 
Mundo fora do Primeiro Mundo.
Na África do Sul, no Brasil e, agora, na Rússia.
Nos BRICs, não é isso ?
Os BRICs que, segundo o banco americano Goldman Sachs, formarão um conjunto econômico mais 
forte que o que hoje os americanos lideram.
Brasil, Rússia, India, China e África do Sul.
A Rússia, desde a inevitável anexação da Crimeia, voltou a enfrentar uma feroz pressão americana, 
através, inclusive, de seus protetorados, como a Alemanha da sra Merkel, outro poodle dos 
americanos.
O FBI detonou a operação Caça aos Cartolas na ante-vespera da eleição para presidente da FIFA.
Que bom !
Todos os ladrões na cadeia !
Todos, vamos ver, né, Senador Romário ?
Que bom !
Mas, por que o FBI não lançou a operação um mês antes ou um mês depois da eleição na FIFA ?
Uma semana DEPOIS ?
Que coincidência !
Terá sido para derrotar o Blatter e tirar a Copa da Rússia ?
Teoria conspiratória ?
Volta da Guerra Fria ?
Em política não há coincidências, dizia o Dr Tancredo.
Ah, o FBI quis aproveitar que os ladrões estavam todos reunidos no mesmo hotel, na Suíça.
Foi para facilitar.
Ora, amigo navegante, o FBI lá tem dificuldade de achar quem quer seja, onde estiver ?
O FBI sabe até onde se esconde, nesse momento, o Ricardo Teixeira…
Se quiser, pega ele em meia hora …
Ou não foi para prender os safados na Suíça, a poucos quarteirões de onde se realizaria, em seguida, 
a reeleição do Blatter ?
na-fifa.html
Putin é um homem de inteligência, da KGB.
Não acredita em Papai Noel.
E desses lideres dos BRICs só o Putin parece ter cachorros …
São todos uns safados …
Mas, que o Putin tem razão, tem !

Em tempo: aquele amigo navegante tem razão. Os filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – vão pensar duas vezes antes de por o pezinho fora do Brasil …

Paulo Henrique Amorim
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O FBI conhece o Marcelo da Globo ?


E o João Dória ? Vai fazer o “Cansei CBF”? 

É Marcelo Campos Pinto.
Ele é o homem da Globo que negocia e compra os direitos de “transmissão televisiva”, segundo a
expressão do FBI.
Ele é o Rei da Cocada Preta na Globo.
Ele é o embaixador plenipotenciário da Globo na FIFA e na CBF.
Manda mais que o Ali Kamel, que redige até as perguntas que o Bonner lê.
Muito mais.
Porque o Marcelo mexe com grana !
Grana grossa.
Como se sabe, não fosse a exclusividade para transmitir a Copa e o Brasileirinho, a Globo já tinha 
quebrado – com Bolsa PiG e tudo !
O Marcelo trabalha dentro do cofre dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio.
O Conversa Afiada se sensibilizou com a guinada moralista da Globo.
Ela quer porque quer apurar tudo, até as últimas consequências.
Não pode ficar pedra sobre pedra na roubalheira desenfreada da FIFA !
Comovente !
Nessa mesma cruzada moralista, com o intuito de colaborar com a Justiça e a Punição Implacável 
dos Corruptos, o Conversa Afiada se pergunta se o FBI já ouviu falar no Marcelo.
Quem sabe o Marcelo se apresente a representantes do FBI no Brasil – à PF do zé é inútil… – e se 
voluntarie e conte tudo o que sabe sobre a FIFA e, portanto, sobre a CBF.
Ninguém mais qualificado do que ele para dar ao FBI instrumentos para desvendar o que se esconde 
atrás dessa expressão “transmissões televisivas”.
O Marcelo poderia fazer como o J. Hawilla, que, espontaneamente, se ofereceu para colaborar com a 
busca da Justiça.
Afinal, depois de assistir àquele editorial do Bonner no jornal nacional, todo cidadão brasileiro está 
na obrigação de colaborar com o FBI !
A Globo não se eximirá dessa grave responsabilidade.
E, com certeza, vai liberar o Marcelo para prestar esse serviço à Causa da Limpeza do Futebol.
às lágrimas – discurso que Marcelo pronunciou num evento com o Grande Marin e o Marco 
Polo (não menos Grande!):

“Mais importante do que comprar um campeonatos é conviver com o mundo do futebol. É um 
prazer imenso”, começou a falar, logo depois iniciando uma série de cumprimentos.

(…) Excelentíssimo senhor Juan Ángel Napout, ilustre presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol. Excelentíssimo senhor Marco Polo Del Nero, presidente da Confederação Brasileira de Futebol, com quem tenho o privilégio de conviver assiduamente há mais de 11 anos. Ilustríssimo presidente, ex-presidente, da Confederação Brasileira de Futebol, mas como muito bem acentuou Marco Polo, o eterno presidente José Maria Mari. Excelentíssimo, queridíssimo amigo de mais de duas décadas, Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol.
2015 vai entrar na história do futebol brasileiro como um grande ano. O ano em que há poucas semanas o presidente José Maria Marin passou o bastão para o presidente Marco Polo. Presidente Marin, em nome do grupo Globo, em meu nome, eu gostaria de agradecer todo o carinho, toda a atenção com a qual o senhor sempre nos brindou, sempre aberto a discutir os temas que interessam ao futebol brasileiro, dos quais me permito destacar, o novo formato da Copa do Brasil, que deu mais charme a essa competição promovida pela CBF, que é a verdadeira competição do futebol brasileiro.
O apoio às Séries C e D no Campeonato Brasileiro, que em outros tempos tinham de abrir mão de participar porque não tinham como pagar as passagens e hospedagens. A sua visão de homem do futebol fez com que a CBF passasse a patrocinar essas competições e melhorasse o nosso futebol.
A Granja Comary, toda reformada, para a formação de nossos futuros craques. E por que não dizer da sede da CBF, a José Maria Marin? Presidente, o senhor inscreveu o seu nome na história do futebol, tendo sucedido um grande presidente, que foi Ricardo Teixeira.
Presidente Marco Polo, quero lhe dizer que repito as palavras de atenção e carinho, de colaboração, a você. Espero continuar essa parceria de sucesso que foi feita na Federação também na CBF. Desejo sucesso a você, não é uma dúvida, é uma garantia, dado o seu passado, de um homem que conhece profundamente o futebol.
Querido Reinaldo, fico até um pouco emocionado em lhe homenagear como um pai de família, como um amigo carinhoso, como uma pessoa que veio construindo seu nome no futebol e que sabe realmente o alfabeto do futebol que é tão complexo. O parabenizo, e também ao Marco Polo, pelo Campeonato Paulista de 2015, recorde de público e de renda quebrados, jogos eletrizantes, semifinais inacreditáveis, com estádios lotados, duas finais de tirar a emoção de todos nós, com públicos presentes e audiências jamais vistas.
Parabéns a todos vocês. Parabéns ao presidente Modesto Roma, do glorioso Santos. Parabéns ao presidente Paulo Nobre, do não menos glorioso Palmeiras. E um detalhe importante para encerrar e não tomar o tempo de vocês. Dois clubes que lutaram com dificuldades financeiras extremas, mas graças a dedicação e competência de seus dirigentes, que mostraram que administrações austeras também podem ser campeãs. Parabéns.”


Em tempo: e o João Dória ? Não vai liderar um movimento “Cansei CBF”? Afinal, por sugestão do Marco Polo, ele vai chefiar a delegação brasileira na Copa América. O Marcelo concordou ?
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O GARGANTA PROFUNDA DA FIFA


Desde 2011 o norte-americano Chuck Blazer colabora com o FBI nas investigações sobre o 
esquema de corrupção na FIFA. Ele trabalhou durante 17 anos no Comitê Executivo da 
federação internacional. Ganhou o apelido de "Sr 10%" por essa ser a porcentagem que 
ganhava em cada contrato que conseguia fechar para Jack Warner, presidente da 
Confederação da América do Norte, Central e Caraíbas (CONCACAF) de quem foi amigo e 
conselheiro. 


