sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Dilma: Os juros vão seguir caindo

Discurso da Presidenta Dilma Rousseff, hoje, a cerca de 400 empresários, durante evento promovido pela revista Exame. Nele, a presidenta deixa claro que, ainda que de um modo “cauteloso e responsável”, os juros vão continuar baixando no Brasil, como forma de evitar uma contaminação fatal ao nosso crescimento por conta da crise econômica mundial.

Prefeitura de campos, Vereador assume, renuncia e gera tumulto

ANTÔNIO CRUZ/FOLHA DA MANHÃ/AE
Justiça determinou que presidente da Câmara de Campos assumisse a prefeitura em até 24 horas. O vereador Nelson Nahim tomou posse às 15h e, logo em seguida, renunciou, dando início a tumulto na Assembleia, segundo o blog de Garotinho. TRE concedeu liminar para Rosinha permanecer no cargo
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Rosinha Garotinho: Hora marcada para a batalha de Campos

Justiça diz que presidente da Câmara deve assumir a prefeitura em até 24 horas e o vereador Nelson Nahim (dir.) marca sua posse para as 15h, mas a prefeita cassada Rosinha Garotinho permanece dentro da sede do governo de Campos dos Goytacazes (RJ) com dezenas de apoiadores

247 – A Justiça Eleitoral de Campos dos Goytacazes determinou que o presidente da Câmara de Vereadores, Nelson Nahim, deve assumir a prefeitura da cidade em até 24 horas. Nahim marcou a posse para as 15h desta sexta-feira. A prefeita eleita da cidade, Rosinha Garotinho, foi cassada por decisão da 100ª Zona Eleitoral da cidade na quarta-feira, mas permanece desde então aquartelada na sede do governo com centenas de apoiadores, que se instalaram com tendas e barracas no pátio e no estacionamento da prefeitura e se negam a deixar o local.

Hora marcada para a batalha de CamposO expediente na prefeitura tem seguido como se nada tivesse acontecido e a prefeita diz aguardar para qualquer hora desta sexta-feira a decisão sobre o recurso apresentado por seus advogados pedindo a suspensão da cassação. A decisão sobre o recurso cabe ao desembargador Sérgio Schwaitzer, do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Rosinha já disse que não deixa a prefeitura enquanto o recurso não for julgado, do contrário só deixa o local presa.
Em seu blog pessoal, o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) escreveu na manhã desta sexta-feira que se dirigia á prefeitura de Campos para “acompanhar tudo ao lado dela (Rosinha) e dos meus filhos”. Ele chegou à sede do governo por volta das 12h30. Assim como a esposa, Garotinho também foi condenado pela Justiça de Campos por abuso do poder econômico. A decisão foi baseada em entrevista concedida por Rosinha ao marido – que também é radialista – em 2008, na rádio Diário, pouco antes das eleições municipais daquele ano.
O deputado se defende: “A Oposição em Campos composta na sua grande maioria de políticos corruptos, alguns blogs e um jornal decadente tenta passar à opinião pública que estamos contra a Justiça. Isso não é verdade. O que estamos contra é uma sentença previamente anunciada, com mais de 15 dias de antecedência e cheia de erros”.
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É UM TONTO

Redação Carta Capital

Em artigo, Fidel Castro ataca o presidente Barack Obama por decisão da Justiça americana de impedir volta de preso cubano e ironiza suas declarações.

Para o ex-presidente Fidel Castro, Barack Obama é “tonto” e os Estados Unidos, um império.
Os ataques foram disparados em artigo publicado em um site cubano e é uma reação à sentença norte-americana que proibiu que o preso político René González retornasse à Cuba, depois de cumprida a pena de 13 anos nos Estados Unidos.
A Justiça decidiu que González cumprirá mais três anos de liberdade assistida no país.
O ex-prisioneiro é um dos cinco agentes cubanos que se infiltraram em grupos terroristas americanos na década de 90 para prevenir ataques a resorts e aviões cubanos. 
Fidel considerou a decisão torpe e chamou a atenção para a necessidade de se reformar a Assembleia das Nações Unidas. “Jamais se escutaram tantas e tão enérgicas críticas”, escreveu o político. No texto, ele também reproduz a carta de Hugo Chávez à Assembleia, em que o presidente Venezuelano faz duras críticas ao Fórum e ao poder militar americano.
Fidel também ironiza a declaração de Obama, em que o presidente afirma que mudará sua relação com Cuba quando o país tiver mudanças significativas. “Que simpático! Que inteligente! Tanta bondade não o permitiu compreender que 50 anos de bloqueio e crimes contra nossa pátria não puderam dobrar o nosso povo. Muitas coisas mudaram em Cuba, mas devido o nosso esforço, apesar dos Estados Unidos. Talvez, antes, se derrube este império”, diz Fidel.
Por fim, o líder conclama os cinco agentes presos nos EUA como “os cinco heróis cubanos” que compunham o grupo antiterrorista. E chama a decisão do estado da Flórida – onde ocorreu o julgamento – de “vergonha supervisionada” de Obama.
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Amorim anuncia saída de militares brasileiros

Celso Amorim anuncia a retirada de 257 soldados do Haiti em 2012. Foto: Elza Fiúza/ABr 

Agência Brasil

O Brasil deverá começar a retirar, a partir de março de 2012, 257 militares que estão na missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti. O anúncio foi feito nesta quinta-feira 29 pelo ministro da Defesa Celso Amorim. Em outubro, segundo ele, a ONU deverá aprovar a retirada de 1,6 mil pessoas que atuam na missão.
A maior parte dos militares que deverá deixar a ilha chegou ao Haiti depois do terremoto que devastou o país em 2010, para dar reforço aos que já atuavam na pacificação. Amorim explicou que o Brasil será o país que menos reduzirá seu efetivo no Haiti – que atualmente varia entre 2,2 mil e 2,3 mil militares.
 O mandato brasileiro como chefe da missão também passará por votação para ser renovado. Para o ministro, a saída das forças de paz deverá ocorrer gradualmente. “Não devemos e não queremos nos eternizar no Haiti, mas também não vamos sair de maneira irresponsável”, informou o ministro.
Entre o efetivo brasileiro que deixará o Haiti, não devem estar militares do batalhão de engenharia. Eles têm atuado na reconstrução de pontes, poços artesianos, produção de energia, entre outras obras emergenciais. 
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A PRESIDENTA DILMA

DEM - Descanse em paz !

“Encolhendo a cada eleição, o partido que deveria sustentar a bandeira do conservadorismo no Brasil leva seu golpe de misericórdia com a criação do PSD de Gilberto Kassab, que lhe tomou, entre outras coisas, 17 deputados e o posto de sexta maior bancada da Câmara Federal. 
 
Brasil 247 - O Democratas tentou. Em 28 de março de 2007, o antigo PFL foi refundado com novo nome, Democratas, e prometia recuperar o protagonismo da década de 1990, quando o ex-senador Marco Maciel ocupou a vice-Presidência da República do governo Fernando Henrique Cardoso, mas a relutância em sustentar as bandeiras do liberalismo e do conservadorismo em um país governado há nove anos por partidos historicamente de esquerda enfraqueceu a legenda, que recebe sua pá de cal com a fundação do PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
O ocaso do DEM começou com o fim do governo Fernando Henrique, mas pode ser localizado simbolicamente no dia 7 de maio de 2008, quando o senador Agripino Maia (hoje presidente nacional do partido) botou em questão a índole da então ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff logo na abertura de reunião da Comissão de Infraestrutura do Senado, baseado no relato de que Dilma mentiu sob tortura durante a ditadura (assista ao vídeo). “Me orgulho muito de ter mentido, senador. Porque mentir na tortura não é fácil”, respondeu a hoje presidente Dilma, sob aplausos – para o constrangimento de Agripino e de toda a oposição –, fortalecendo, naquele momento, a candidatura que venceria as eleições presidenciais de 2010.
A partir dali, Kassab começa a se articular, sob os olhos atentos do ex-senador e ex-presidente de honra do DEM Jorge Bornhausen (SC), que deixou o partido em maio último, anunciando o fim de sua vida política, pouco depois do anúncio da desfiliação de seu filho, o deputado licenciado Paulo Bornhausen, que aderiu ao PSD. É no estado de Bornhausen, Santa Catarina, que o PSD ganhou seu primeiro governador – Raimundo Colombo também trocou o DEM pelo PSD, dizendo que o Democratas “ficou sem futuro”. 
Artigo Completo, ::Aqui::
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CHARGE

SANTARÉM, NOVAS CASAS DO PAC SÃO CONSTRUÍDAS NO URUARÁ

Mais uma etapa de construção de casas populares no bairro Uruará. As novas residências são levantadas em um terreno no próprio bairro e vão beneficiar famílias que vivem em condições de risco e que já estão cadastradas junto à equipe do PAC Social.
Estão sendo construídas 85 residências no local, mas de acordo com o setor de engenharia da secretaria municipal de Infraestrutura – SEMINF, outras 46 casas do PAC já foram construídas no bairro. O secretário municipal de Infraestrutura, Inácio Corrêa, destaca que o grande diferencial das novas residências é que elas não serão conjugadas. “Os moradores não estavam totalmente satisfeitos com o padrão do governo federal em construir duas casas, parede com parede. Quando assumi a SEMINF, conversei com a prefeita Maria do Carmo e nos empenhamos bastante no sentido de atender ao desejo dos moradores e conseguirmos que agora, cada um tenha sua moradia de forma individual e com mais conforto”, ressaltou.
Na próxima semana, a empresa responsável pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC irá contratar mais pessoas para trabalhar na construção das moradias para que não haja atraso na entrega das casas. A preferência é que sejam chamados trabalhadores do próprio bairro. “O interessante é que os comunitários estarão ganhando para construir a própria casa. Esse é o objetivo do PAC, melhorar a qualidade de vida e gerar emprego e renda para a população. Na próxima semana, deveremos iniciar a construção de 39 casas no bairro Mapiri”, informou Inácio Corrêa.
O PAC também atua com outras frentes de trabalho nos bairros Mapiri e Uruará. Seguem por exemplo, a compactação de aterro em algumas áreas e a construção das Estações de Tratamento de Esgoto – ETE. No Uruará, o trabalho na ETE está na fase de instalação das fundações. No Mapiri, as obras estão bastante adiantadas.
Além de proporcionar melhorias nas condições sanitárias, as ETEs vão possibilitar a diminuição dos impactos ambientais ocasionados por esgotos no rio. Os equipamentos internos das estações já estão prontos e devem chegar a Santarém em dezembro para serem instalados. As duas estações devem começar a operar a partir de março do próximo ano.
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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A Fuleragem do PIG, a inflação sobe, mas cai, entendeu?

