sábado, 28 de fevereiro de 2015

A ira santa de Emma Thompson contra os sonegadores do HSBC


Emma com o marido Greg Wise combatem o bom combate

por : Paulo Nogueira

A atriz britânica Emma Thompson mandou, esta semana, um recado extraordinariamente oportuno para o mundo.
Emma anunciou que não vai mais pagar impostos enquanto os tubarões por trás do caso HSBC não forem presos.
Ela estava ao lado do marido, Greg Wise, também ator, nesta decisão. Ele disse que, como homem de esquerda, sempre pagou com orgulho os seus impostos.
Mas agora ele se cansou de parecer bobo, idiota.
Os ricos, e o caso HSBC é apenas um deles, vão ficando cada vez mais ricos graças a estratégias de sonegar impostos por meio de paraísos fiscais.
E a conta de tudo cai nos ombros dos demais.
Uma hora uma coisa dessas tinha que acontecer. Um grito, um berro, um manifesto contra a pavorosa injustiça fiscal que domina o mundo.
É uma herança maldita da Era Thatcher – aquela que Armínio Fraga queria instalar no Brasil.
Sucessivas desregulamentações financeiras, sempre de olho nos interesses de uma pequena camada de poderosos, criaram facilidades inéditas para manobras de evasão fiscal.
O gesto do casal de atores repercutiu internacionalmente. Pessoas nos Estados Unidos disseram que é tempo de colocar em marcha um movimento que faça o mesmo. Em outras partes da Europa, a reação foi parecida.
A “desobediência civil”, logo se concluiu, tem que ser coletiva, para surtir efeito.
É possível que um marco tenha sido cravado por Emma e seu marido. Se as pessoas começarem a parar de pagar impostos enquanto os privilegiados se safarem sem dificuldades, aí então as coisas vão mudar.
Os governos têm que ser firmes.
Uma referência, neste campo, é a Alemanha. Não muito tempo atrás, os alemães descobriram que o presidente do Bayern escondera uma conta na Suíça, para fugir dos impostos.
“Nenhum país funciona quando esse tipo de coisa é tolerado”, disse o governo.
O cartola, que até ali era tido como um cidadão exemplar, cumpre hoje pena de prisão.
No Brasil, é o oposto.
Jamais uma autoridade econômica se pronunciou sobre a sonegação da Globo, por exemplo.
Qual a mensagem que chega para a sociedade?
Se os Marinhos – a família mais rica do Brasil – sonegam, por que eu hei de pagar imposto?
É uma pena que Emma Thompson não tenha similar no Brasil.
O mesmo comportamento do governo Dilma se observou quando veio à luz, alguns meses atrás, uma manobra do Bradesco para fugir de impostos via paraíso fiscal.
O que Dilma fez?
Convidou o presidente do Bradesco para ser seu ministro da Economia. Com a recusa deste, contentou-se com um diretor do banco, Levy.
Como Levy pode comandar uma ofensiva contra a evasão de impostos por meio de paraísos fiscais quando a empresa de que ele era um alto executivo foi apanhada em flagrante delito?
Compare a atitude da Alemanha com a do Brasil.
Também aí, no combate à sonegação, o placar está 7 a 1. Ou, para ser mais preciso, 7 a 0.
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ADEUS SR. SPOOK



Leonard Nimoy, conhecido por interpretar o Sr. Spock em Star Trek, entre 1966 e 1969, morreu na manhã desta sexta-feira (27), aos 83 anos, em sua casa em Los Angeles.
Nimoy sofria de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), condição que causa dificuldades de respiração, dores no peito e tosse. A informação foi confirmada por sua esposa, Susan Bay Nimoy.
Leonard chegou a ser internado no último fim de semana, após sentir fortes dores no peito. O ator precisou de uma ambulância para levá-lo até o hospital. Em 2014, quando anunciou a doença, Leonard culpou os anos de fumante, embora tivesse largado o vício há cerca de 30 anos.
Ator, cineasta, poeta, fotógrafo e pintor, Leonard Nimoy era um artista completo. O americano de Boston integrou o time principal das produções de Star Trek desde seu início, em 1966, então com 35 anos, até 1986, eternizando Spock como um dos principais personagens da televisão, cinema de todos os tempos, e famoso por suas orelhas pontudas e pela saudação "Vida longa e próspera" (Dif-tor heh smusma, em Vulcan).
Além de Star Trek, Nimoy fez participações em séries como Dragnet, Sea Hunt, Bonanza, Wagon Train, Rawhide, The Twilight Zone, Os Intocáveis,The Outer Limits, The Virginian, Get Smart e Gunsmoke. Leonard também colaborou com um episódio de The Big Bang Theory, em 2012, onde faz a voz de Spock. A última vez que ele interpretou o herói foi em Além da escuridão: Star Trek" (2013), produção dirigida por J.J. Abrams.
Em seu último post no Twitter, da última segunda-feira (23), o ator deixou os fãs com uma bela frase: "A vida é como um jardim. Podemos ter momentos perfeitos, mas não preservá-los, exceto em nossa memória".