Chuck blazer esteve 17 anos no Comité Executivo da FIFA. "Apanhado" em 2011, norte-americano passou a ajudar o FBI na investigação. Era o "Sr. 10%"
Charles Gordon Blazer nunca foi alguém que passasse despercebido. A figura corpulenta, de uma obesidade mórbida que o fez chegar aos 200 kg, e as longas barbas à Pai Natal seriam até as mais discretas facetas da personalidade deste norte-americano que podia resumir em si mesmo quase todos os pecados apontados à FIFA ao longo de décadas de atividades promíscuas. E que agora foram postas a descoberto pelo FBI, numa investigação que teve Chuck Blazer como agente infiltrado.
O que verdadeiramente captava as atenções neste nova-iorquino - cujo primeiro contacto com o futebol foi a treinar a equipa do filho, em 1976 - era o estilo de vida excêntrico e desregrado que cultivou desde que chegou aos gabinetes de poder do futebol mundial, primeiro na CONCACAF (1990-2011), a confederação da América do Norte, Central e Caraíbas, e depois no Comité Executivo da FIFA, entre 1996 e 2013 (17 anos).
Com ele, ficou famoso também o papagaio Max, que Chuck gostava de passear ao ombro. E ainda festas e gastos sumptuosos, viagens em jatos privados, apartamentos de luxo de Nova Iorque às Bahamas e a convivência com figuras como Vladimir Putin, Nelson Mandela ou Hillary Clinton, encontros que foi expondo no seu blogue Travels with Chuck Blazer and his Friends [Viagens com Chuck Blazer e os seus Amigos]".
Mas o topo das excentricidades esteve no 49.º andar da Trump Tower, em Manhattan, no coração de Nova Iorque, onde, conta o New York Daily News, o antigo secretário-geral da CONCACAF teria dois apartamentos: um para ele, com uma renda de 16 500 euros mensais, e outro apenas para os seus gatos, de 5 500 euros/mês.
De desempregado a "Sr. 10%"
A fortuna de Chuck Blazer começou a construir-se em 1989. Então desempregado, o norte-americano convenceu o tobaguenho Jack Warner (um dos detidos nesta investigação à FIFA), que conhecera no seio da CONCACAF aquando de uma passagem anterior pela federação norte-americana de futebol, a candidatar-se à presidência daquela confederação. Com a vitória de Warner, Blazer foi nomeado secretário-geral, com um contrato que lhe valeu a alcunha: "Senhor 10 por cento" - percentagem a que teria direito por cada contrato.
Fundamental para impulsionar o futebol na América, viu o mérito reconhecido e recompensado com um lugar no Comité Executivo da FIFA. Mas usou também dos seus lugares de poder para amealhar comissões ilegais em negócios vários, dezenas de milhões de dólares espalhados por paraísos fiscais, segundo a investigação norte-americana, com a qual o próprio Chuck passou a colaborar no outono de 2011.
Em novembro desse ano, enquanto descia a 5.ª Avenida em Nova Iorque numa das suas cadeiras de rodas motorizadas (que usava para se deslocar, fruto da obesidade), rumo ao luxuoso restaurante Elaine, onde tinha a habitual mesa 4 reservada, Chuck Blazer foi intercetado por dois investigadores, um do FBI e outro da polícia tributária (Blazer "esquecia-se" há vários anos de pagar impostos). Deram-lhe duas opções: "Ou sais daqui já algemado ou passas a colaborar."
Foi assim que Chuck Blazer passou a funcionar como um agente infiltrado do FBI na investigação à FIFA, usando um microfone escondido no porta-chaves para gravar várias reuniões com dirigentes do futebol. Em 2013, demitiu-se do Comité Executivo da FIFA e deu-se como culpado perante a Justiça dos EUA de dez acusações, entre elas fraude, lavagem de dinheiro e evasão fiscal, pagando 1,75 milhões de euros. Aos 70 anos, internado num hospital a combater um cancro do cólon, Charles Gordon Blazer ainda incorre em prisão até 15 anos. Mas foi ele a "garganta funda" que pode levar à regeneração do futebol mundial.
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POR QUE A POLÍCIA FEDERAL SE SENTOU EM CIMA DAS FRAUDES DA CBF NESTES ANOS TODOS?


Tiveram que se coçar

por : Kiko Nogueira

Foi necessária a pressão no cangote da secretária de Justiça americana Loretta Lynch para a PF
tomar uma atitude com relação à CBF. Um inquérito foi aberto no Rio. O ministro da Justiça, José
Eduardo Martins Cardozo, acha que há indícios de que os crimes apurados pelo FBI tenham sido
cometidos aqui. Bidu.
Na noite anterior, quarta-feira, a PF deu uma geral em companhias do empresário Kleber Leite, ex-
presidente do Flamengo ligado a J. Hawilla, delator do esquema da Fifa.
De acordo com as autoridades dos EUA, a investigação remonta a 24 anos de irregularidades. Nesse
período, a CBF, que está no centro do caso, operou com gás total. Onde estava a PF nesse tempo
todo? Onde as detenções barulhentas, as operações com nomes criativos?
Segundo a Folha, houve 13 sindicâncias em 15 anos contra a CBF. Nenhuma jamais deu em nada.
Uma reportagem do Lance de quatro anos atrás oferece alguns motivos.
Em 2009, a CBF foi a principal patrocinadora do IV Congresso Nacional da Associação de
Delegados Federais, em Fortaleza. A confederação teria desembolsado 300 mil reais. Ricardo
Teixeira, presidente à época, foi convidado a participar de um painel sobre a Copa de 2014.
O superintendente da PF na ocasião, responsável pela investigação contra Teixeira, era o amigo
Valdir Lemos de Oliveira. Os delegados ainda disputaram um torneio na Granja Comary, onde a
seleção treina, cedida por Teixeira.
Um ano depois, a CBF bancou uma viagem de um coral de policiais federais aposentados para a
Argentina. Uma nota oficial assegurava que o investimento foi “pontual”: “O patrocínio da CBF ao
coro de vozes, realizado em 2010 para o evento Cantapueblo, na Argentina, foi única e
exclusivamente de caráter cultural”.
Se isso não é conflito de interesses, o que é?
Nos últimos meses, a Polícia Federal tornou-se objeto de devoção de debiloides fascistas revoltados
on line por causa de sua suposta cruzada moralizadora. Ninguém acha estranho, por exemplo, que
todos os envolvidos no caso Helicoca, inclusive os traficantes apanhados em flagrante, estejam
livres, leves e soltos.
Gente como Teixeira, Marin, Del Nero, Hawilla et caterva vem dizimando o futebol brasileiro há
décadas, impunemente, enquanto se locupleta. Vamos ver se um agente da nossa valorosa PF tem a
coragem de praticar tiro ao alvo com uma foto de Loretta Lynch, como fizeram com Dilma.
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Tortura de Moro é desmascarada em vídeo, de novo !



Por: Miguel do Rosário

Tempos sombrios.

Brutalidade, prepotência, autoritarismo voltaram a fazer sucesso, promovido pela mesma mídia que, em outras ocasiões, explorou os mesmos vícios populares.
A mesma elite que sempre explorou o povo, agora tenta explorar seus ressentimentos, seus ódios, suas frustrações.
O discurso contra a corrupção, mais uma vez, é manipulado para enganar o povo.
Moro pega empresários quiçá corruptos (como muitos outros, aliás), mas velhos, alquebrados, doentes, cheios de manias e achaques de rico, para quem uma prisão é uma masmorra medieval, e tortura-os para os forçarem a se acusarem a si mesmos.
A mídia não quer saber: o povo quer sangue, a oposição lucra com isso, então assim será.
Dane-se a democracia!
Não é mais a acusação que precisa trazer elementos comprobatórios para manter um cidadão brasileiro confinado entre quatro paredes.
Agora é o cidadão que precisa provar ao juiz que é inocente.
Pior, precisa provar ao juiz que não cometerá crimes no futuro!
Como alguém pode provar a um juiz esse tipo de coisa?
Nem Kafka, em suas obras-primas, pensou em tamanha crueldade por parte do Estado.
Forçar um cidadão, através da mais insidiosa tortura física, mental e familiar (!), a provar ao juiz que não mais pecará!
Só a delação salva!
Só a delação, mesmo sem provas, desde que ofereça material narrativo à mídia.
Desde que ofereça material para o golpezinho miserável, de república de banana, que a República do Paraná pensou que seria tão fácil dar.
*

No blog do Nassif: O jogo de coerção do juiz Sergio Moro 

Patricia Faermann
Juiz federal aproveita a fragilidade do réu, que chora em desabafo sobre seu estado de saúde, pedindo a conversão da prisão preventiva em domiciliar, para coagi-lo a confessar


Jornal GGN – Apontado como um dos 11 lobistas ligados à Diretoria de Serviços da Petrobras, o empresário Mário Frederico Mendonça Góes desabafou durante uma audiência com o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela condução da Operação Lava Jato. “Eu estou ficando fraco, cada vez mais”, disse, chorando. A audiência foi marcada para pedir a conversão da sua prisão preventiva para domiciliar devido a problemas de saúde do acusado. O advogado de Góes deixa claro que o réu não falaria sobre as acusações naquele momento, e que aguardaria para a defesa no inquérito. Após a demonstração de fragilidade do empresário, Sergio Moro inicia um diálogo afirmando que, se Góes colaborasse, seria analisada a revogação da prisão preventiva.
No áudio afirma, categoricamente, que prisão preventiva é “instrumento utilizado para o crime de colarinho branco”, objetivando com ela a “boa vontade em esclarecer” as acusações. O juiz federal ainda defende a ideia de que o ônus da prova cabe ao acusado: “o juízo não tem nenhuma notícia do concreto em que pese a afirmação da defesa de boa vontade em esclarecer, resolver essa situação em mostrar que não existe risco de reiteração [da prática do crime]”, disse.
Inicialmente, o empresário afirma que não se nega a responder o processo e desabafa sobre seu estado de saúde: “Infelizmente, eu to ficando fraco, cada vez mais. Eu tenho problema, eu operei a coluna lombar, eu tenho problema cervical. Para sentar é complicado, tenho que ficar quase sempre deitado, porque sentado é muito complicado. Então o que eu vinha fazendo, eu estava com a minha vida normal. Não estou reclamando, de jeito nenhum, das pessoas, do sistema carcerário. Dentro da legalidade, eu sou tratado com dignidade. Mas é diferente, minhas comidas eu não consigo. Tenho colite, diverticulite, tenho uma série de problemas digestivos. Tenho problema de posicionamento, de articulação, eu não posso ajudar a pegar nada, em cima, em baixo, levantar. Então isso vai me consumindo um pouco”, disse.
Quando Mário Góes afirma que os problemas o prejudicam, inclusive, a colaborar no processo de investigação, Sergio Moro encontra a brecha para iniciar a coerção.
– Eu tento ajudar a descobrir, ver e mostrar, esclarecer, mas eu me sinto cada vez menos capaz de fazer as coisas. Então por exemplo, no exame deve ter, meu coração dispara a noite, eu sinto coisas estranhas; diz o executivo.
– Um dos motivos para a preventiva seriam as contas offshore e que, até hoje, o juizo não teria nenhuma notícia concreta sobre elas; disparou o juiz.
– Tudo isso será muito bem esclarecido no decorrer do processo; respondeu Góes.
– Porque o problema que o juízo vê é que essas contas para prevenir reiteração delitiva, e essas contas não sei se estão ativas, inativas…
Nesse momento, o advogado do empresário interfere afirmando que esse assunto será abordado no interrogatório, e que o pedido atual não era de revogação da prisão, mas de conversão em domiciliar, o que para a defesa atenderia aos mesmos propósitos argumentados para a detenção do executivo.
– Certo, veja doutor, aqui é um crime de colarinho branco e são os instrumentos utilizados pra esses crimes, segundo pelo menos o Ministério Público nessas contas no exterior, o juízo não tem nenhuma notícia do concreto em que pese a afirmação da defesa de boa vontade em esclarecer, resolver essa situação em mostrar que não existe risco de reiteração. Então, se estamos discutindo a prisão preventiva, esse era um elemento importante a ser esclarecido nessa audiência; insiste Sérgio Moro.
– Eu volto a dizer, a defesa não pede a revogação da prisão preventiva nesse momento, apenas a conversão da prisão preventiva em domiciliar, o que me parece que atende aos mesmos propósitos da fundamentação da decretação. De outro lado, a existência ou não dessas contas, que o próprio juízo reconhece que não tem notícia, na verdade são objeto mérito da acusação; afirma o advogado.
– Sim, mas é um instrumento; fala o juiz.
– Vamos abordar sobre ela [acusação] somente no inquérito, vossa Excelência; rebate o advogado.
– Mas aí é como eu disse doutor, é o instrumento do crime, o juízo imputa importantes esclarecimentos, caso se pretenda a reavaliação dessa questão. Mas, tudo bem, eu vou levar em consideração, estou colocando a oportunidade para o acusado, certo?; mais uma vez tenta Sérgio Moro.
Em seguida, o juiz federal conclui a audiência: “O Ministério Público tem alguma questão a colocar? Está bem, esse documentos foram colocados, eu confesso que não os avaliei, vou abrir vista ao Ministério Público para manifestação, e decido, depois, em seguida. E reitero a posição do juízo, a questão dos instrumentos para a prática do crime, segundo o Ministério Público, ainda estaria à disposição do acusado, e esse foi um dos elementos que levaram a decretar a prisão preventiva. Então, fica aí uma sugestão eventual de avaliar essa situação pela defesa e pelo acusado, certo senhor Mário?”, finaliza, em sistemática insistência, Sergio Moro.