No Tijolaço

Há um mês, quando saiu o IGP-M de agosto, as manchetes foram iguais: “sobe a inflação do aluguel”.
O noticiário pouca ou nenhuma menção fazia ao fato de que a variação acumulada, que vale tanto para o reajuste do aluguel quanto para a avaliação da situação da economia caíra, outra vez, de 8,35% para 8%.
Este mês, a história se repete.
O IGP-M de setembro deste ano (+0,65%) substitui, na série anual, o de 2010 (+1,15%), o que leva o acumulado em 12 meses a cair agora de 8% para 7,46%.
E, como outubro e novembro tiveram, ano passado, valores altos (1,01% e 1,45%, respectivamente), embora o próximo IGP-M vá absorver o restante do reajuste do dólar – é um índice mais sensível ao câmbio, a tendência é de baixa, para terminar o ano na faixa dos 6%.
Isso quer dizer pouco mais da metade do IGP-M acumulado em dezembro do ano passado, que foi de 11,32%.
Como isso não ajuda o clima de terrorismo econômico, não é explicado na maioria dos jornais.
Precisamos de um caos, não é?
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Lula doa prêmio de US$ 100 mil a país africano

Lula doa prêmio de US$ 100 mil a país africano   
Ex-presidente recebeu o prêmio Lech Walesa, na Polônia, e disse que vai doar o valor em dinheiro a país que será escolhido pelos diretores do Instituto Lula e pelos membros da fundação criada por Walesa
Por Agência Estado  
Ao receber hoje (29) o prêmio Lech Walesa, na Polônia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que decidiu doar os US$ 100 mil a um país africano. O país que receberá o valor será escolhido pelos diretores do Instituto Lula e pelos membros da fundação criada por Walesa. Lula também se encontrou em Gdansk com o sindicalista e ex-presidente polonês.
Walesa, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz, lembrou que quando conheceu Lula, em 1980, acreditou que estavam em caminhos diferentes. "Deixamos o comunismo e o senhor queria introduzir o socialismo. Parecia que estávamos em caminhos opostos, pois parecia não haver terceira via", comentou. "O senhor não tinha razão há 30 anos, mas hoje mostrou que tinha razão."
O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, disse que Lula e Walesa fizeram mudanças radicais sem promover o caos em seus países. Para Tusk, os dois líderes promoveram o crescimento econômico e o bem-estar para as populações.
O prêmio Lech Walesa foi criado em 2008 pela fundação do ex-presidente polonês para reconhecer personalidades destacadas por seu apoio à liberdade, democracia e cooperação internacional. A fundação informou em nota que Lula foi escolhido "em reconhecimento por seus esforços para conseguir uma cooperação pacífica e a compreensão entre as nações, especialmente para reforçar o papel dos países em desenvolvimento no mundo dos negócios, e por sua contribuição para reduzir a desigualdade social".
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SBT volta a censurar

Depois de exibir em maio um beijo gay na novela Amor e Revolução, emissora muda de ideia e corta nova cena sensual das personagens.
Mas a gravação vazou para a internet.
Assista aos vídeos.



SANTARÉM, EIS O LIDER "POPULAR" DE SIMÂO JATENE E HELENILSON PONTES

Na foto: Ivan Leão e seus padrinhos políticos, os tucanos Simão Jatene e Alexandre Von.

Foi suficiente a Prefeita Maria do Carmo ameaçar o Governador  Simão Jatene na Justiça para que a meia duzia de invasores de uma margem da rodovia Fernando Guillhon fossem despejados.
Não fosse seu grito de alerta tudo estaria como antes. Jatene e seu marionete Helenison Pontes dando corda para o Ivan Leão, o lider meia tigela de se mesmo.

Leia abaixo uma parte da entrevista que o Lider de si mesmo deu ao Jornal o Impacto, na qual chega a confessar sua intima relação com Zenaldo Coutinho o inimigo número 1 do Estado do Tapajós.


O IMPACTO: Você já foi assediado pra se filiar a algum partido?
Ivan Leão: O próprio Zenaldo já me convidou pra trabalhar com ele. Já pensou se eu aceito e depois ele me pede pra ser contra o estado do Tapajós? O deputado Puty esteve na minha casa e eu perguntei para ele: “Puty, tu queres que eu vote pra ti ou trabalhe pra ti?”. Ele me respondeu: “Eu quero os dois”. Eu pedi a ele que pedisse à então Governadora que desapropriasse a área, mas ele não fez nada. O Jordy foi outro que me convidou e eu não aceitei. O vice-governador Helenilson me disse: “No segundo semestre liga pro Denílson, que nós vamos conseguir uma colocação pra ti”.....
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CHARGE

Governo lança Bolsa Verde para atender famílias da Região Norte

Uma nova iniciativa de transferência de renda foi lançada no País, dessa vez para atender às famílias da região Norte. A partir de outubro, o novo benefício, chamado Bolsa Verde, pagará R$ 100,00 por mês, por família, para aqueles que vivem em reservas e florestas nacionais. 
A ação é uma das medidas do Plano Brasil Sem Miséria, cuja meta principal é tirar mais de R$16 milhões de pessoas da extrema pobreza até 2014.
Ministros, governadores, prefeitos, empresários e beneficiários dos programas sociais participam, ao lado da presidenta Dilma Rousseff, em Manaus (AM), do lançamento de ações para transferência de renda, fortalecimento da agricultura familiar, parceria com os supermercados e estímulo à preservação ambiental, que visam retirar da extrema pobreza 2,65 milhões de brasileiros que vivem na região.
No lançamento da medida, em Manaus (AM), a presidenta Dilma explicou que o Brasil sem Miséria está sendo expandido : “Nós vamos criar mais 13 centros gerais, que atendem à população extremamente pobre, e estamos fazendo 15 especiais, não só de deficientes, mas que cuidam de populações vulneráveis – a criança, por exemplo, a vítima de violência, a mulher vítima de violência”.As mulheres da região também receberão qualificação, segundo Dilma.
O representante dos extrativistas da região Norte, Nelson Martins da Silva, comemorou o esforço em favor da comunidade de extrativistas, em especial pela implantação do Bolsa Verde. “O Bolsa Verde trouxe muitas melhorias aos nossos familiares. Em minha comunidade, em Bragança, já somos 1.649 famílias atendidas pelo programa, que proporciona a todos uma chance de se aperfeiçoar e montar uma estrutura adequada na luta pela conservação e preservação do meio ambiente”, afirmou.
“É um passo a mais na obtenção do direito real de uso das comunidades extrativistas, já que dependemos dos recursos do meio ambiente para nosso sustento”, completou.
A região Norte concentra 8,3% da população total do País. No entanto, lá vivem 16,3% das pessoas em extrema pobreza. Mais de 2,6 milhões de moradores da região vivem com menos de R$ 70 per capita mensais.
Pará e Amazonas respondem por quase 80% da população em extrema pobreza da região. Correspondem a 2,1 milhões de pessoas. Em quatro estados do Norte a extrema pobreza atinge mais que 17% da população: Pará, Amazonas, Acre e Roraima. De cada dez pessoas em extrema pobreza, 5,6 vivem em área rural no Norte.
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Agora mais essa. Justiça barra obra no leito do Xingu, em Belo Monte

Uma liminar da Justiça Federal do Pará proibiu o consórcio Norte Energia (Nesa), responsável pelas obras de construção da Hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu, de fazer qualquer alteração no leito do rio, como "implantação de porto, explosões, implantação de barragens, escavação de canais, enfim, qualquer obra que venha a interferir no curso natural do Rio Xingu com consequente alteração na fauna ictiológica".
A sentença permite a continuidade das obras de implantação de canteiros e de residências, por não interferirem na navegação e atividade pesqueira. A multa fixada pela 9ª Vara Ambiental, caso a liminar seja descumprida, é de R$ 200 mil diários. Cabe recurso ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, no Distrito Federal.
A liminar foi concedida à Associação dos Criadores e Exportadores de Peixes Ornamentais de Altamira (ACEPOAT), autora de ação ajuizada na 9ª Vara Federal, especializada no julgamento de causas ambientais.
A Associação alega que o início dos trabalhos para a construção de Belo Monte irá inviabilizar a atividade pesqueira na região, uma vez que o acesso ao Xingu estará impedido, tanto para pescadores quanto para os peixes. Alega, ainda, que a continuidade das obras poderá resultar até mesmo na extinção das principais espécies de peixes da região.
Esta parece ser mais uma decisão sem sentido. Não quanto ao mérito, já que cabe à Justiça decidir de maneira independente e soberana. Mas a suspensão das obras é um equívoco, que tem custado ao país e muito.
Bastaria, nesse caso, um termo de ajuste de conduta. Isso já resolveria o problema, já que as perdas prováveis e comprováveis podem - e devem - ser ressarcidas pelo consórcio construtor sempre em nome do interesse geral e coletivo da obra da Belo Monte.
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Escândalo de venda de armas dos EUA a traficantes mexicanos abala governo Obama

O objetivo era investigar o tráfico de armas dos Estados Unidos para organizações criminosas mexicanas. Mas a operação "Fast and Furious" (Velozes e Furiosos), orquestrada pelo ATF (Departamento de Álcool, Tabaco e Armas de Fogo dos EUA, na sigla em inglês), em 2009, acabou sendo um enorme fracasso. E, após recentes revelações de congressistas norte-americanos, tem potencial para se tornar um dos maiores escândalos da administração de Barack Obama. 


Os cartéis mexicanos acabaram se tornando os principais beneficiados da operação dos EUA

A ideia era vender, de forma controlada, armas norte-americanas de alto calibre a membros de cartéis de drogas. Com isso, os agentes de segurança dos EUA esperavam rastrear o armamento no México até os chefões do tráfico e desarticular as sofisticadas redes de criminosos. Só que o plano não saiu como o esperado: cerca de duas mil armas sumiram do radar dos EUA e hoje circulam livremente em território mexicano.
Grande parte das armas oriundas da operação da ATF, instituição cujas ligações com o lobby de produtores de armas norte-americanos são investigadas, foi vinculada com mais de 200 delitos no México, entre eles o assassinato do agente da Patrulha da Fronteira Brian Terry, em 14 de dezembro de 2010, morto com um AK-47. 
A pergunta que as autoridades nos EUA e no México agora se fazem é: de quem é a culpa? Com o passar dos meses, seguem saindo elementos cada vez mais assombrosos, que revelam aspectos inquietantes da operação. Agentes da ATF admitiram a periculosidade da falha, acusando superiores de terem tomado decisões incorretas. Porém, nesta terça-feira (27/09), o tema ganhou novo fôlego com revelações feitas por uma comissão investigadora do Congresso dos EUA sobre o caos entre a ATF e a DEA (Força Administrativa de Narcóticos, na sigla em inglês) e o FBI.
Segundo as investigações dos congressistas, a falta de comunicação entre as agências federais aconteceu e foi documentada. A DEA e o FBI, em particular, haviam ocultado da ATF a identidade do mais importante comprador de armas em Ciudad Juarez – um dos principais alvos da operação – e de um dos principais informantes das duas agências, cujo nome em código era CI #1 (Informante Confidencial Número 1).
O agente John Dodson foi instruído a comprar quatro unidades de AK-47 em dinheiro e ainda recebeu uma carta do supervisor, David Voth, o autorizando a vendê-las para criminosos mexicanos. Essencialmente, os contribuintes norte-americanos pagaram pelo armamento de traficantes mexicanos.
 

As maiores vítimas da violência são os milhares de mexicanos mortos pelo tráfico de drogas 

Acordo com traficantes?

A notícia chega justamente depois da declaração, da emissora Fox News, de que há documentos que atestam que o governo dos EUA, utilizando dinheiro público, comprou armas no arsenal Lone Wolf, no estado do Arizona, que foram entregues a traficantes mexicanos e acabaram nas mãos de integrantes do Cartel de Sinaloa, liderado por Joaquín “El Chapo” Guzmán.
Segundo declarações de Vicente Jesús Zambada Niebla, filho do número dois do Cartel de Sinaloa, Ismael El Mayo Zambada, e atualmente preso nos EUA, a situação é muito mais complexa e teria características ainda mais obscuras. Através de seu advogado, Vicente disse que a operação “Velozes e Furiosos” seria parte de um acordo mais amplo, com a DEA e o FBI como protagonistas e com a aprovação do Departamento de Justiça, que teria oferecido imunidade aos integrantes do Cartel de Sinaloa em troca de informações sobre outros cartéis. A defesa de Vicente, ex-encarregado da logística do cartel, se baseia na afirmação de que ele atuava como agente dos EUA quando cometeu os delitos pelos quais é acusado, em nome do Departamento de Justiça dos EUA, da DEA, da Segurança Nacional e do FBI. Washington não negou que o filho de Mayo Zambada foi apoiado pelo Departamento de Justiça.
Com as novas revelações, o governo Obama enfrenta uma avalanche de críticas direcionadas a uma história que parece ainda não ter mostrado todas as facetas. Articulistas de jornais e intelectuais norte-americanos exigem que a opinião pública saiba quais são as verdadeiras relações entre o gabinete presidencial e os cartéis, considerando também a batalha declarada pela Secretário de Estado, Hillary Clinton, contra o “narcoterrorismo” e “narcoinsurreição”.
Certo é que os parentes de Brian Terry querem justiça e pretendem descobrir quem é responsável pela morte do policial.
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Romário solta o verbo e diz que Ricardo Teixeira o traiu em 2002

O ex-craque e atual deputado federal Romário (PSB-RJ) foi o convidado de estreia do programa Kajuru Pergunta e mostrou que segue com a língua afiada.
Um dos principais críticos à gestão de Ricardo Teixeira no comando da CBF, o ex-jogador disse ter sido traído em 2002 pelo dirigente, que teria prometido que ele seria convocado por Luiz Felipe Scolari para a Copa do Mundo.




“Ele apertou minha mão e disse que eu iria à Copa [de 2002]. Falei a ele que o treinador era o Felipão e ele respondeu ‘mas quem manda sou eu’”, disse Romário. “Mas ele ficou aborrecido porque achou que eu tinha combinado com a Globo para ela dar esse furo. No dia da convocação final ele disse para o Felipão ficar a vontade e fazer o que quisesse”.
Em seu primeiro mandato como deputado federal, Romário tem se dedicado a causas voltadas para os deficientes e à fiscalização das obras da Copa do Mundo de 2014. Cotado para concorrer à prefeitura do Rio de Janeiro, o ex-jogador afirmou que não pretende estender sua carreira política após completar quatro anos de trabalho como parlamentar.
“Pretendo cumprir meu mandato. Daqui a quatro anos não consigo me ver como político”, afirmou Romário.
Incitado por Kajuru, Romário listou aqueles que considera os 10 melhores jogadores da história e se colocou na segunda colocação da lista. “Fiz mais gols, tive mais títulos [que Maradona]. Na minha opinião, depois do Pelé, fui eu”.
Romário disse estar em paz com alguns de seus ex-desafetos, como Edmundo e Zico. Já a relação do ex-atacante com alguns jornalistas segue estremecida, com fortes críticas a alguns comentaristas do Sportv, como Renato Maurício Prado e Telmo Zanini, a quem classificou como “um bobalhão que fala besteira sem parar, como se entendesse de futebol”.
O ex-jogador ainda afirmou que não ‘colocaria a mão no fogo’ por Felipão, Zagallo, Pelé, Ricardo Teixeira ou a Fifa. Mas defendeu Zico, Dunga e o ex-presidente do Vasco Eurico Miranda.
“Boto a mão no fogo pelo Eurico porque o conheço. Muitas coisas que caíram na conta dele, que presenciei nestes anos, não foram verdade. O Eurico tem seus defeitos, como todos os dirigentes, mas ele tem a qualidade de ser cumpridor da palavra”, comentou o ex-jogador.
Romário também falou sobre seus sucessores no futebol brasileiro. O ex-artilheiro afirmou que Neymar ainda não é craque, mas que pode vir a ser o grande nome da Copa do Mundo de 2014. O ex-jogador, porém, acredita que o meia Paulo Henrique Ganso é melhor que seu companheiro do Santos.
“O Neymar é um dos que podem vir a ser craque, assim como o Lucas do São Paulo. Mas acredito mais no Ganso. Se voltar a jogar o que estava jogando antes da operação, é um dos mais completos do Brasil. Mas nenhum dos três já pode ser comparado ao Messi”, afirmou Romário.
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Idiotices: A Extrema Direita universitária se alia a skinheads

Combatendo o eixo Hitler-Obama-Chico Buarque

Jovens estudantes neoconservadores fogem ao estereotipo de arruaceiros mas defendem ação violenta das gangues