Assista ao diálogo da audiência completo aqui: https://youtu.be/3jHCwHIINM0

sexta-feira, 29 de maio de 2015

QUEM PAGA OS IMPOSTO NO BRASIL



Fernando Brito

O repórter Leonardo Souza escreve hoje na Folha um ótimo artigo, com muita informação e 
equilíbrio, sobre as potencialidades e os exemplos pelo mundo do Imposto sobre Grandes Fortunas.
Mas o título, embora obvio, é o melhor, porque leva a pensar na igualmente obvia razão: “Por que 
não taxar os mais ricos?
Ah, Leonardo, são tantas e tão hipócritas razões…
A primeira delas, que você pode ouvir de qualquer coxinha ou até de gente aparentemente séria, a de 
que já se paga muito imposto no Brasil.
E é verdade, mas depende de quem se cobra.
A insuspeita BBC publicou uma matéria dizendo que “Rico é menos taxado no Brasil do que na 
maioria do G20″.
Na verdade, o quarto ou terceiro menos taxado do grupo de maiores países do mundo quando a faixa 
de ganhos é superior a R$ 23 mil, contado nisso, quando houver, o 13°salário.
E aí esta turma diz que paga para custear o que custa o “assistencialismo”, como babujava ontem um 
deputado na Câmara, possesso e sob aplausos de dezenas de outros.
Sabe, o médico, o saneamento, a luz, a água, até o bolsa-família daquela ralé que não paga quase 
imposto, como eles.
Só que não. Paga, e paga muito mais.
Lá em cima tem uma tabela sobre como cada faixa de renda contribui com os impostos no Brasil.
Você pode notar que os que ganham até três salários-mínimos recolhem quase 60% do total de 
impostos arrecadados.
Dá, por cabeça, R$ 3. 370,54 por ano.
Ou 36% de tudo o que ganha um trabalhador de salário mínimo. Mais de um terço.
A carga tributária para quem ganha mais de 30 salários-mínimos por mês, segundo cálculos do Ipea, 
anda roçando os 10% ao ano.
E olhe que não estou falando dos ganhos empresariais, de capital, lucros, etc…
Proporcionalmente, o pobre paga quatro vezes mais imposto que os muito, muito ricos, se 
considerada a camada que ganha 30, 40 mil por mês.
Leonardo Souza demonstra que não há “comunismo” algum em taxar fortunas.
Reconhece que “o IGF é um tributo controverso”, mas lembra:
Na Europa ocidental, somente Bélgica, Portugal e Reino Unido nunca adotaram o imposto. O Reino 
Unido, contudo, assim como os Estados Unidos, têm uma pesada carga, de até 40%, na transferência 
de propriedade de bens por falecimento. Nos últimos 20 anos, muitos outros países, como Áustria, 
Itália, Dinamarca e Alemanha, extinguiram o IGF.
Outros, com a crise de 2008, como Espanha e Islândia, resgataram o tributo, como medida para 
recompor suas contas.
Também adotam algum formato de IGF Holanda, França, Suíça, Noruega, Luxemburgo e Hungria. 
Entre os vizinhos da América do Sul que mantêm essa política em sua base fiscal estão Uruguai, 
Argentina e Colômbia.
Então porque não temos alguma forma dele aqui?
Porque a nossa elite é colonial e enxerga o conjunto do povo do povo brasileiro como um estorvo, 
infelizmente necessário para poder viver, nos seus bons postos, de empresários ou da elite da 
burocracia que se forma para o país funcionar.
A nossa esquerda aderiu a um tolo “politicamente correto” de que é possível dar sem tirar, pelo 
crescimento – o que é verdade, nas marés enchentes.
Não fez – e quando tentou fazer, não soube comunicar isso – uma reforma tributária que saísse do 
impasse União-Estado-Município dividindo o mesmo bolo.
Mas quando a água baixa, farinha pouca, meu pirão primeiro.
Aí “acabou a democracia”, o “país de todos”, aquele discurso bonitinho: tirem dos pobres!
Arrochem salários, subam preços de produtos e serviços essenciais linearmente e cortem-se os 
abusos (e de fato alguns são, não sou hipócrita) nos subsídios sociais.
Alíquota diferenciada para o Imposto de Renda de altos salários? Taxação de fringe benefits – o jabá 
dos executivos – e dos ganhos de capital? Impostos sobre heranças progressivo, com alíquotas 
mínimas para quem herda um imóvel modesto e mais pesadas para grandes patrimônios?
Bolivarianismo puro!"
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As ligações explosivas entre J. Hawilla e a Globo


Com Galvão, em dias melhores

por : Paulo Nogueira

As reações de personagens que de alguma forma rodeiam o mundo Fifa são extraordinárias.
Del Nero, presidente da CBF, deu o fora da Suíça, em meio ao congresso da Fifa que vai eleger 
provavelmente Blatter para mais um mandato.
Ele viu o que aconteceu com seu amigo e antecessor Marin, e achou melhor não dar chances para o 
azar.
Del Nero tem aparecido na mídia, nos últimos tempos, ao lado de mulheres que poderiam ser suas 
netas.
Para que correr o risco de trocar a companhia delas pela de presidiários, nos últimos anos que lhe 
restam de vida?
Notável, também, é o comportamento da Globo.
O réu confesso J. Hawilla é apresentado no noticiário das mídias escritas da empresa como 
“acionista” da TV TEM, uma das afiliadas da Globo.
Isso na última linha, ou nas últimas. É aquele espaço tradicional que você sabe que o leitor não vai 
alcançar. No jargão dos jornalistas, é o “pé” do texto. “Corta pelo pé” é uma clássica ordem dos 
editores quando um artigo estoura o espaço previsto.
Você pode imaginar também nos textos aquela ressalva da Reuters que virou histórica. “Podemos 
tirar, se achar melhor”, estava numa reportagem que tratava da Petrobras.
O repórter colocou aquilo para o editor, e a frase foi inadvertidamente publicada. Tirar, no caso, era 
uma afirmação de um delator segundo a qual a corrupção na Petrobras começara na gestão FHC.


Com Serra: relações na política

Vamos colocar as coisas como são: Hawilla é dono de uma das maiores afiliadas da Globo, com 
imensa penetração no rico interior de São Paulo.
Segundo uma reportagem de algum tempo atrás da Exame, “a TV Tem cobre 318 cidades paulistas 
numa região com participação de 5,5% do PIB e 2,1 milhões de domicílios com aparelhos de 
televisão”.
Como afiliado, é sócio da Globo.
Hawilla, mais que tudo, é filho da Globo. Ele foi um dos principais jornalistas esportivos da casa. 
Chegou a ser apresentador do Globoesporte, e de lá saiu para montar seu próprio negócio.
A Globo foi uma mãe, uma inspiração, uma escola para Hawilla.
Como a Globo, Hawilla fez do futebol brasileiro uma máquina de fazer dinheiro numa relação 
cruelmente iníqua. Enquanto ele, como a Globo, florescia, o futebol brasileiro mergulhava na miséria 
conhecida de todos.
Na emissora construiu os contatos com a CBF que lhe trariam uma fortuna escusa tão imponente que 
ele, no acordo de leniência e delação com as autoridades americanas, devolveu quase meio bilhão de 
reais.
Num artigo antes do escândalo, quando era tratado como “Dono do Futebol” no Brasil, numa 
completa injustiça com a Globo, Hawilla afirmou o seguinte ao repórter, que tocou nas controvérsias 
que cercam seu nome.
“Mesmo que você trabalhe honestamente, com transparência e dignidade, como sempre foi feito 
aqui, falam de você. Uma meia dúzia de jornalistas esportivos. Acho que é mais inveja e rancor.”
Para usar a expressão de Hawilla, no Brasil falam de você, mas não fazem nada. Quer dizer, a 
imprensa, a polícia e a justiça tratam pessoas como ele – e Marin, e Ricardo Teixeira, e os Marinhos 
— como se fossem intocáveis.
Por que Moro, para ficar num caso, não investigou Marin, se queria combater verdadeiramente a 
corrupção?
As coisas, para os intocáveis, se complicam apenas quando entram em cena coisas sobre as quais não 
têm domínio.
Por exemplo: a polícia e a justiça dos Estados Unidos.
Com todo o seu poder avassalador no Brasil, nos Estados Unidos a Globo não manda em ninguém.
A casa só caiu para a CBF por causa dos investigadores americanos.
Se eles chegarem à Globo, acontecerá aquilo com que Brizola tanto sonhou: uma praga nacional 
chegará ao fim.
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VÍDEO BOMBA ! Não ! Não ! A Globo nunca apoiou a FIFA !