Por Nara Alves e Ricardo Galhardo, iG São Paulo, sugestão da Ruth Alexandre

Eles não são fortões, não lutam artes marciais, não usam tatuagens com suásticas e preferem os livros e computadores às facas e socos ingleses.
Em vez de estações de metrô e shows de punk rock, seu habitat natural são as quitinetes apertadas do Crusp ou os vastos gramados da USP (Universidade de São Paulo).
Eles são os neoconservadores, jovens universitários que defendem valores como o direito à propriedade e a fidelidade matrimonial.
À primeira vista, parecem mais universitários comuns, magricelas, com suas calças largas, camisetas amarrotadas e a barba por fazer.
Mas apesar de estarem longe do estereotipo do jovem arruaceiro, cerraram fileiras ao lado de skinheads musculosos nas marchas em defesa do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) e na anti-Marcha da Maconha.
“Estamos aqui para batalhar tanto intelectualmente quanto fisicamente”, apregoa Celso Zanaro, 22 anos, estudante de Geografia da USP. “O que precisamos é de homens dispostos a morrer por seus valores”, completou.
Zanaro é um dos quatro integrantes do núcleo duro da União Conservadora Cristã (UCC), organização criada em julho do ano passado nos corredores da USP com os objetivos declarados de defender valores como o casamento, a fidelidade conjugal, direito à propriedade e combater o predomínio do pensamento marxista no meio acadêmico e político.
Pouco mais de um ano depois da criação, a UCC conta com 16 membros, 14 da USP e dois da Unicamp. Parece pouco mas nas eleições para o diretório central da USP, os neoconservadores ficaram em 5º lugar entre as dez chapas concorrentes.
“Na época da campanha fomos procurados pela juventude do PSDB mas não dá para fazer aliança aqui dentro”, disse Zanaro.
Em mais de duas horas de conversa, entre um cigarro e outro, o estudante citou pelo menos 15 autores conservadores, muitos deles nunca traduzidos para o português. Mas as principais referências do grupo são o jornalista Olavo de Carvalho (que defende a pena de morte para os comunistas), o integralismo (versão nacional do nazismo) de Plínio Salgado e o ultra-conservadorismo de Plínio Correia de Oliveira, fundador da extinta TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade).
Sobre a ditadura militar, Zanaro diz: “Se negarmos com veemência a ditadura não estaremos fazendo nada a mais do que reforçar o discurso comunista. A ditadura foi necessária num contexto”.
Na verdade, ele lamenta a falta de pulso do comando atual das Forças Armadas por não intervir no governo Luiz Inácio Lula da Silva durante o escândalo do mensalão.
“A função das Forças Armadas é respaldar as instituições democráticas. O Legislativo é uma delas. A partir do momento em que existiu um esquema para comprar o Legislativo e as Forças Armadas não depuseram o presidente, elas não cumpriram seu papel”.
Para os jovens da UCC, a USP é um antro comunista, nenhum partido político é suficientemente conservador, a pedofilia na Igreja é fruto da infiltração de agentes da KGB, o sexo é uma forma de idiotização da juventude, Geraldo Alckmin colocou uma mordaça gay na sociedade paulista, Fernando Henrique Cardoso foi o criador de Lula e Lula é o próprio anticristo.
Embora tenha resistido à abordagem da juventude tucana, a UCC votou em massa em José Serra nas eleições presidenciais do ano passado, mas com ressalvas. “Serra é um sujeito que, embora tenha se aliado a setores conservadores e renegado uma postura mais virulenta de esquerda, não abandonou totalmente estes ideais”, justificou.
Os integrantes da UCC dizem ser contra qualquer tipo de violência mas não escondem a admiração pelos skinheads, aliados de ocasião. “Essa postura de combate me inspira muito. Uma inteligência que não está disposta ao combate é uma inteligência vazia”, disse Zanaro que, no entanto, faz questão de demarcar o território. “Eles se dizem de extrema-direita mas o líder deles é vegetariano”.
A aproximação tem base na argumentação ideológica dos neoconservadores, segundo a qual é necessária uma elite intelectual que sirva de referência para a massa. “Uma massa conservadora sem uma elite é uma massa de manobra. Não existe educação para as massas. Precisamos de uma alta cultura que sirva de referência para estas massas”, disse Zanaro.
Apesar da aproximação com grupos que, no limite, praticam a intolerância contra minorias, o líder da UCC esclarece que o movimento não tem ligações como nazismo. “Não somos neonazistas. Ao contrário. Defendemos o estado de Israel”.
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Dilma barra Teixeira em reunião com a Fifa

Mr. Teixeira, did you accept the bribe ?

Deu No R7 : Dilma exclui Teixeira de reunião com a Fifa sobre a Copa de 2014

Informação foi confirmada pelo ministro do Esporte, Orlando Silva, nesta quarta-feira (28)
A presidente Dilma Rousseff terá uma reunião de alto nível com representantes da Fifa (Federação Internacional de Futebol) para discutir assuntos relativos à Copa do Brasil 2014, sem a presença do presidente da CBF e do COL (Comitê Organizador Local), Ricardo Teixeira. A informação foi confirmada pelo ministro do Esporte, Orlando Silva, que foi encarregado pela presidente de organizar o encontro.
- Estamos preparando uma conversa do governo brasileiro com a Fifa, que ainda não tem data e nem detalhes. Mas haverá uma reunião para acompanhar os preparativos para a Copa. Porque tanto a Fifa quanto o governo do Brasil têm interesse no sucesso da Copa 2014. Nós trabalhamos para que haja mais harmonia entre o governo e a Fifa.
Orlando Silva esteve na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (28) para pedir ao presidente da casa, Marco Maia (PT-RS), a criação de uma Comissão Especial para acelerar a aprovação da Lei Geral da Copa. De acordo com Maia, a criação da comissão vai permitir que a lei seja aprovada ainda este ano na Câmara e no Senado.
- Pela importância e pela plenitude da Lei Geral nós vamos constituir uma comissão especial para tratar da lei. Essa comissão deve ser constituída na próxima semana e hoje já vou encaminhar pedido aos líderes partidários para que indiquem os membros da comissão. Nós trabalhamos com a expectativa, de aprovar a lei na Câmara e no Senado até o fim do ano. Mas há vários temas que precisam ser debatidos, como feriados e venda de bebidas. Eu pessoalmente gosto de uma cervejinha no estádio, mas tudo será discutido. 
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Cassada, Rosinha Garotinho se aquartela na prefeitura

Cassada, Rosinha se aquartela na prefeitura   
A Prefeita de Campos dos Goytacazes (RJ) e seu vice, Francisco Oliveira, são cassados e permanecem dentro na prefeitura da cidade com centenas de eleitores; deputado Anthony Garotinho também foi condenado por abuso de poder econômico. 

247 - A 100ª Zona Eleitoral de Campos determinou nesta quarta-feira a cassação dos diplomas da prefeita de Campos dos Goytacazes (RJ), Rosinha Garotinho, e do vice-prefeito, Francisco Arthur de Souza Oliveira. Ambos foram condenados por abuso de poder econômico e ficam inelegíveis por três anos – a contar da eleição de 2008.
O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ), marido de Rosinha também foi condenado, assim como os radialistas Fábio Paes, Linda Mara Silva e Patrícia Cordeiro. A decisão ocorre logo no momento em que se discute a divisão dos royalties do petróleo, que atinge diretamente a cidade de Campos.
Em seu blog, Garotinho diz que os advogados já entraram com mandado de segurança junto ao TRE-RJ e que Rosinha não deixará a prefeitura de Campos. O deputado publicou no blog pessoal fotos em que a prefeita é vista sentada no chão ao lado de centenas de pessoas, entre elas seus filhos e o vice-prefeito, no pátio da Prefeitura sob a inscrição “Rosinha e o povo aguardam por justiça dentro da prefeitura”. Segundo o deputado, “o povo de Campos não arreda pé e se mantém firme apoiando Rosinha”, que garante que não deixa a prefeitura.
“Foi uma decisão injusta”, defendeu a filha do casal Garotinho, a vereadora Clarissa Garotinho, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio. “A Justiça mais uma vez decidiu por motivação política. É lamentável que o Governo do Estado tenha influência jurídica. Nem o Judiciário nós podemos confiar mais. É minha mãe e estou indo para Campos”, a vereadora, ao justificar sua ausência na Assembleia.
A sentença será publicada nesta quinta-feira e os envolvidos terão três dias a partir de então para entrar com recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro. A ação que resultou na cassação foi ajuizada pela Coligação “Coração de Campos” e pelo então adversário de Rosinha Garotinho na disputa à prefeitura de Campos (em 2008), Arnaldo França Vianna. Todos os envolvidos também se tornaram inelegíveis por três anos, a partir de 2008. Ou seja, poderiam se candidatar a partir de outubro deste ano.
A juíza Gracia Cristina Moreira do Rosário identificou que a prefeita e o vice se beneficiaram por propaganda eleitoral irregular veiculada em meio de comunicação. Os radialistas teriam utilizado o espaço concedido por meio dos programas em que atuam ou são dirigidos por Anthony Garotinho para promover a candidatura de Rosinha.
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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

CHARGE

Venham todos ocupar Wall Street, pede Michael Moore




QUANDO O JÔ ERA O JÔ

Conselho de Segurança discute criação do Estado da Palestina

Conselho de Segurança discute criação do Estado da Palestina F
A previsão, de acordo com diplomatas que acompanham as negociações, é que a ONU estabeleça para os palestinos o status de Estado observador, como o Vaticano; reunião acontece nesta quarta-feira (28) 


O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) marcou para esta quarta-feira (28) a sessão em que discutirá o pedido da Autoridade Nacional Palestina (ANP) para a criação do Estado da Palestina. Representantes de todos os países que integram as Nações Unidas se reuniram segunda-feira (26) para consultas sobre o assunto. A aprovação depende de nove dos 15 votos do conselho, sendo que entre os países que têm assentos permanentes não pode haver rejeição. Porém, o governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, informou que votará contra o pedido do presidente da ANP, Mahmoud Abbas. A expectativa é que as discussões no conselho levem cerca de quatro semanas até sua conclusão. O representante do Líbano nas Nações Unidas, o embaixador Nawaf Salam, confirmou o início das negociações para amanhã.
Na última semana, a presidenta Dilma Rousseff defendeu o direito de os palestinos terem um Estado autônomo e independente. No ano passado, o Brasil reconheceu o direito de criação da Palestina. Dos 15 membros do Conselho de Segurança, seis se manifestaram a favor dos palestinos. Dos 193 países que integram as Nações Unidas, os palestinos dizem contar com o apoio de 127.
A previsão, de acordo com diplomatas que acompanham as negociações, é que a ONU estabeleça para os palestinos o status de Estado observador, como o Vaticano. O quarteto para as negociações do Oriente Médio, formado por representantes dos Estados Unidos, da União Europeia, das Nações Unidas e da Rússia, propôs uma retomada das negociações, estipulando um prazo para um acordo final até 2012.
Para os Estados Unidos e o Reino Unido, é necessário ampliar as negociações de paz entre israelenses e palestinos antes de decidir pela criação de um Estado independente e autônomo. O governo de Israel também informou que não aceita negociar o pedido da ANP que propõe a divisão da cidade de Jerusalém, considerada pelos israelenses indivisível.

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JATENE CAPITULA E O DESPEJO DOS INVASORES DA FERNANDO GUILLHON COMEÇOU

O escopo declarado da ocupação sempre foi a paralisação do programa Minha Casa e Minha Vida, que prevê (na área invadida)  a construção de mais de 3 mil moradias populares.

Começou agora em Santarém o despejo das duas dezenas de ocupantes abusivos de um terreno a margem da Fernando Guillhon.

A mais de 3 meses a justiça havia autorizado a desocupação do terreno, mas até agora, o governador Simão Jatene no intuito de favorecer a invasão, havia driblado a intimação judicial.

O Governador Simão Jatene acabou desistindo do apoio aos invasores que visavam detonar os programas sociais do governo petista, e criar as bases para a eleição do tucano Alexandre Von a prefeito de Santarém em 2012.

Até hoje Jatene havia propositalmente retardado a reintegração de posse deliberada pela justiça em favor dos donos do imóvel, para que a “ocupação” pudesse "crescer" até se tornar um problema de ordem social e consequentemente um “pipino” politico para a atual prefeitura municipal.

Mas depois de seis meses, a meia duzia de invasores não conseguiu aumentar seu número provocando a capitulação de Jatene.
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FHC e Marina se elogiam em busca de aliança política

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e a ex-senadora e candidata derrotada à Presidência da República Marina Silva (sem partido) deram nesta terça-feira indicações de que podem se tornar aliados próximos, ao se elogiarem mutuamente durante evento organizado pelo Instituto FHC, entidade que o ex-presidente criou para defender suas posições neoliberais e conservadoras e instrumentalizar sua ação político-partidária.
Vermelho
FHC começou seu discurso dizendo que o auditório estava cheio por causa do “fascínio” que Marina exercia sobre as pessoas.
O ex-presidente disse que os dois mantêm bom relacionamento há muito tempo. Referiu-se à troca de cartas que faziam quando ela era senadora pelo PT do Acre e ele presidente da República.
"Marina é uma pessoa íntegra que diz as coisas com sinceridade", disse o ex-presidente neoliberal.
Marina Silva que já se despiu de todo traje progressista com que outrora conquistou notoriedade como militante petista, afagou o decadente líder tucano: "o senhor tem uma responsabilidade muito grande em relação a esse debate. Referia-se ao tema ambiental. Marina compareceu ao ninho do tucano para falar sobre o Código Florestal, aprovado pela Câmara dos Deputados e em tramitação no Senado.”
Matéria Completa, ::Aqui::
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terça-feira, 27 de setembro de 2011

“Não vão gastar mais do que estão roubando”, diz Sebastião Tapajós sobre a divisão do Estado do Pará

Por  Altino Machado/Terra Magazine

Natural de Santarém (PA), o músico e compositor Sebastião Tapajós, 67, já sabe o que responderá nas urnas, no dia 11 de dezembro, quando será realizado o plebiscito que decidirá sobre o desmembramento do Pará e sobre a criação de dois novos estados: Carajás e Tapajós.

Serão feitas duas perguntas aos eleitores durante o pleito. A primeira: “Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Carajás?”. A segunda: “Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Tapajós?”.
Caso a resposta da maioria para as duas perguntas seja afirmativa, o Estado se dividirá em três partes: uma continuará sendo o Pará, a outra será o Estado de Tapajós e a outra será o Estado de Carajás. Há quem diga que o custo financeiro dessa divisão seria elevado, mas o músico é quase lacônico ao se contrapor:
- Não vão gastar mais do que estão roubando.
Sebastião Pena Marcião nasceu dentro de um barco, no rio Surubiú, quando seus pais viajavam com destino a Santarém. Foi registrado como se fosse do município de Alenquer. De tão apaixonado pela região onde nasceu, adotou e registrou posteriormente o nome do maior rio da região e se assina como Sebastião Tapajós Pena Marcião.
Tapajós, que estuda violão desde criança, em 1964 mudou para a Europa e se formou no Conservatório Nacional de Música de Lisboa, em Portugal. Mas seguiu estudando na Espanha até regressar ao Brasil três anos depois.
Consagrado na Europa, especialmente na Alemanha, já lançou mais de cinqüenta discos. Realiza anualmente pelo menos duas turnês internacionais, mas o lugar dele mesmo é Santarém.
- Na verdade eu sou mocorongo de coração.
Veja a entrevista:
Voltou para Santarém quando?
Em 1997 decidi voltar às raízes. Eu vivia no Rio de Janeiro, onde tenho casa. Estava meio cansado de cidade grande. De repente pensei: vou embora pro meio do mato, onde os pássaros cantam é que é o meu lugar. Voltei para cá, onde é cheio de passarinhos: sabiá, bem-te-vi, rouxinol. Aparece de tudo aqui.  porque tem árvores.
O que o ambiente faz pensar?
Comecei a vida achando que tocar em bailes seria o máximo. De repente, eu me vi numa Filarmônica de Berlim e pensei: o que está acontecendo comigo, que saí do meio do mato? Acho que existe em mim determinação e alta força de vontade. Eu nasci num rio chamado Surubiú. Parece nome feio. Fica mais perto de Alenquer do que de Santarém. Nascido num barco com destino a Santarém, aí meu pai me registrou como se eu fosse de Alenquer. Na verdade eu sou mocorongo de coração.
O que é um mocorongo?
Um cara bobo, que nasce em Santarém e não quer saber de sair daqui. Lá pro Sul, mocorongo é um cara bobo, abestado, mas  em Santarém tem outro sentido, mais pra índio. Parece que não, mas o índio é um sujeito muito esperto e inteligente. Tanto que o índio dificilmente se deixa escravizar, porque ele luta e até morre, mas não se deixa escravizar. Outros são escravizados com mais facilidade.
Qual a dimensão que você tem atualmente da Amazônia?
Eu sempre estive presente na Amazônia. Até o meu nome, Tapajós, é da região. Tapajós não constava no meu nome, mas já registrado.
Como é no registro?
Sebastião Pena Marcião. Não é marciano nem macião. É Marcião. Sou devagar e sempre.
Mas em noites de lua cheia se transforma no boto?
O poeta e compositor Paulo André Barata diz que foram os padres que trouxeram essa história do boto para cá. Não sei se é verdade, mas ele diz que foi inventada para justificar as travessuras dos padres nas beiras de rios.
Mas a Amazônia…
Eu vi um discurso do governador Simão Jatene, do Pará, e o poeta Thiago de Mello estava presente como convidado. No meio do discurso, o Simão, que fala muito bem, disse que estavam presentes dois dos maiores representantes da Amazônia, que já representaram a Amazônia pelo mundo inteiro. E nos tratou como Thiago e Tião, mas esqueceu do nosso irmão João Donato, do Acre, que é um amazônida mesmo. Fiquei muito feliz em ouvir isso. Tenho um disco que chama Xingu. Todos os meus trabalhos têm alguma coisa que se refere à Santarém, aos rios, a alguma coisa da Amazônia. Ela é grandiosa.
Uma região muito impactada também?
Eu acompanho com muita tristeza, vendo que as coisas estão se degringolando cada dia mais e o poder aquisitivo, o capital, é quem determina as coisas. Acredito que nós ainda temos uma reserva muito grande. Se já mandaram ver em 15 ou 17%, acho que deveriam tentar segurar o que ainda existe.
E Belo Monte?
Rapaz, sou contra tudo que mexe com a natureza. Não estudei pra falar de cadeira desse assunto de Belo Monte, mas tudo que Deus fez não foi à toa. Deus fez Santarém bela, do jeito que é, porque passou e viu que dava pra fazer. Está tudo aí pra gente usufruir e não para acabar. Fizeram a BR-163, ligando Cuiabá a Santarém, mas sempre fui a favor de uma ferrovia porque haveria menos desmatamento. Asfalto me parece algo inviável para nossa região por causa do custo de manutenção. Além disso, na Amazônia, quando chove é dilúvio. O asfalto não resiste, corrói por baixo. Os trens dão certo em qualquer lugar do mundo. Por que não daria certo na Amazônia?
Tem saudade daquele seu projeto de descoberta musical na Floresta Nacional do Tapajós, que resultou na gravação de um CD com ribeirinhos?
Esse projeto foi muito interessante. Tive que ficar 20, 30 dias num barco, visitar as comunidades, gravar nas casas, encontrando talentos. Numa reunião que tivemos alguém disse que eu não encontraria talentos na floresta, mas deu Certo o disco. Ficou muito interessante. é um trabalho piloto que serve pra qualquer lugar da Amazônia. Eu cheguei a levar para um governador do Pará, mas os caras nunca têm tempo sequer para nos ouvir.
Algum novo projeto?
Tenho um projeto aprovado, que chama Rio Abaixo, Rio Acima. É caríssimo para fazer de Manaus até Belém. São quase 50 cidades. Passar no mínimo três ou quatro dias dando aula, fazendo concertos didáticos, mostrando a riqueza do instrumento para as crianças. É carríssimo porque 50 pessoas, entres as quais jornalistas, artistas e músicos de primeira grandeza para dar aula, terão que ficar um ano inteiro numa balsa. quem levou esse projeto para estudar foi a Petrobras, que quer fazer diferente. A Petrobras quer fazer todo ano, mas aí fica muito mais caro.
E você não aceita que seja anual?
Aceito, claro, mas querem que sejam feitas alterações no projeto. A Vale também está com o projeto. É um projeto orçado em mais de R$ 2 milhões, mas ninguém vai enricar com isso. Vamos trabalhar pra caramba e ganhar o normal. Músicos excepcionais vão passar dez meses morando no barco. Como ninguém é de ferro, de vez em quando vou ter que dar uma saidinha pra pescar. Eu gosto desse tipo de coisa. Eu nasci no barco.
Você tem acompanhado os debates em torno da divisão do Pará?
Estou acompanhando de perto. Nós queremos essa divisão.
Você quer um estado com o seu nome?
Não é com o meu nome, mas da região, que é muito bela e rica.
Quem é contra costuma dizer que o custo da divisão seria elevado.
Não vão gastar mais do que estão roubando. Seria maravilhoso se a gente tivesse governadores como que temos agora, o Simão Jatene, um cara que vem a Santarém, que olha para cá. Da mesma forma, se gente tivesse um governador como foi Fernando Guilhon, ninguém estaria querendo dividir o Pará. Mas não é assim. Quando o Simão Jatene sair, pode entrar um cara que tenha raiva daqui e então a gente vai sofrer por não sei quantos anos. Esse isolamento não é justo pro povo que vive aqui. Tivemos muitos governadores que nos isolaram completamente. A divisão seria uma evolução porque existem razões que Belém desconhece. O egoísmo é um problema seríssimo que precisa ser extirpado. você não pode pensar só em você. Temos que pensar naqueles que nos cercam. Estaremos muito bem servidos se a gente pegar essa extensão que vem desde Altamira, pega o Xingu inteiro, Prainhas, Oriximiná, Óbidos. É uma região muito rica. Não somos tão pobres assim. Aqui existe pobreza, mas não existe miséria. Aqui ninguém vê ninguém passando fome. Só se for muito, mas muito preguiçoso. Quem vai pra beira do rio Tapajós pescar não volta sem peixe. Nós temos tudo para deslanchar. E Belém ficaria muito bem, pois é uma região muito rica em turismo. Do jeito que está, não conseguem cuidar de Belém, nem de Santarém, de lugar nenhum. A situação é deplorável.
Você acredita que a população do Pará decidirá em plebiscito pela divisão do Estado?
Quer que eu seja sincero?
Sim.
Acho muito difícil porque o egoísmo está na frente de tudo. Essa é uma região grande. Se a divisão não acontecer e o governador cumprir a promessa de andar por aqui, as cosias podem funcionar legal. Acho que a melhor solução seria a criação do novo estado e que a gente não pode ficar em cima do muro apenas porque é amigo do governador. Ele tem que me aceitar como sou. A minha opinião é essa.
Mas o governador, como bom tucano, está em cima do muro.
Ele está fazendo o certo, dizendo que o povo é quem vota e decidirá. Eu não fico em cima do muro e por isso me dou muito mal com os políticos. Sou sincero, mas não deixo de falar com eles, quando sei que eles me sacaneiam. Mesmo assim estou lá: bom dia, boa tarde, boa noite. Não me atrapalha, não.
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Filme ‘Rock Brasília’ emociona público