Movimentos sociais iniciam o Dia Nacional de Paralisação



Jornal GGN - As centrais sindicais CSP-Conlutas, CUT, CTB, Nova Central, UGT e Intersindical organizam nesta sexta-feira (29) uma paralisação nacional contra a medida provisória 664, que restringe o acesso à pensão por morte e ao auxílio-doença, e a MP 665, que restringe o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial e ao seguro-defeso, e contra o ajuste fiscal e projeto de lei das terceirizações (PLC 30/2015).
O dia inclui atos, greves e ações nas principais capitais do país. Estão previstas paralisações massivas no setor de transporte, saúde, educação e de serviços públicos em geral. Também são esperadas paralisações em estradas e rodovias.
Os movimentos sociais reivindicam o arquivamento do PLC 30/2015, que amplia a terceirização no país e leva à redução de salários e direitos, e o fim do ajuste fiscal conduzido pela presidente Dilma Rousseff, que reduziu direitos trabalhistas e previdenciários e fez cortes drásticos no Orçamento.

De acordo com o dirigente da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes, o ato de hoje é o primeiro passo para uma greve geral. “Estão retirando todos os nossos direitos, através do Congresso Nacional com o aval de Dilma Rousseff.
Essa paralisação do dia 29 vai preparar os trabalhadores para a construção da greve geral no país. Somos nós, os trabalhadores que temos mostrar para esse governo que não aceitamos que retirem nossos direitos e vamos mostrar isso parando o Brasil”, afirmou.
No estado de São Paulo, a greve atinge principalmente os bancários e o transporte, além de passeatas em avenidas. Professores da rede estadual de São Paulo se reunirão com professores municipais, na avenida Paulista, onde servidores públicos também se somarão. Fábricas de Pirituba, São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Vale do Paraíba estão sendo paralisadas, como a da GM, em São José dos Campos.
Ceará, Paraíba, Pernambuco, Pará e Rio de Janeiro também anunciaram o ato massivo entre diversos setores de sindicatos, como construção civil e servidores públicos. Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul marcaram atos e ações conjuntas.
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Como Blatter atravessou incólume 17 anos marcados por escândalos?


Ele sabe como o poder funciona e o que é necessário para mantê-lo

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Joseph “Sepp” Blatter também já jogou futebol: como centroavante, nos anos 60 fez gols para o FC Visp na primeira liga amadora da Suíça. Também foi treinador do clube de sua cidade natal. Na época, ninguém diria que um dia ele seria o mais poderoso dirigente do esporte no mundo.
Ele nasceu em 1936 na localidade de Visp, no cantão suíço de Wallis, não muito longe da montanha Matterhorn, como o segundo entre os três filhos de um mecânico de automóveis. Após concluir o curso médio, foi estudar economia e administração de empresas em Lausanne. Inicialmente perseguindo carreira em relações públicas, trabalhou para a Associação de Turismo de Wallis e depois para uma fábrica multinacional de relógios.
Aos 39 anos, Blatter começou sua trajetória como dirigente de futebol. O então presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), o brasileiro João Havelange, o levou para a organização. Na qualidade de diretor dos programas de desenvolvimento, o suíço era responsável pelos campeonatos de juniores, entre outras atividades.
Ele contava também com a proteção de Horst Dassler, filho de Adolf Dassler, o fundador da Adidas. Consta que, durante alguns meses, Blatter teve até mesmo seu salário pago pelo conglomerado de artigos esportivos. Além disso, Dassler disponibilizou para Blatter um escritório na Alsácia.
O empresário alemão teria igualmente “mexido os pauzinhos” dentro da Fifa quando, em 1981, Blatter foi escolhido para ser o secretário-geral, o segundo cargo mais importante da federação internacional. Ele ficou encarregado de negociar os direitos de transmissão televisiva dos Mundiais de futebol e de gerir os contatos com os patrocinadores.
Além disso, participou de algumas mudanças nos regulamentos, como a adoção da “regra dos três pontos”, segundo a qual uma vitória vale três pontos, e o empate, apenas um. Blatter tinha fama de competente e comunicativo.
“Crise? Que crise?”
Em 1998, por fim, chegou ao topo. Na sucessão de Havelange à frente da Fifa, conseguiu se impor contra o então presidente da Uefa, o sueco Lennart Johansson. Várias fontes acusam Blatter de ter comprado os votos dos delegados africanos por 1 milhão de dólares. Ele nega a acusação, falando em “ajuda ao desenvolvimento”.
Desde então, o presidente da Fifa tem se mostrado extremamente resistente a escândalos. Por mais sérias que fossem as circunstâncias, ele sempre conseguiu sair ileso. E o que não faltou foi escândalo em seus 17 anos de gestão.
O mais crítico para ele foi provavelmente o que envolveu a ISL, parceira de marketing da Fifa, que pagava suborno aos dirigentes do esporte. Isso foi confirmado em juízo, assim como o fato de que, como secretário-geral, o cartola suíço sabia das propinas – descritas por ele como “comissões”. Em 2010, finalmente, a Fifa escapou do processo pagando uma soma milionária e declarou Blatter inocente.
Em sua terceira reeleição, em 2011, o dirigente se beneficiou da corrupção no interior da própria federação. Seu adversário, Mohamed bin Hammam, retirou a candidatura ao ser divulgado que ele tentara subornar delegados do Caribe.
Embora o catariano tenha revelado que Blatter sabia das negociações de suborno, a comissão de ética da Fifa exonerou de culpa o presidente, que comentou na época: “Crise? Como assim, crise? A Fifa não está em nenhuma crise. Temos apenas dificuldades.”
A comissão de ética também cuidou para que Blatter atravessasse incólume as controvérsias sobre a concessão das Copas do Mundo de 2018 e 2022 à Rússia e ao Catar, respectivamente. Ao contrário do investigador-chefe da Fifa, Michael Garcia, a comissão não constatou qualquer irregularidade nos procedimentos.
Futebol acima de países e religiões
Muitos se perguntam como é que Blatter consegue repetidamente se manter fora de todos os apuros. Ele sabe como o poder funciona e o que é necessário para mantê-lo, descarta as críticas externas com um sorriso, esmaga os levantes que acontecem em seu próprio campo, neutraliza os competidores, espera até que os problemas passem sozinhos.
Tudo isso é possível por ele saber que pode confiar quase cegamente em seus seguidores, por contar inteiramente com o respaldo dos cartolas da Ásia, da África e da América Latina. Há 17 anos ele cultiva relações com essas regiões seguindo o princípio do “é dando que se recebe”.
“Sou o presidente daqueles que têm que se esforçar mais para conseguir tocar no concerto internacional”, disse, certa vez, numa entrevista. “Então sou, por assim dizer, o presidente dos pequenos.”
Em muitos países da Ásia, da África e da América Latina, Blatter é cultuado como um “Messias do Futebol”, que não só se empenha pelos clubes locais como ainda consegue dinheiro para eles – seja como “ajuda para o desenvolvimento”, seja sob outros pretextos.
Assim, por mais que a União das Federações Europeias de Futebol (Uefa) o demonize, os clubes do continente só somam um quarto dos quadros de membros da Fifa – bem menos que a maioria necessária para eventualmente derrubar o polêmico presidente.
Se há algo que o cartola de 79 anos não tem, são dúvidas. Ele não se cansa de proclamar que se encontra em meio a uma missão: “Devido às emoções positivas que o futebol desencadeia, a Fifa é mais influente do que qualquer país da Terra ou qualquer religião” – essa é a crença de Sepp Blatter.
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JOSEPH BLATTER É REELEITO PRESIDENTE DA FIFA


O atual presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, foi reeleito nesta sexta-feira, para a 
presidência da entidade. O seu adversário, o prícipe jordaniano Ali bin Al-Hussein desistiu de 
disputar o segundo turno; na primeira rodada de votação, dos 209 votos totais, houve 206 votos 
válidos; Blatter obteve 133 votos e Al-Hussein, 73; para vencer no segundo turno, bastava 
conseguir 50% dos votos novamente mais um; em discurso, Blatter agradeceu os votos 
recebidos; "Temos problemas de organização dentro da Fifa", afirmou; "Eu assumo a 
responsabilidade por trazer a Fifa de volta", disse Blatter, que recebe mais um mandato em 
meio à maior investigação de corrupção já realizada no futebol mundial. 