O autor do documentário Vladimir Carvalho, durante a abertura do Festival de Cinema. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ ABr 

Agência Brasil 

Rock Brasília - A Era de Ouro, de Vladimir Carvalho, emocionou o público na abertura do 44º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. 
Embora não faça parte da mostra competitiva, o documentário Rock Brasília – A Era de Ouro, de Vladimir Carvalho, emocionou o público na abertura do 44º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, nessa segunda-feira 26 à noite, no Teatro Nacional. O filme, que conta a história da geração do rock dos anos 80 em Brasília, não só empolgou pela espontaneidade dos depoimentos dos músicos, mas também pela identificação com os que moram nas superquadras e que, de alguma forma, viram o movimento do rock ocorrer na cidade.
Vladimir Carvalho retrata a geração que gerou bandas como Capital Inicial, Legião Urbana e Plebe Rude, valorizando a capacidade que esses jovens tiveram de se expressar em meio a condições adversas. “Eram jovens que reagiam institivamente à autoridade.
Eram jovens cultos, viajados e que fizeram músicas e letras permeadas dessa reação naquele momento de transição da política. Eles não foram cooptados, eles cooptaram”, disse à Agência Brasil o cineasta, que era professor da Universidade de Brasília (UnB) na década de 1980 e registrou os momentos iniciais das bandas, além de entrevistas com seus integrantes em 1987 e 1988. 
“Percebi que havia história no movimento desses rapazes porque eles estavam voltando a Brasília depois de tocar em várias cidades brasileiras. Comecei a gravar os shows que aconteciam na Foods (lanchonete da Asa Sul), na UnB e a gravar entrevistas com esses garotos. Isso ficou guardado por mais de 20 anos. A minha sorte é que não estragou”, acrescentou.

Vladimir ressalta o exemplo dessa geração pelo papel de resistência e, principalmente, de crença em um sonho. “É necessário olhar no retrovisor para entender muito do Brasil de hoje. Esses garotos deram um ensurdecedor exemplo de perseverança e crença em um sonho. E tem que ser assim para que esse sonho se torne realidade”, disse. “Eles ainda sentiram o peso dos resquícios da ditadura, chegaram a ser presos em um show em Patos de Minas e viram que o negócio era sério”. 
O baterista Fe Lemos, da banda Capital Inicial, um dos entrevistados no documentário, lembrou que à época, não poderia imaginar a repercussão de sua simples vontade de tocar. “A gente via tudo como brincadeira. Nunca pensei que isso tivesse tamanha repercussão, da mesma forma que nunca pensei que estaríamos agora sem o Renato Russo, que sempre dizia que queria ser músico, depois cineasta e, depois, escrever um livro. Se ele estivesse aqui neste momento, com certeza estaria se aventurando pelas artes visuais”.
Rock Brasília – Era de Ouro não concorrerá a prêmios. O filme, no entanto, já recebeu o prêmio de melhor documentário do Festival de Paulínia de Cinema deste ano.
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Protestos em Wall Street entram no nono dia

Manifestantes acampados nas cercanias de Wall Street, rua considerada "coração financeiro" dos Estados Unidos, continuaram seus protestos contra a especulação financeira e a corrupção, a despeito da cada vez maior repressão promovida pelas forças de segurança da cidade de Nova York.

Centenas de ativistas anti-capitalistas se reuniram nesta segunda-feira (26) na Wall Street para dar sequência ao protesto iniciado há nove dias. Os manifestantes estão acampados em barracas improvisadas por 24 horas por dia em Lower Manhattan, perto do edifício da bolsa de valores de Nova York desde o último 17 de setembro, data que originou o nome do protesto: 17-S.
"A repressão contra aqueles que participaram das manifestações tiveram um aumento considerável nos últimos dias, afirmou Chris Hedges, um repórter americano que já venceu o prêmio Pulitzer e que cobre as manifestações.
Hedges afirmou também que a presença da polícia nas cercanias de Wall Street tornou a área perto da bolsa em uma nova "zona verde" e que o único meio de acessar a área é passando pelas barricadas feitas pelos policiais.
Entretanto, manifestantes e organizadores prometeram continuar acampados "até que nossas demandas" sejam satisfeitas.
"A nossa moral, como não poderia deixar de ser, continua elevada", afirmou Guy Steward, um dos manifestantes.
Steward afirmou que, apesar da brutalidade policial no sábado, a força da manifestação fez apenas crescer.
No sábado passado (24) a polícia prende mais de 80 manifestantes e usou gás de pimenta contra outros cinco.
Os protestos, inspirados pelas revoltas pró-democracia na Tunísia e no Egito, foram organizados por uma ong que se auto-intitula "Ocupem a Wall Street."
Os manifestantes exigem do presidente americano Barack Obama que estabeleça uma comissão que coloque um fim à influência do capital especulativo na política dos Estados Unidos.

Vários dos presos no último sábado foram soltos ontem domingo e regressaram às imediações da Praça da Liberdade.
O domigo foi um dia de descanso e não houve marchas, mesmo com a realização de palestras sobre o aumento do desemprego em várias cidades dos Estados Unidos, país com 14 milhões de desempregados e uma taxa nacional de desemprego de 9,1%.
Também ficou evidenciado nessas palestras como as pessoas começam a se identificar com o movimento e redescobrir um poder em si que podem usar para se opor ao das instituições.
Os grandes meios de comunicação continuam omitindo notícias sobre o movimento 17-S, de acordo com o jornal New York Observer, único que realiza uma cobertura jornalística de pequeno porte.
"A principal cobertura dos acontecimentos que ali ocorrem é feita por blogs pessoais, bem como meios alternativos", segundo disse o próprio jornal.
Outro jornal nova-iorquino que levantou o problema e que está afastado da grange mídia, o digital Metro.us, exibe em seu site declarações de vários manifestantes, que afirmam que os vídeos sobre a repressão policial têm atraído muitas pessoas.
"Esse tem sido um fator muito importante para que as pessoas que estavam a ponto de vir, se decidissem", disse Kyle Kneitinger, de 22 anos, que permanece nas imediações de Wall Street há uma semana.
Algumas imagens mostram policiais jogando gás pimenta na cara de mulheres manifestantes desarmadas.
"Enquanto os policias de Nova York reprimem aqueles que estão em Wall Street, aumenta ainda mais o número de manifestantes", reconheceu a publicação digital.

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O “mercado”

A entrevista de um operador de mercados, Alessio Rastani, na BBC, está causando furor no mundo.
O cidadão teve uma crise de sinceridade e disse que sonha com uma recessão para ganhar mais dinheiro.
“Não ligamos muito para como vão consertar a economia. Nosso trabalho é ganhar dinheiro com isso”.
“Os governos não controlam o mundo. 
O (banco) Goldman Sachs controla o mundo. 
O Goldman Sachs não liga para esse resgate, nem os grandes fundos.”
“Estou confiante que esse plano (de recuperação da Grécia) não vai funcionar, independentemente de quanto dinheiro (os governos) puserem. O euro vai desabar”
“Em menos de 12 meses, ativos ( dinheiro, economias) de milhões de pessoas vão desaparecer”.
A entrevistadora da BBC agradeceu a sinceridade …
Rastani disse o que todo mundo sabe e ninguém tem coragem de dizer.
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Lula recebe título de doutor "honoris causa"

Lula recebe hoje o 16º título de Doutor Honoris Causa do prestigiado Instituto de Estudos Políticos de Paris, conhecido como Sciences-po. Não é toda hora que se dá  ali um título destes, tanto que a instituição, fundada em 1872, leva quase dez anos, em média, para conceder um deles.
E a pergunta que todo mundo quer fazer foi feita pela correspondente de O Globo, Deborah Berlink:
Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, para receber uma homenagem da instituição?
O presidente da instituição, Richard Descoings, com a necessária diplomacia, dá a resposta:
O antigo presidente merecia e, como universitário, era considerado um grande acadêmico. Sciences-po é uma universidade de elite, porque nós formamos uma parte da classe politica e das grandes empresas francesas. 
O presidente Lula fez uma carreira política de alto nível, que mudou muito o país e, radicalmente, mudou a imagem do Brasil no mundo. O Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula, e ele não tem estudo superior.
Isso nos pareceu totalmente em linha com a nossa política atual no Sciences-po, a de que o mérito pessoal não deve vir somente de um diploma universitário. 
Na França, temos uma sociedade de castas. E o que distingue a casta é o diploma. 
O presidente Lula demonstrou que é possível ser um bom presidente, sem passar pela universidade. Ele foi eleito por unanimidade pelo nosso conselho de administração. A França, como toda a Europa, passa por um momento difícil.(…)
O professor Descoings talvez não saiba, mas somos ainda mais uma sociedade de castas.
E foi preciso que se rompesse essa tradição de castas para que o Brasil mudasse.
Mesmo aqueles que vieram da esquerda, como Fernando Henrique, ao serem aceitos nos salões, passaram a portar-se e a pensarem como essa subnobreza colonial que não pensa o Brasil como um país.
A entrega do título será transmitida ao vivo no site da Sciences Po às 12h30 daqui, amanhã. Vai ser um momento de afirmação, muito mais que de Lula, do Brasil.  Porque, quando não somos um país de castas, somos um país imenso.
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Após protestos, Evo Morales suspende construção de estrada

Após intensos protestos de indígenas, o presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou a suspensão da construção de uma estrada que liga o país ao Oceano Pacífico.
A construção conta com recursos brasileiros e a estrada passa por uma reserva florestal. Anteriormente, o presidente havia informado sobre a intenção de promover  um referendo para decidir sobre a construção da estrada. Mas, depois de sofrer pressão, interrompeu os trabalhos.
A estrada deve passar pela reserva de Tipnis (Território Indígena Parque Nacional Isidoro Sécure), ao lado do território brasileiro. A estimativa é que 13 mil pessoas, de diferentes comunidades indígenas, morem na região. O percurso teria cerca de 300 quilômetros e um custo aproximado de US$ 420 milhões, financiados com recursos brasileiros, segundo o governo Morales.
De acordo com autoridades bolivianas, a rodovia é estratégica para o desenvolvimento do país. Mas ativistas combatem a obra, alegando que ela favorece grupos econômicos e prejudica o meio ambiente. Na última segunda-feira (26/09), a então ministra da Defesa, Cecília Chacón, renunciou ao cargo, informando discordar da repressão do governo aos indígenas.
No domingo (25), cerca de 500 policiais usaram gás lacrimogêneo para dispersar o protesto, que terminou com presos e denúncias de agressões. A marcha dos manifestantes contra a obra começou em 15 de agosto, em Trinidad (Departamento de Beni), com destino à capital La Paz.
O protesto é contra a construção do segundo trecho da estrada, entre Villa Tunari, no Departamento de Cochabamba (centro), e San Ignácio de Moxos, no Departamento de Beni, próximo à fronteira com o Brasil.
Preocupação brasileira
Em nota divulgada antes da decisão de Morales, o Itamaraty informou ter recebido com  preocupação as notícias sobre os distúrbios na Bolívia. “O governo brasileiro recebeu com preocupação a notícia da ocorrência de distúrbios em 25 de setembro, no contexto de protestos sobre a construção de trecho da estrada Villa Tunari-San Ignacio de Moxos”, diz o documento.
A nota do Itamaraty acrescenta que “o governo brasileiro está confiante que o governo boliviano e diferentes setores da sociedade boliviana continuarão a favorecer o diálogo e a negociação na busca de um entendimento sobre o traçado da rodovia, tomando em conta as normas internas do país e práticas internacionais relevantes, em benefício do desenvolvimento e da estabilidade da Bolívia”.
A nota conclui que “o governo brasileiro confirma que sua disposição de cooperar com a Bolívia no contexto da obra se desenvolve no entendimento de que se trata de projeto de grande importância para a integração nacional e que atende aos parâmetros relativos a impacto social e ambiental previstos na legislação boliviana”.
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Ab’Saber: Se Dilma ouvisse quem entende, não concordaria com Código

 Tem gente que tem propriedade de um milhão de hectares na Amazônia
O geógrafo Aziz Ab’Saber: “Tem gente que tem propriedade de um milhão de hectares na Amazônia”

Dayanne Sousa (Terra Magazine)

O geógrafo Aziz Ab’Saber vê com gravidade os rumos da política ambiental brasileira. Enquanto a proposta de reforma no Código Florestal avança e pode ser aprovada em definitivo no próximo mês, estudos apontam erros na concessão de florestas para manejo sustentável. “É muito sério”, sentencia o cientista e professor da Universidade de São Paulo (USP).
- Se a dona Dilma ouvisse os cientistas e pessoas que entendem da Amazônia, ela não iria concordar com o Código – critica. Para ele, a discussão está rodeada por intenções apenas políticas. “Eu acho que o pessoal do governo, sobretudo o pessoal da Agricultura e da Ciência e Tecnologia estão inventando tudo o que podem para fazer política”.
Estudo feito pela Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz (Esalq), da USP, apontou que o manejo sustentável – regulado pela Lei de Gestão de Florestas Públicas de 2006 – não é viável economicamente. Segundo a pesquisa coordenada pelo professor Edson Vidal, o intervalo de 30 anos imposto para o ciclo de corte não permite a recuperação das espécies com maior interesse comercial.
Ab’Saber destaca a pressão de grupos ruralistas e avalia que há um grande interesse pela manutenção de propriedades na Amazônia.
- Muita gente quer espaço como patrimônio, não é para explorar de forma sustentável. Tem gente que tem propriedade de um milhão de hectares na Amazônia. Até gente do exterior.
Leia a entrevista.
Um artigo recente da Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz (Esalq) dá poucas esperanças de sucesso para o chamado manejo sustentável. A pesquisa estabelece que não seria nem mesmo economicamente viável.
Eu acho que o pessoal do governo, sobretudo o pessoal da Agricultura e da Ciência e Tecnologia estão inventando tudo o que podem para fazer política. O pessoal da Esalq tem suas razões. Lá no governo a coisa está muito séria, a Dilma herdou do Lula um quadro extremamente complicado. E ainda colocaram na Ciência e Tecnologia uma pessoa que nunca gostou de ciência, nunca fez ciência. É muito sério, eu não quero nem dar minha opinião porque eu tenho muitos inimigos. Você precisa ver como o Aldo Rebelo ficou furioso comigo porque eu fiz uma crítica séria da revisão do Código Florestal que ele queria.
Um embate inevitável…
Um dia desses o jornal colocou um morrinho baixinho com um pouquinho de árvore em cima para interpretar as bobagens que o Aldo falou sobre proteção de topos de morro. Só que ele não sabe nada sobre as cimeiras de certas áreas que tem terras altas. Nas regiões intermediárias de 100, de 150 metros de terrenos cristalinos e solo vermelho, tem que conservar toda a cimeira, não é um “morrotezinho”. E essas pessoas não sabem enxergar o que está perto dos seus olhos. Aí começa a fazer desenho, deixar que os jornalistas – que não têm culpa – pensem que é um morrotezinho, mas é uma cimeira de serranias florestadas, como é a Cantareira. E a zona costeira também tem outros problemas, precisa de proteção. É preciso conhecer o Brasil!
A política de concessão de florestas tem que ser revista?
Eles estão querendo, em cima do erro grande que já foi feito sobre a revisão do Código Florestal, ampliar a possibilidade de usar espaços em áreas que são reservas integradas na Amazônia. É uma coisa a mais. Precisa ser entendida pela pressão que a dona Kátia Abreu (DEM-TO) e outros estão fazendo. Eles querem é o espaço da Amazônia. Muita gente quer espaço como patrimônio, não é para explorar de forma sustentável.
Se essas alternativas não funcionam, como então cumprir a proposta de aliar desenvolvimento econômico com preservação?
A alternativa é não ampliar o espaço da Reserva Legal das propriedades. Tem gente que tem propriedade de um milhão de hectares na Amazônia. Até gente do exterior. Se você, em vez de conservar os 20% passíveis de serem ocupados por atividades agrárias, passar para 80%, imagina o que vai ser. Vão arrasar tudo, vender para terceiros desesperados para ter um patrimoniozinho.
Como o senhor tem acompanhado a discussão do Código Florestal? Tem alguma expectativa de que ela possa terminar bem?
Se a dona Dilma ouvisse os cientistas e pessoas que entendem da Amazônia, ela não iria concordar com o Código. Tenho plena certeza, pela competência e pela sensatez que ela tem, ela não iria concordar com o que esse pessoal está fazendo.
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CHARGE

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Europa Ocidental? Bye-bye!