247 - O atual presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, foi reeleito nesta sexta-feira, para a presidência da entidade. O seu adversário, o prícipe jordaniano Ali bin Al-Hussein desistiu de disputar o segundo turno.
Na primeira rodada de votação, dos 209 votos totais, houve 206 votos válidos. Blatter obteve 133 votos e Al-Hussein, 73. Pelo regulamento da entidade, o vencedor precisava obter dois terços dos votos. No segundo turno, venceria a disputa quem obtivesse 50% dos votos mais um.
Em discurso, Blatter agradeceu os votos recebidos. "Temos problemas de organização dentro da Fifa", afirmou. "Eu assumo a responsabilidade por trazer a Fifa de volta", disse Blatter, que recebe mais um mandato em meio à maior investigação de corrupção já realizada no futebol mundial.
O seu concorrente Ali bin Al-Hussein, que obteve o apoio das federações da Europa, agradeceu os 73 votos recebidos. "Eu só queria agradecer a todos vocês, que foram bravos o suficiente para votarem em mim. Foi uma bela jornada", afirmou.
O evento ocorre sob tensão máxima, depois que o FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, prendeu diversos dirigentes do futebol mundial, incluindo o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, sob acusação de recebimento de propinas e lavagem de dinheiro.
Depois desse escândalo, diversos países europeus, que fazem parte da Uefa, presidida pelo ex-jogador Michel Platini, anunciaram apoio ao príncipe jordaniano. No entanto, autoridades russas, lideradas pelo presidente Vladimir Putin, denunciaram uma conspiração para remover Blatter e também mudar as sedes das Copas de 2018 e 2022, que serão na Rússia e no Catar – na disputa, os russos superaram os inglesses e país árabe suplantou a candidatura dos Estados Unidos.
Segundo Putin, com a prisão dos dirigentes, os Estados Unidos extrapolaram sua jurisdição e estariam usando o caso como pretexto para tomar o comando da entidade, colocando, no poder, uma marionete, que seria o príncipe jordaniano. Putin argumenta, ainda, que ingleses iniciaram uma campanha contra Blatter logo depois que a Inglaterra foi derrotada para a Rússia na disputa pela Copa de 2018 – não por acaso, o premiê inglês, David Cameron, tem sido um dos mais incisivos críticos de Sepp Blatter na Fifa.
Em Washington, o senador republicano John McCain, que chegou a concorrer contra Barack Obama pela Casa Branca, explicitou sua posição. Defendeu não apenas a derrota de Sepp Blatter, como também a anulação da Copa na Rússia, em razão do conflito na Ucrânia. Segundo Putin, anular a Copa de 2018, será "impossível".
Em seu discurso, Blatter disse que se Inglaterra e Estados Unidos tivessem sido escolhidos para as duas próximas copas, nada disso estaria acontecendo.
Brasil e Palestina
Em meio à eleição na Fifa, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Marco Polo del Nero, decidiu retornar ao Brasil, para estar ao lado da diretoria da entidade, no momento em que se discute, no Senado Federal, a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o futebol.
Do lado de fora do hotel em Zurique, ativistas também pedem o banimento de Israel do futebol internacional, pelos crimes de guerra e contra a humanidade cometidos contra o povo palestino.
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A CPI da CBF só poderá ser levada a sério se Romário também investigar a Globo



por : Kiko Nogueira

Romário está cheio graça. Será o relator da CPI da CBF. Protocolou o pedido na quinta feira, na esteira da prisão de Marin e outros pilantras da Fifa. Quer investigar, principalmente, a venda de direitos de transmissão de eventos esportivos.
No Twitter, o senador escreveu o seguinte: “Acho que, como ex-jogador, tenho muito o que contribuir”.
Num discurso no plenário da Câmara, anunciou sua intenção de assumir a relatoria para que “tudo o que for apurado seja devidamente registrado”. O primeiro a depor será Marco Polo Del Nero, presidente da entidade (ao menos por enquanto).
Romário tem a chance de prestar um serviço inestimável ao Brasil, mas seu trabalho só poderá ser levado realmente a sério se envolver uma organização histórica e umbilicalmente ligada ao à turma da CBF: a Globo.
A cobertura do escândalo pelo Jornal Nacional parece, para um desavisado, equilibrada. No dia em que o caso estourou, foram 14 minutos em que nenhum nome foi poupado, inclusive o do empresário J Hawilla, devidamente identificado como dono de afiliadas. Ao final, Bonner leu um editorial curto lembrando da necessidade de um ambiente de negócios honesto no esporte. OK.
Mas espera um pouco.
Nesses 24 anos — o período sob o crivo do FBI —, a Globo não foi um personagem secundário da história. Neste tempo todo, com milhões de dólares voando, cartolas enriquecendo, a TV não viu nada?
O parceiro Ricardo Teixeira foi poupado completamente até cair de podre. Ele estava no comando da CBF quando a Globo fez uma transação para adquirir os direitos da Copa de 2002. A Receita a multou em 615 milhões de reais.
Uma empresa de fachada foi aberta num paraíso fiscal, as Ilhas Virgens Britânicas, com o objetivo exclusivo, segundo o Fisco, de sonegar. O DCM contou a história rocambólica do crime num documentário.
Hawilla, delator do esquema, dirigiu a área de esportes da Globo em São Paulo até 1979. Montou a Traffic, enriqueceu. Criou em 2003 a TV TEM (Traffic Entertainment and Marketing), o maior grupo de afiliadas da Globo no interior de São Paulo. De acordo com um perfil escrito pelo jornalista Nelson de Sá, foi também do grupo Globo que Hawilla comprou, em 2009, o Diário de S.Paulo.
A Globo tem a Copa há décadas. Os dinossauros não se lembram do campeonato brasileiro sem a narração de Cleber ou Galvão. Hawilla teria usado dinheiro da propina em suas negociações?
Romário já avisou que quer sair para prefeito do Rio em 2016. Pode poupar a Globo na comissão parlamentar de inquérito e ter uma campanha, digamos, sem solavancos. Essa decisão vai definir a verdadeira estatura do Baixinho.
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Grécia anuncia que não pagará dívida ao FMI e exige renegociação

 

A Grécia anunciou neste domingo (24/05) que não irá pagar ao FMI (Fundo Monetário 
Internacional) uma dívida estimada em 1,6 bilhão de euros. Em nota oficial, o Ministério do Interior 
grego afirmou que não será possível cumprir o acordo feito em gestões anteriores com credores 
internacionais.
“Este dinheiro não será pago, porque não há. Isso é conhecido e discutido com base num otimismo 
cauteloso de que haverá acordo que permita ao país respirar”, disse o ministro do Interior, Nikos 
Vutsis.
Uma das razões para a dificuldade em pagar a dívida é que o governo grego se nega a cortar salários 
e pensões, flexibilizar o mercado de trabalho e implantar a política de austeridade das instituições da 
Troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI).
No final de Fevereiro, os parceiros da zona do euro concordaram com a Grécia estender até Junho o 
empréstimo para chegar a acordo sobre as reformas que o país deve fazer para poder continuar a 
receber as verbas.
Em entrevista à emissora grega Mega, Nikos Vutsis afirmou que há divergências com o FMI sobre o 
cumprimento do acordo. Com uma dívida que chega a 175% do PIB e problemas de liquidez, a 
Grécia negocia há meses com credores a extensão do atual programa de resgate econômico.
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O ACHACADOR VIOLOU A CONSTITUIÇÃO


Parlamentares de seis partidos (PT, PPS, Psol, PSB, Pros e PCdoB) vão ingressar, nesta sexta-
feira (29), no Supremo Tribunal Federal (STF), com um mandado de segurança pedindo a 
anulação da sessão da Câmara dos Deputados que aprovou a inclusão do financiamento 
eleitoral por empresas na Constituição. Os deputados alegam que houve vícios de 
procedimento durante a análise da proposta. A petição já foi assinada por mais de 50 
deputados. “A Constituição foi rasgada ontem”, disse o deputado Alessandro Molon (PT-RJ). 
Os deputados acreditam que são grandes as chances de a PEC cair no Supremo devido aos 
vícios de procedimento. Além disso, o fato de pelo menos seis ministros já terem se manifestado 
contra o financiamento privado também é apontado como fator que pode facilitar o 
deferimento do mandado de segurança no STF.

Paulo Moreira Leite

Apareceu um obstáculo intransponível à votação de quarta-feira, quando 330 parlamentares refizeram a decisão da véspera para aprovar uma PEC dizendo que “é permitido aos partidos receber doações em recursos financeiros ou de bens estimáveis em dinheiro de empresas privadas de pessoas físicas ou jurídicas.” Em outro parágrafo, a mesma PEC votada na quarta-feira autoriza os candidatos a receber diretamente o mesmo tipo doação.
O obstáculo intransponível à aprovação da PEC encontra-se no artigo 60 da Constituição Federal. Ali, prevendo uma situação muito semelhante a que se viu nos últimos dias, quando a emenda rejeitada na terça-feira foi reapresentada e votada no dia seguinte, os constituintes de 1988 definiram uma cláusula clara e rigorosa.
Diz o parágrafo quinto do artigo 60: “A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.” Assim, em 23 palavras, a Lei Maior do país simplesmente proibia aquilo que aconteceu. Conforme a Constituição, que ninguém tem o direito de desobedecer, seria necessário esperar uma nova sessão legislativa — ou seja, 2016 — para reapresentar a emenda. Até lá, o financiamento de campanha não poderia “ser objeto de nova proposta.”
“É uma decisão nula, sem valor legal”, adverte o jurista Luiz Moreira, ex-integrante do Conselho Nacional do Ministério Público e organizador de uma dezena de livros sobre Direito. “O próprio Congresso poderia reconhecer isso. Ou caberia ao Supremo resolver a questão.” O artigo 60, que tem uma subseção “Da emenda a Constituição” não abre nenhuma brecha a apresentação de uma nova PEC, sobre a mesma “matéria constante”, antes do ano que vem.
A análise de Luiz Moreira não é uma visão isolada. Um dos mais influentes parlamentares do PT, Alessandro Molon, nos últimos dias movimentou-se na mesma direção. Na quinta-feira, um dia depois de ter sido apanhada de surpresa diante da operação de Eduardo Cunha para refazer a votação perdida, a bancada do PT e demais aliados do governo começou a reagir, através de um mandado de segurança que deve ser apresentado sexta-feira ao Supremo, e que já recolheu 63 assinaturas de parlamentares até o início da noite de hoje.Além de questionar o parágrafo quinto, o mandato também recorda uma exigência do parágrafo primeiro do mesmo artigo 60.
Ali se define uma etapa anterior, com as condições para se apresentar uma emenda a constituição. Pela leitura do parágrafo primeiro vê-se que mesmo que não houvesse o veto legal a reapresentação da emenda já vencida, a proposta que acabou vitoriosa, do deputado Celso Russomano, não poderia ter sido apresentada. Isso porque a Constituição exige o apoio de “no mínimo” um terço dos parlamentares. Ainda que se tentasse supor generosamente que, na condição de líderes, Russomano e o líder do PTB que apoiou expressamente a proposta, poderiam falar por suas bancadas, integralmente, seriam apenas 59 deputados — quando o mínimo exigido é de 171.
A Constituição admite a reapresentação — no mesmo ano — apenas de um projeto de lei comum e não de uma emenda constitucional. Mesmo neste caso, é obrigatório que o projeto de lei tenha o apoio da maioria dos parlamentares para ser levado a votos uma segunda vez. Mas a emenda aprovada na quarta-feira, de número 28, pretendia, justamente, dar nova redação a três parágrafos do artigo 17 da Constituição Federal. Nada tinha a ver com Constituição. Tamb
“Não estamos diante de um caso de quebra de regimento, que também é muito grave,” diz Luiz Moreira. “Ocorreu uma violação da Constituição.” Este é o terreno mais adequado para o STF examinar a questão, se os ministros assim julgarem conveniente. Respeitosos da autonomia entre os Poderes, os ministros não gostam de intervir em conflitos internos do Legislativo, como já deixaram claro em outras oportunidades. Mas têm obrigação de se manifestar diante de uma possível violação constitucional. “Está claro que ocorreu uma violação da Constituição,”afirma Alessandro Molon (PT-RJ). “E isso é assunto para o Supremo.”
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GLOBO SILENCIA SOBRE A CORRUPÇÃO NO SEU QUINTAL