Declínio e queda da Europa
A ansiedade e a perplexidade dos EUA atingiram um novo patamar quando a última projeção do FMI indicou que, ao menos em alguns aspectos, a economia chinesa ultrapassaria a dos EUA em 2016.
Até recentemente, o Goldman Sachs apontava para 2050 como o ano em que ocorreria essa troca do primeiro lugar.
Dentro dos próximos 30 anos, segundo o Goldman Sachs, provavelmente os cinco primeiros serão China, EUA, Índia, Brasil e México.
A Europa Ocidental? Bye-bye!
O artigo é de Pepe Escobar.
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Festa de 10 anos da revista Fórum



No Blog da Cidadania

No último sábado, em um casarão do bairro do Cambuci, em São Paulo, a revista Fórum promoveu evento comemorativo aos seus dez anos de vida.
O evento, como se verá, acabou se convertendo em um amplo fórum de discussões políticas que, conforme a transmissão pela internet avançava, foi atraindo figuras políticas como o ex-ministro José Dirceu.
Corte para a chegada deste blogueiro ao local, por volta das 14 horas de uma típica tarde paulistana de fim de inverno – gelada e molhada pela boa e velha garoa de minha cidade, tão celebrada em verso e prosa.
Surpreendeu-me a recepção: parecia que tinha vencido uma corrida de Fórmula 1, apesar de apenas ter sido atacado pelas hordas da mídia golpista.
Do alto de quase dois metros de altura, a voz tonitruante de Luiz Carlos Azenha troveja: “Agora que a Veja atacou o Eduardo ele está todo sorridente”. Pelo quintal que divide o casarão da frente do galpão dos fundos, onde foi montado auditório e palco para um show de música, grupos se voltam, várias pessoas me cumprimentam, vou parando aqui e ali…
Na parte da frente da propriedade, na sala de estar do casarão, foi montado o estúdio para debates por onde passariam políticos, jornalistas, advogados, professores, filósofos, politólogos, estudantes, ativistas políticos e, claro, muitos blogueiros.
A diversidade do público era sua característica. Jovens e maduros, alternativos e caretas misturavam-se em grupos heterogeneamente homogeneizados por pautas políticas, culturais e tantas outras.
Citar nomes obrigaria a fugir do foco deste post, que é o que emergiu daquele evento (na visão deste blogueiro). Os detalhes da festa de dez anos da revista Fórum você poderá conferir no blog do Renato Rovai, editor da publicação – veja link do blog na coluna de sites que indico no lado direito desta página.
O que “emergiu” partiu da “mesa redonda” que esquentou o debate político no evento. Participaram dela eu mesmo, Azenha, Conceição Oliveira, Denis Oliveira (Eca-USP), Luis Nassif, Renato Rovai, Rodrigo Vianna e o ex-ministro José Dirceu, que apareceu ao fim do primeiro bloco do programa “na condição de blogueiro”, segundo disse.
Até hoje, estive duas vezes com José Dirceu e uma delas foi ontem – a primeira foi no II Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, que teve lugar este ano em Brasília e que contou, inclusive, com a presença do ex-presidente Lula. À diferença da vez anterior, porém, desta vez tive tempo de fazer perguntas ao ex-ministro.
Dirceu sentou-se ao meu lado, como se pode ver na foto acima, e, a certa altura do bate-papo, quando surgiu o assunto regulação da mídia eu o interrompi e lhe perguntei se realmente a presidente Dilma era contra a “ley de médios”.
Dirceu me respondeu que não importaria se, em tese, a presidente fosse contra, porque, segundo deixou ver, haveria um forte sentimento no Congresso pela regulamentação da mídia e, assim, bastaria que essa discussão se instalasse de verdade no país para se poder provar que é mentirosa a versão midiática sobre ser tentativa de censura.
Naquele momento, da platéia que acompanhava a “mesa redonda” o deputado paulista Paulo Teixeira se levanta para negar que a presidente seja contra a regulação da mídia. Dali em diante, surgem versões de que até o fim do ano o Congresso receberá o projeto de lei de regulamentação dos meios de comunicação.
Esse, a meu ver, foi o ponto alto dos debates, no aspecto político.
O legítimo obituário do tipo de jornalismo que se faz na grande imprensa e que foi descrito pelo repórter Caco Barcelos em pleno canal a cabo de notícias da Globo, quando o repórter disse a Eliane Cantanhêde, em resposta a defesa dela do atual estilo de jornalismo na mídia, que faz jornalismo e não “militância política”, foi um dos temas.
Falou-se de como a blogosfera desconstruiu várias armações políticas da mídia, nos anos recentes, mas não se subestimou o fato de que a mídia ainda é um poder que consegue respostas poderosas no curto prazo, ainda que acabem se desfazendo no médio e no longo prazos.
Propostas para a comunicação foram a tônica do evento, a meu ver. Apesar de ser tema por certo restrito aos setores mais politizados, sucedem-se propostas sobre como levar a discussão ao resto da sociedade. Na opinião deste observador, ninguém, ali, pareceu achar que a mídia subestima a luta pela democratização da comunicação… Como tenta fazer parecer.
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Polícia Federal volta a investigar Mr. Teixeira

"Mr. Teixeira, did you accept the bribe ?"

Matéria publicada no Lance: Ricardo Teixeira será investigado pela PF 

Marcelo Auler 

Um ofício que o procurador da República Marcelo Freire remeterá nesta segunda-feira à Superintendência da Polícia Federal no Rio (SR-RJ/DPF) determinará a abertura de novo inquérito contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, (CBF), Ricardo Teixeira. Investigará se o dinheiro que o jornalista Andrew Jennings, da BBC de Londres, denunciou que ele teria recebido foi remetido ilegalmente para o Brasil. 
Com isto, Teixeira voltará ao prédio da SR-RJ/DPF para ser ouvido. Esteve lá na noite de 5 de maio, em situação bastante diversa. Foi recebido com regalias ao prestigiar a posse do superintendente, o delegado Valmir Lemos de Oliveira. Aguardou a cerimônia no gabinete, junto a autoridades como a presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), Maria Helena Cisne. Caberá a Oliveira instaurar a investigação contra aquele que foilhe dar as boas vindas no cargo. 
Não é a primeira vez que o procurador manda investigar Teixeira. Em 2006, a partir do relatório da CPI do Futebol no Senado, fez 11 pedidos. O delegado especialmente designado para o caso propôs o arquivamento de todos. Apenas quatro voltaram a Freire na redistribuição dos feitos e nos quatro ele denunciou o presidente da CBF. Três denúncias viraram processos, que o TRF-2 trancou.. 
Na ação nº. 2003.51.01.515982-5, da 6ª Vara Criminal, ele foi acusado de crimes tributário, contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. Tratava das remessas de dólares da empresa Sanud Etablissement, no paraíso fiscal de Liechtenstein, para a brasileira RLJ Participações, cujo sócio principal é o presidente da CBF. Por conta dela é que caiu com Freire a representação de Marcos Pereira, presidente do PRB, ao Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, pedindo investigações das denúnciasde Jennings. 
Nas denúncias de Jennings, Teixeira está entre os dirigentes da Fifa subornados pela empresa de marketing ISL, para ter o direito de transmissões de TV em algumas copas. Os subornos chegaram próximos de US$ 200 milhões e, segundo o jornalista, foram pagos através de empresas fantasmas sediadas no paraíso fiscal de Liechtenstein. 

ENTENDA O CASO 
Suborno
Na década de 90, a empresa de marketing ISL teria pago a alguns membros da Fifa para negociar os direitos de transmissão de televisão da Copa. Os valores chegariam a U$ 200 milhões (cerca de R$ 374,5 milhões). Brasileiros suspeitos Ricardo Teixeira e João Havelange, ex-presidente da Fifa, estariam entre os que receberam dinheiro da ISL. O primeiro teria ficado com US$ 9,5 milhões (aproximadamente R$ 17,3 milhões).
Acordo e sigilo 
À Justiça suíça, dirigentes não teriam contestado acusações. Inclusive, haveria acordo para devolverem o valor recebido. Os documentos que comprovariam o caso podem ser revelados em breve. 
Caso reaberto 
Em julho de 2011, Marcos Pereira, presidente do Partido Republicano Brasileiro (PRB), apresentou a Roberto Gurgel, procurador-geral da República, representação criminal contra Teixeira. Após avaliação, Gurgel recomendou que o requerimento fosse distribuído para algum procurador da área criminal do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ). O caso parou sobre a mesa do procurado Marcelo Freire, que já ofereceu denúncias contra o cartola. 
Suíços investigaram 
Os pagamentos da ISL foram investigados pelo Ministério Público suíço. Há uma lista com os nomes dos beneficiados. Para evitar um processo, eles fizeramacordo, desembolsando dinheiro, como as leis suíças prevêem. Jennings e o repórter suíço François Tanda teriam visto a lista. 
Segundo eles, para Teixeira teriam sido pagos US$ 9,5 milhões (R$ 17,3 milhões), através da Sanud, como noticiou o programa Domingo Espetacular, da TV Record. O programa citou alguns dos 21 depósitos na conta da Sanud em cinco anos: em 10 de agosto de 1992 US$ 1 milhão; outro US$ 1 milhão em fevereiro de 1993; em maio de 1995, US$ 500 mil; e dois, de US$ 250 mil cada, em novembro de 1997. 
A denúncia de Freire se baseou no que a CPI levantou. Ela fala só de duas transferências da Sanud para a RLJ – US$ 399 mil em julho de 1996 e US$ 199 mil em maio de 1997 – que não estão nas citadas agora. Isto fez o procurador concluir que estas outras remessas justificam uma nova investigação. 
Empresas de fachada 
Na denúncia, Freire sustenta que a RLJ e a Sanud – que tinha o irmão de Teixeira, Guilherme, como procurador no Brasil – são de “fachada” e pertencem ao presidente da CBF. Para ele, as remessas para a RLJ não são empréstimos, como alegado. A Sanud é sócia da RLJ e, ao mesmo tempo, sua credora. 
A tese dos empréstimos é contestada pelo fato dos juros e taxas serem muito baixos e também os valores recebidos jamais terem sido amortizados enquanto a Sanud existiu. Além disto, a RLJ jamais apresentou resultados operacionais que demonstrassem capacidade de pagar a dívida. Como se não bastasse, ela repassou vultosos valores como empréstimos para terceiros, entre os quais o próprio Teixeira e outra empresa em que ele tem participação. 
Tudo caracteriza, no entendimento de Freire, o ingresso de recursos no país de forma disfarçada, como se fossem investimentos ou empréstimos da Sanud para a RJL. Ou seja, a “lavagem” de dinheiro ilegal e não declarado à Receita.
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