Dono e herdeiro da Globo são sócios de J. Hawilla. As relações entre a família Marinho, dona 
das Organizações Globo, e o empresário J. Hawilla, são mais próximas do que a de emissora e 
afiliada; João Roberto Marinho, responsável pelo jornal O Globo, é sócio da TV Aliança 
Paulista, de Sorocaba (SP); Paulo Daudt Marinho, filho de José Roberto Marinho e diretor do 
canal Gloob, é sócio da TV São José do Rio Preto; réu confesso nos Estados Unidos, Hawilla é o 
pivô do escândalo de corrupção que atinge o futebol mundial e se comprometeu a devolver 
mais de R$ 500 milhões; Hawilla confessou fraudes na compra de direitos de transmissão de 
torneios como a Copa do Brasil e a Copa América, que foram revendidos à Globo; segundo a 
emissora, grupos de mídia não estão sendo investigados.

Um dos focos das investigações da Justiça americana sobre o escândalo de corrupção na Fifa são transações comerciais em que a Rede Globo, da família Marinho, atua diretamente há décadas; parceira incondicional da Fifa desde o mundial 1970, a Globo é detentora da transmissão no Brasil de praticamente todos os eventos investigados pelo FBI: Copa do Mundo, Libertadores, Copa América e até a Copa do Brasil; o elo mais forte entre Globo e Fifa é o brasileiro José Hawilla, da Traffic Group, que assumiu os crimes de extorsão, fraude, lavagem de dinheiro e vai devolver US$ 151 milhões; além disso, J. Hawilla é dono da TV TEM, maior afiliada da Globo no país; apesar das ligações perigosas, a Globo se limitou a dizer, no Jornal Nacional, que "o ambiente de negócio do futebol seja honesto"; também afirmou que "sobre essas empresas de mídia não pesam acusações ou suspeitas".
A empresa da família midiática mais rica do planeta não é citada nas investigações do FBI. Mas faz transações com a Fifa sobre transmissão de eventos esportivos desde o mundial de 1970. Em 2012, a Globo anunciou a compra dos direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2018, na Rússia, e de 2022, no Catar. Os valores dos negócios não são divulgados oficialmente.
Na época do anúncio, o presidente das Organizações Globo, Roberto Irineu Marinho, comemorou a compra da transmissão dos mundiais. “Por mais de 40 anos, a Globo e a Fifa desenvolveram uma parceria muito frutífera, que trouxe ótimos resultados para ambas as partes. Durante todos estes anos, a Fifa conseguiu fazer do futebol o esporte mais popular, com um grande público em todo o mundo, e a Globo se sente orgulhosa de ser parte desta história. Por esta razão, nós estamos orgulhosos de prolongar esta parceria’, afirmou Marinho.
J. Hawilla, parceiro dos Marinho
Entre a Fifa e a Globo aparece um elo de ligação que é peça chave nas investigações de corrupção das autoridades americanas: o empresário José Hawilla, dono da Traffic Group, maior empresa de marketing esportivo da América Latina.
J. Hawilla, como gosta de ser chamado, confessou à Justiça dos EUA ser culpado pelos crimes de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça - ele é o único brasileiro entre os réus confessos declarados culpados pela Justiça dos EUA. Ele se comprometeu a devolver US$ 151 milhões de seu patrimônio - US$ 25 milhões deste total já teriam sido pagos no momento da confissão. O mandatário da Traffic já foi classificado diversas vezes pela imprensa nacional como "dono do futebol brasileiro".
A ligação entre J. Hawilla e a família Marinho inclui a transmissão de eventos esportivos de peso. A Traffic teve exclusividade na comercialização de direitos internacionais de TV da Copa do Mundo da Fifa no Brasil, em 2014. A empresa de J. Hawilla é a atual responsável pelos direitos de torneios como a Copa Libertadores, cujo direito de transmissão foi comprado pela Rede Globo.
Além relações perigosas no futebol, Rede Globo e J. Hawilla têm parceria comercial também nas Comunicações. Ex-repórter da área de esportes, ele se tornou afiliado da Rede Globo a partir da Traffic. Em 2003, ele fundou a TV TEM, no interior de São Paulo – hoje a maior subsidiaria do grupo, cobrindo 318 municípios e 7,8 milhões de habitantes, alcançando 49% do interior paulista. J. Hawilla também comprou, em 2009, o "Diário de S.Paulo", mas vendeu o jornal logo em seguida.
Sonegação na Copa de 2002
A Rede Globo criou um "antecedente criminal" em sua relação comercial com a Fifa, intermediada por empresas como a Traffic. A emissora disfarçou a compra dos direitos de transmissão dos jogos da Copa do Mundo de 2002, na Coreia do Sul e Japão, da qual o Brasil foi campeão.
A engenharia da Globo para disfarçar a operação envolveu dez empresas criadas em diferentes paraísos fiscais. Todas essas empresas pertencem direta ou indiretamente à Globo, segundo os documentos. O esquema funcionava de modo que o dinheiro para a aquisição dos direitos era pago através de empréstimos entre empresas pertencentes à Globo sediadas em outros países. Deste modo, a empresa brasileira TV Globo, não gastava dinheiro diretamente com a operação. Posteriormente, as empresas que detinham os direitos de transmissão eram compradas pela TV Globo.
“Essa intrincada engenharia desenvolvida pelas empresas do sistema Globo teve, por escopo, esconder o real intuito da operação que seria a aquisição pela TV Globo dos direitos de transmitir a Copa do Mundo de 2002, o que seria tributado pelo imposto de renda”, afirma em relatório do processo o auditor fiscal Alberto Sodré Zile.
A artimanha fiscal resultou na sonegação de R$ 183,14 milhões, em valores da época. Segundo a Receita Federal, somando juros e multa, o valor que a Globo devia ao contribuinte brasileiro em 2006 sobe a R$ 615 milhões.
Em 2013, o blog O Cafezinho divulgou 29 páginas do processo da Receita Federal contra a Rede Globo. O relatório divulgado comprova que as organizações Globo criaram um esquema internacional envolvendo diversas empresas em sedes por todo o mundo para mascarar a compra dos direitos da Copa de 2002. O objetivo principal seria o de sonegar os impostos que deveriam ser pagos à União em pela compra dos direitos (leia mais).
Via Bonner, Globo diz querer “futebol mais honesto”
A única manifestação da Rede Globo até o momento sobre o escândalo na Fifa foi um editorial lido por William Bonner no "Jornal Nacional" nessa quarta-feira, 27, quando a emissora ressaltou que apoia as investigações promovidas pela justiça americana.
"A TV Globo, que compra os direitos de muitas dessas competições, só tem a desejar que as investigações cheguem a bom termo e que o ambiente de negócio do futebol seja honesto. Isso só vai trazer benefícios ao público, que é apaixonado por esse esporte, e às emissoras de televisão do mundo todo, que como a Globo fazem um esforço enorme para satisfazer essa paixão", acrescentou Bonner.
No "Jornal da Globo" desta quarta (29), também disse que "não pesam acusações ou suspeitas sobre as empresas de mídia de todo o mundo que compraram desses intermediários os direitos de transmissão", caso da Globo.
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'RETARDADOS ONLINE' AGRIDEM DEPUTADOS DO PT


Bancada do PT na Câmara denuncia ação de integrantes do movimento ‘Revoltados Online’, 
que interromperam entrevistas de parlamentares do PT no Salão Verde da Câmara e 
agrediram a deputada Maria Do Rosário Nunes e demais petistas presentes; o deputado Paulo 
Pimenta e outros parlamentares interviram e foram hostilizados pelos provocadores.

247 – A bancada do PT na Câmara dos Deputados divulgou um vídeo em que integrantes do 
movimento ‘Revoltados Online’ agridem deputados do PT.
Além de interromperem entrevistas de parlamentares no Salão Verde da Câmara, eles agrediram a 
deputada Maria Do Rosário Nunes e demais petistas presentes. O deputado Paulo Pimenta e outros 
parlamentares interviram e foram hostilizados pelos provocadores.

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O pós-choque fiscal e a falta de reação de Dilma




O cenário econômico para os próximos meses continua desafiador.
Segundo pesquisa IBOPE divulgada ontem, as expectativas negativas dos consumidores bateram no ponto mais baixo, em níveis similares aos do pré-real. Tinha-se na época a inflação como o grande inimigo e a bala de prata na agulha: o próprio Plano Real.
Agora o inimigo é a recessão. O consumidor ainda não sentiu os efeitos maiores desse vórtice. E não se vê à vista nem bala de prata nem de latão.
***
As engrenagens da recessão são fáceis de acionar e difíceis de serem revertidas.
Há uma queda inicial de salário e emprego que afeta o mercado de consumo, refletindo-se na queda de vendas.
Em um primeiro momento, as empresas seguram o emprego até o cenário futuro clarear. Quando o futuro torna-se nublado, as demissões se espraiam por outros setores.
Alguns setores relevantes ainda não se refizeram dos problemas dos anos anteriores. É o caso do setor elétrico e do etanol.
***
Há um conjunto de ações anticíclicas que poderiam ser deflagradas. Mas o governo Dilma gastou seu arsenal.
A demanda pública esbarra na crise fiscal e no desmantelamento do pré-sal promovido pela Lava Jato e pela compressão de tarifas da Petrobras.
O mercado de crédito foi implodido pela alta expressiva da Selic e pela ação dos bancos, que elevaram de forma recorde as taxas de juros.
A lógica é simples. Na fase de abundância, o cliente toma crédito em vários bancos. Quando se configura a inadimplência, o primeiro sinal se dá nos mercados de crédito rápido – cartão de crédito, cheque especial. Todos os bancos aumentam exponencialmente as taxas sabendo que o resultado final será a inadimplência do cliente, mas cada qual procurando preservar sua fatia naquele minifúndio antes da queda final.
Depois, segue-se um período doloroso de renegociação, nome sujo, no final do qual parte da dívida acaba perdoada e o cliente volta para o mundo dos vivos..
***
O último elo da cadeia são as administrações públicas, estados e municípios.
No final do ano passado, estados como o Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais já apresentavam problemas fiscais expressivos.
Existe uma defasagem entre a queda da atividade e dos tributos, decorrência do prazo para pagamento dos tributos.
É um estrondo que já bateu nos caixas das prefeituras mas ainda não foi captado pelas estatísticas. É possível que ocorram quedas reais (descontada a inflação do período) na casa dos dois dígitos.
***
O aumento do desemprego resultará em mais desprestígio para o governo.
Por outro lado, os dois principais atores da oposição – o presidente da Câmara Eduardo Cunha e do senado Renan Calheiros – estão com os dias contados.
Especialmente Cunha incorreu em um erro que já degolou outras figuras poderosas: as demonstrações excessivas de força. Dificilmente escapará das investigações do Ministério Público Federal.
Do lado da oposição, há uma falta de rumo similar ao do governo. São incapazes de articular qualquer frase que não seja a vociferação vazia.
***
Se Dilma tivesse um pouco mais de fôlego, Dilma poderia recuperar o protagonismo do discurso público e articular ações efetivas para o pós-choque fiscal.
Mas a cada dia que passa essa hipótese torna-se menos factível.
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quinta-feira, 28 de maio de 2015

TV AFIADA: Por que a PF do zé (Ruela) Cardozo não quer saber da CBF

Pilantras Story: De dono do futebol a delator do escândalo da Fifa, a trajetória de J. Hawilla


Ronaldo e Hawilla

Por Bruno Bonsanti, no Trivela.

Quando os agentes do FBI invadiram o hotel Baur au Lac, em Zurique, os executivos da Fifa que estavam prestes a serem presos devem ter se perguntado: “Quem nos dedurou?”. Um deles era muitíssimo conhecido porque, entre outros, cuidou da comercialização de direitos internacionais da Copa do Mundo de 2014, por meio da empresa que comprou nos anos 1980. José Hawilla, dono da Traffic, chegou a ser um dos homens mais poderosos do futebol brasileiro, e hoje, tornou-se um dos delatores premiados do mega esquema da Justiça americana contra a corrupção na Fifa.
J. Hawilla, como ficou conhecido pelo grande público, 71 anos, confessou extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro, obstrução da justiça e concordou em devolver U$ 151 milhões (cerca de R$ 475 milhões). Segundo a Folha de S. Paulo, vive em liberdade nos EUA por causa do acordo que firmou com o governo. Aparece envolvido na negociação dos direitos comerciais dos torneios, como a Copa do Brasil, um dos primeiros que adquiriu em 1990 e manteve até agora.
Hawilla nasceu em São José do Rio Preto e ganhou a chance de mudar de vida na cidade grande por meio do futebol. Era radialista e gerenciava a Rádio de Votuporanga quando foi convidado a trabalhar na Rádio Bandeirantes. Virou repórter de campo da Rede Globo, chegou a apresentar o Globo Esporte e liderar uma greve que causou seu afastamento da emissora por cem dias. Durante o desemprego, perdeu a vontade de trabalhar para os outros. Comprou a Traffic, em 1980, à época uma empresa de anúncios de ponto de ônibus (daí o nome “tráfego”). O embrião da maior empresa de marketing esportivo do Brasil.
Mas como um jornalista do interior de São Paulo, muitas vezes chamado pela imprensa de dono do futebol brasileiro, conseguiu ganhar tanta influência a ponto de negociar os direitos de transmissão dos torneios da CBF, dos amistosos da seleção brasileira, da Libertadores, da Copa do Mundo, intermediar o milionário contrato do time então tetracampeão do mundo com a Nike, participar da criação do primeiro Mundial de Clubes da Fifa e ser considerado pela World Soccer o 56º homem mais influente do futebol? Fórmula bem simples: levando um sopro de profissionalismo a um esporte constrangedoramente amador.
É nesse vácuo que forasteiros costumam entrar no futebol. Ninguém comercializava direito as placas de publicidade em volta dos gramados dos estádios até J. Hawilla usar a sua empresa para fazer isso, e nada agrada mais os dirigentes brasileiros do que terceirizar o trabalho e apenas recolher os lucros. Sugeriu, em 1982, a Giulitte Coutinho que a CBF vendesse todos esses espaços nos torneios organizados por ela. Foi a sua porta de entrada à entidade.
A Copa do Brasil mal havia nascido, e Hawilla já havia garantido os direitos comerciais da competição. Ricardo Teixeira um dia afirmou que José Hawilla foi o primeiro a conseguir levar patrocínios a CBF que não fossem governamentais, e o contrato de dez anos em 1996 com a Nike foi o ápice disso. Os US$ 160 milhões que a empresa americana desembolsou naquela época foram o impulso financeiro que levou a entidade a se tornar milionária de uma vez por todas. Segundo a investigação americana, a brincadeira rendeu US$ 15 milhões a Teixeira e US$ 40 milhões à Traffic. Esse negócio foi alvo de uma CPI do Congresso brasileiro, mas a investigação terminou em pizza.
Ainda mais dinheiro entrou na conta corrente da empresa em 1999, quando a Hicks, Muse, Tate & Furst, parceira do Corinthians, comprou 49% da empresa brasileira. O grande negócio de Hawilla naquela época foi ajudar na criação e na divulgação do primeiro Mundial de Clubes da Fifa, realizado no Rio de Janeiro. Era detentora dos direitos de exibição da competição ao lado da TV Bandeirantes, que havia se tornado a sua parceira em 1998. Os tentáculos da Traffic estendiam-se do marketing esportivo para direitos de transmissão, organização de torneios e intermediação de contratos.
Quando o panorama do mercado de direitos comerciais começou a mudar e a concorrência cresceu, isso tudo aliado a uma profissionalização maior dos clubes, a empresa enfrentou alguns problemas e teve que se reinventar. Entrou no ramo de agenciar jogadores. O Desportivo Brasil foi fundado em 2005 para registrar os jogadores que a empresa contratava e emprestava às vitrines dos grandes clubes. Firmou uma parceria mais ativa, em 2007, com o Palmeiras, que culminou com o título do Campeonato Paulista do ano seguinte. Chegou a agenciar aproximadamente 90 jogadores, entre eles Darío Conca e Hernanes. Em 2010, colocou o pé na Europa ao comprar o Estoril Praia, de Portugal.
Novamente, pegava o vácuo do profissionalismo, mas o cenário novamente mudou. O polpudo contrato de televisão que os clubes assinaram em 2011 encheu os seus cofres, e o investimento da Traffic não era mais tão necessário. Mais uma reinvenção foi necessária, mas Hawilla já estava perdendo fôlego. Deixou o Brasil para morar nos Estados Unidos, em 2013, e deixou os seus negócios nas mãos dos filhos. Entre eles, além dos clubes e dos jogadores, as vendas dos camarotes do Allianz Parque e a comercialização dos direitos de torneios como a Libertadores e a Copa do Brasil.
Alguns anos antes, em 17 de maio de 2010, quando organizou uma festa gigante para comemorar os 30 anos da Traffic, foi tietado por Pelé, Ronaldo e Ricardo Teixeira. Recebeu a presença de Geraldo Alckmin, Gilberto Kassab e Aloysio Nunes, à época a cúpula do PSDB paulista. Faturava nas centenas de milhões de dólares e estava com mais influência do que nunca. Mal sabia que os dias de glória estavam chegando ao fim. Com Hawilla exposto, assim como suas práticas, e a multa de quase R$ 500 milhões, é perfeitamente possível questionar qual será o futuro da Traffic, ou mesmo se ela ainda tem um. Querendo ou não, é um dos personagens mais presentes do futebol brasileiro nas últimas décadas
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ESSE PT...... VOU TE CONTAR.....


O PT também quer interromper a obra do Lula em 2022 !

Nessa etapa preliminar, o Presidente Cunha, enquanto não recebe a tornozeleira eletrônica que
combine com suas gravatas Hermès, aprovou por 452 votos a 19 o fim da reeleição.
O primeiro milho é dos pintos … gordos…
O PSDB votou contra a reeleição.
É prova indiscutível da coerência da Oposição, a Oposição que não faz o bafômetro.
O PSDB e o FHC compraram a reeleição da forma mais porca, deixaram todos os rastros, que o
Palmério Dório recuperou, e agora veste a túnica da virgem imaculada.
Quá, quá, quá !
E o PT ?
Qual é a do PT ?
Por esse placar de 452 votos a 19, muito petista votou contra a reeleição.
Contra a reeleição de quem ?
Do Lula em 2022 ?
Esse PT também…
Além de não fazer a Ley de Médios com medo da Globo/CBF quer interromper a obra do Nunca
Dantes.
Depois reclamam que o Gilmar manda no Brasil !

Paulo Henrique Amorim
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MARCHA DOS OTÁRIOS: O VEXAME FINAL !


Não havia manifestantes em número suficiente para segurar uma faixa de “Impeachment Já”

Eles programaram uma entrada triunfal em Brasília, esperando reunir  pelo menos 40 mil 
pessoas nesta quarta-feira, ao final da "Marcha pela Liberdade", organizada pelo Movimento 
Brasil Livre, que saiu de São Paulo e levou 33 dias para percorrer 1.175 quilômetros a pé, com 
o objetivo de protocolar um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

por : Pedro Zambarda de Araujo

Podiam ser os 300 de Esparta contra os milhares de persas desenhados pelo quadrinista Frank Miller, mas era apenas o grupo do Movimento Brasil Livre de Kim Kataguiri que chegou a Brasília na quarta-feira (27) para pedir o impeachment da Dilma.
O MBL esperava reunir 30 mil pessoas depois de uma pseudo marcha com um grupo inicial de 20 pessoas vindas de São Paulo. Não aconteceu nada e os planos dos caras foram por água abaixo.
Vi imagens de Kim e sua trupe na capital. Primeiramente, apesar da cabeleira, o líder do MBL resolveu tirar uma selfie de terno e gravata com Eduardo Bolsonaro e o pastor Marco Feliciano. É esse cara que quer ser a nova oposição ao PT? Como ele arrumou aquele terno?
Não contente em visitar um religioso homofóbico e um político pró Ditadura, o Movimento Brasil Livre adotou o gesto do dedo feito pelo Estado Islâmico e ainda posou para fotos com Jair Bolsonaro e Eduardo Cunha.



O protesto estava tão esvaziado na Esplanada dos Ministérios que não havia manifestantes em número suficiente para segurar uma faixa de “Impeachment Já”.
Tudo foi um completo fiasco e uma tentativa desesperada para chamar atenção.
Tenho um amigo que mora no município de Orlândia, interior de São Paulo, perto de Ribeirão Preto e de Barretos, que me narrou a passagem do MBL de Kim em sua cidade. “O empresariado daqui foi ajudar eles. Agora estão fazendo discurso em praça pública”, me disse. Povo, mesmo, não tinha.
O grupo de Kim Kataguiri sequer fez o trajeto a pé. O DCM apurou que sua comitiva teve apoio de pelo menos cinco carros. Outras pessoas que viram os peregrinos antipetistas viram outros dois ônibus.


Na foto, a Cara decepcionada de Kim Kataguiride Lider do Movimento Brasil Livre. 

Liderada por um pivete desses, a marcha que pretendia mobilizar simpatizantes, atrair a adesão popular ao longo da caminhada e ser recepcionada por caravanas vindas de outras cidades, não chegou a reunir 300 pessoas na rampa do Congresso, onde foi recebida apenas por alguns líderes da oposição do porte de Carlos Sampaio, Jair Bolsonaro e Ronaldo Caiado. 

O único momento em que tive realmente dó de Kim e da sua trupe foi quando eles sofreram um acidente de carro com um motorista embriagado. Nosso querido japonês se machucou junto com outra aliada. Ambos foram socorridos por um carro do SAMU, aquele mesmo serviço público que Kim Kataguiri odeia.
O sentimento de pesar sumiu quando li um texto do tal Instituto Mises, que promove os kataguiris, defendendo pessoas que dirigem bêbadas. Confesso que a ironia da coisa toda me fez dar risada da situação.
Já quis entrevistar o MBL. Mandei um email para que algum porta-voz do movimento ou o próprio Kim me contasse sobre a viagem deles. Kim mandou, como um resposta, um selfie que ficou famoso.
Os analfabetos políticos esperavam que apenas gritando “fora Dilma” conseguiriam atrair multidões. Aécio Neves, que desembarcou da canoa furada, virou traidor da pátria.
O que chama a atenção no fiasco do Movimento Brasil Livre em Brasília não é apenas a falta de conhecimento dos jovens envolvidos, mas a covardia e a falta de humildade. Se tivessem o mínimo de noção, teriam se tocado do vexame que protagonizaram e pediriam desculpas pela malandragem.
Kim Kataguiri tem 19 anos. Está na hora de voltar para a escola e deixar de palhaçada. Ah, sim, e cortar o cabelo. Cadê os pais desse menino?
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Vídeo: as sete virtudes da CBF!

Globo levou 24 anos para descobrir Havelange, Teixeira e José Maria Marin; previsão de tucano Feldman se torna piada

Globo senta sobre Ricardo Teixeira e João Havelange from Luiz Carlos Azenha on Vimeo.


por Luiz Carlos Azenha

No mini-editorial lido por William Bonner depois da cobertura do Jornal Nacional sobre o escândalo da FIFA (ver acima), o Grupo Globo fez que não era com ele.
Nenhuma menção, obviamente, ao fato de que a empresa foi multada pela Receita Federal em mais de 600 milhões de reais por sonegar impostos na compra das transmissões das Copas de 2002 e 2006, tendo usado o artifício de montar uma front company (jeito chique de dizer empresa laranja) de nome Empire no refúgio fiscal das ilhas Virgens Britânicas.
A Globo faz de conta que João Havelange não é igual a Ricardo Teixeira, que é igual a José Maria Marin, que é igual a Marco Polo Del Nero, com nuances aqui e ali. Com isso, afastou a pergunta óbvia: por que só agora a emissora resolveu tratar de corrupção no futebol? Por que fez uma reportagem laudatória a Ricardo Teixeira quando ele deixou o cargo de presidente da CBF?
A Globo faz de conta que J. Hawilla era apenas “dono de uma afiliada”, evitando outra pergunta óbvia: será que o ex-repórter comprou as emissoras da TV TEM da família Marinho usando dinheiro de propina?
Tudo indica que sim, já que a promotoria de Nova York foi clara: o esquema envolvendo U$ 150 milhões em propinas funcionou durante 24 anos!!!
Ricardo Teixeira está metido no esquema até a medula. Ele é o “co-conspirator” de número 13 mencionado nos documentos da Justiça dos Estados Unidos, já que era presidente da CBF quando foi assinado o contrato da entidade com a Nike. É apenas uma questão de tempo até que seja chamado a se explicar, se não for indiciado no prosseguimento das investigações do FBI.
Mais cara de pau que a da Globo só a exibida pelo tucano Walter Feldman, o novo secretário-geral da CBF.
Criticado por Juca Kfouri numa coluna da Folha de S. Paulo, Feldman enviou uma carta ao jornal fazendo uma previsão que, considerando as notícias das últimas horas, só pode ser vista como piada.


MARIN E AECIM, UMA TABELINA IMPAGÁVEL



Recordar é viver: Marin e Aécio Neves, uma tabelinha impagável

Agora que está na moda o jornalismo que avalia o comportamento moral de políticos de esquerda na base do “esteve no escritório” ou “jantou no restaurante” com alguma figura qualquer acusada de irregularidade ou propinagem, é justo fazer um “recordar é viver” das ligações entre José Maria Marin, o ex-presidente da CBF preso por corrupção nos EUA com o ínclito Aécio Neves, o homem que não quer nem papo com gente “do mal”.
Por isso, é bom refrescar a memória das pessoas com fatos publicados na própria grande imprensa, não em “blogs sujos” feito este aqui, capazes de maledicências com homens veneráveis que encontraram em Aécio Neves o espelho onde projetam suas virtudes como dirigentes do futebol brasileiro.

Primeiro, a reprodução do Globo Esporte, vejam:


Para não parecer intriga, vamos ao diário esportivo Lance:



E para conhecer a história melhor, a coluna de Juca Kfouri: Aécio ama a CBF

Aécio Neves é amigo de José Maria Marin e o homenageou, escondido, no Mineirão.
Deu-se mal porque o que escondeu em sua página na internet, Marin mandou publicar na da CBF.
Aécio também é velho amigo de baladas de Ricardo Teixeira e acaba de dizer que o país não precisa de uma “Futebras”, coisa que ninguém propôs e que passa ao largo, por exemplo, das propostas do Bom Senso FC.
Uma agência reguladora do Esporte seria bem-vinda e é uma das questões que devem surgir neste momento em que se impõe um amplo debate sobre o futuro de nosso humilhado, depauperado e corrompido futebol.
Mas Aécio é amigo de quem o mantém do jeito que está.
Não está nem aí para os que reduziram nosso futebol a pó.
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GOLPE DO CUNHA: NO SHOPPING DO ACHACADOR, EMPRESAS PODEM COMPRAR OS PARTIDOS


A manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), funcionou e 
ele conseguiu, através de uma emenda do deputado federal Celso Russomano (PRB), recolocar 
em votação o financiamento empresarial de campanha; a nova proposta, que insere na 
Constituição a permissão das empresas doarem exclusivamente aos partidos - e não aos 
candidatos - foi aprovada por 330 votos; 141 deputados votaram contra; com o apoio da 
maioria dos líderes, Cunha quebrou um acordo anterior, pressionou aliados e ressuscitou o 
tema, que havia sido reprovado na votação da madrugada; após duas derrotas no primeiro dia 
de discussão da reforma política, o presidente da Câmara teve nesta quarta (27) uma vitória.

Impressionante.

Depois de reconhecer a derrota e dizer que a reforma política estava enterrada, Eduardo Cunha 
arranjou um golpezinho para ressuscitar a constitucionalização das doações das empresas para 
campanhas eleitorais.“”A Casa se manifestou, ela não está querendo mudar nada. Nenhuma 
proposta de acrescer texto à Constituição passou e me parece que nenhuma vai passar. (…) Vai 
cair a máscara daqueles dizem que querem reforma política e não votam. O Parlamento decidiu 
que tudo fica como está”, disse Cunha.
É cartesiano.
Como o tema foi rejeitado por não alcançar número e a Constituição proíbe a sua reapreciação na 
mesma legislatura, o processo “descoberto” por Cunha é uma violação do texto constitucional.
Um golpe, em português claro.
Mas, infelizmente, não há na Câmara muitos que tenham a coragem de denunciar o que está sendo 
feito.
Saudade dos tempos em que até entre bandidos os tratos eram cumpridos.
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