“Eu não vou embora, eu estou chegando”: o discurso de despedida de Mujica



por : Kiko Nogueira

Um amigo adorava de repetir uma blague ao cumprimentar alguém. “É um prazer ser seu contemporâneo”, dizia.
A frase se aplica, sem piada e sem cinismo, a José Mujica, que terminou seu mandato no Uruguai.
Saiu com uma “bagagem cheia de realizações e responsabilidades sobre os seus ombros”, como admitiu num discurso emocionante.
O presidente mais pobre do mundo é o único líder republicano da vida real. Desde que assumiu o cargo em 2010, doou 90% do seu salário para um plano de habitação e continuou a viver em seu rancho nos arredores de Montevidéu com sua mulher, seu Fusca e sua inacreditável cadela de três patas.
Desprezou o palácio e recebia políticos e jornalistas em casa. “Eu não sou pobre. Pobres são os que precisam de muito para viver, estes são os verdadeiros pobres. Eu tenho o suficiente “, declarou.
Colocou seu país na vanguarda promovendo a legalização da maconha e do aborto.
Aos 79 anos, ele mesmo lamentou não ter conseguido fazer algumas obras de infra-estrutura de que gostaria. Não fez a reforma da educação, também. “Uma pessoa se torna presidente com uma cota de idealização e, em seguida, a realidade bate-lhe no focinho”, afirmou. A pobreza caiu para 11,5% e o desemprego está em 6,6%.
Cunhou frases antológicas, deu um exemplo gigantesco de homem público, causou a inveja de quem não o tinha como compatriota, cativou com uma sinceridade desconcertante (Cristina Kirchner, a “velha”, e seu falecido marido Néstor, o “caolho”, sentiram o efeito na pele).
Uma pequena multidão o ouviu dar adeus na Praça de Independência.
“É hora de agradecer a honra que vocês me deram”, disse. Reviu sua trajetória, da infância aos tempos de tupamaro. “Foram anos de estagnação, de utopia militante. Sofremos, causamos sofrimento e somos conscientes. Pagamos preços enormes. Depois de tanto trabalho, entendemos que a luta que você perde é a que você abandona”, afirmou.
“Querido povo, obrigado por seus abraços, por suas críticas, por seu carinho e, sobretudo, muito obrigado por seu profundo companheirismo a cada uma das vezes em que eu me senti sozinho em meio à presidência. Se eu tivesse duas vidas gastaria ambas para ajudar sua luta, porque esta é a forma mais grandiosa de amar a vida que pude encontrar ao longo dos meus quase 80 anos”.
E arrematou: “Eu não vou embora, eu estou chegando. Eu irei com o último suspiro e onde eu estiver, estarei lá por vocês”.
Prazer imenso ser seu contemporâneo.

NO JOGO DE VOLTA GLOBALHAS SOFREM MAIS UMA GOLEADA DO GUGÚ



Do uol:

Gugu Liberato exibiu em seu programa homônimo, na Record, a segunda parte da entrevista que fez 
com Suzane von Richthofen e Sandra Gomes, dentro de uma penitenciária em Tremembé, no interior 
de São Paulo, na madrugada desta sexta-feira (27). Durante toda a reportagem, a emissora paulista 
ficou na frente da Globo pelo segundo dia consecutivo, abrindo até cinco pontos de audiência e 
gerando uma reação da TV carioca.
A Globo esticou a novela “Império”, atrasando o “BBB” e “Tá no Ar” para não perder novamente, 
mas a entrevista chegou a atingir picos de 11,9 pontos, à 0h25, enquanto a emissora carioca amarga o 
segundo lugar com 7,3.
Em um dois pontos altos da entrevista, Suzane relata que Sandra a completa, traz confiança de um 
futuro melhor e garante que não estão casadas oficialmente. “Somos namoradas. Aqui dentro a 
diretora organizou a situação para que não houvesse falta de respeito. Estamos em celas que são para 
casais. Isso não significa que teve casamento, nem nada de papel assinado.”
Antes de começar a reportagem, Gugu chegou a exibir matérias publicadas na imprensa, inclusive no 
UOL, sobre a repercussão das confissões de Suzane von Richthofen que participou do assassinato 
dos pais, Marísia e Manfred, em 31 de outubro de 2002. A ré foi condenada a 39 anos de reclusão 
em regime fechado.
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Caminhoneiros: “Não acreditamos em greve de empresários travestidos de transportadores autônomos”



Do terra:

A União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) divulgou nota criticando a paralisação geral da 
categoria iniciada nesta segunda-feira com o objetivo de fechar rodovias em todo o País. A greve é 
organizada pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro, que tem como presidente o empresário 
Nélio Botelho.
“A Unicam defende as manifestações populares espalhadas pelo Brasil e o direito legal de greve, 
mas não acreditamos em um movimento grevista mobilizado por empresários travestidos de 
transportadores autônomos, que usam esses profissionais para atingir interesses próprios, se 
aproveitando de uma oportunidade política no Brasil, com as manifestações populares vistas nas 
ruas nas últimas semanas”, diz o comunicado assinado pelo presidente José Araújo “China” da 
Silva.
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"LIDERANÇAS OBSCURAS" O QUE HÁ POR TRÁS DA PARALISAÇÃO DOS CAMIONHEIROS ?

impressionantes vídeos com depoimentos dos caminhoneiros sobre a paralisação e sua manutenção forçada por "lideranças" obscuras.





Ataques do Múmia de Higenopolis à Dilma saem pela culatra



FHC tentou fazer uma gracinha contra Dilma nas redes sociais.
O tiro saiu pela culatra.
A zoeira anti-FHC comeu solta.


Dilma inaugura o maior parque eólico das Américas


Parque Eólico Geribatu: "Somos pioneiros na produção de energia eólica", disse Dilma

Nesta sexta-feira (27), na inauguração do Parque Eólico Geribatu, em Santa Vitória do Palmar (RS), a Presidenta Dilma Rousseff garantiu que, mesmo “diante do maior desafio, que é a maior seca dos últimos anos no Nordeste e a maior seca Sudeste”, não haverá racionamento no país. No entanto, ela reforçou que é preciso economizar.
“Se no passado ocorresse isso, estaríamos no maior racionamento. Em 2001, no racionamento, tinha energia no Rio Grande do Sul, mas não tinha linhas de transmissão. Hoje tem”, disse a Presidenta em referência ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
“Não iremos ter problemas sérios ou mais sérios na área de energia. Mas não significa que devemos jogar energia fora”, explicou Dilma, para continuar: “Diversificação da matriz mais desperdício zero é garantia de segurança energética do País”.
O empreendimento, que teve investimentos que somam R$ 2,1 bilhões – no parque eólico e nos sistemas de transmissão associados – possui 258 megawatts (MW) de capacidade instalada e deve produzir energia suficiente para abastecer 1,5 milhão de habitantes, segundo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
“É um parque eólico excepcional porque é o maior da América Latina”, declarou Dilma em Santa Vitória. “Aqui vocês têm uma oportunidade de desenvolvimento aberta para toda a região e para o Brasil”, destacou.
Segurança energética
“Temos trabalhado muito para garantir a segurança energética do País. Nos quatro anos do meu primeiro governo, ampliamos a produção em mais de 21 mil MW”, lembrou a Presidenta.
“Além das hidrelétricas, temos de ter eólicos, termelétricas, diversidade de fontes”, concluiu. “Aumentamos as linhas de transmissão, as termelétricas e as eólicas”.
Aumento da tarifa de energia
No evento, a Presidenta esclareceu o aumento na tarifa das contas de energia. “Os aumentos nos preços da energia são passageiros, estão em função do Brasil enfrentar a maior falta de água dos últimos 100 anos”, contou.
“Isso não significa que vamos ter algum problema sério na área de energia. Não vamos ter porque temos segurança”, seguiu Dilma.
“Neste ano de 2015, nós vamos entregar mais 6.400 MW de energia e mais 7 mil km de linhas de transmissão”.
“Estamos sendo pioneiros na questão da energia eólica. Sem dúvida, a vocação dessa região vai permitir grande exploração da energia eólica”, encerrou a Presidenta.
Abaixo, outras frases:
Para mim é, de fato, um orgulho estar aqui. É um orgulho porque eu volto para minha terra de adoção.
Estamos vendo aqui que o Brasil precisará sempre de energia para crescer.
Esta é uma das prioridades e eu lutei muito por ela.
A garantia não é de 10 minutos, é de 24 horas por dia, 365 dias por ano, chova ou faça sol.
Diversificação da matriz mais desperdício zero
No Brasil temos um sistema fundamentalmente movido pela água. Quando tem água suficiente é muito bom, mas não pode depender dela.
Estamos diante do maior desafio da história hidrológica. É a maior seca do Nordeste dos últimos 100 anos.
Estamos diante do maior desafio, que é a maior seca dos últimos anos. E é a maior seca do sudeste.
Nós aumentamos as linhas de transmissão, as termelétricas e as eólicas.


Dilma ao lado do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga: "Os aumentos nos preços da 
energia são passageiros""

Leia mais sobre o projeto no Portal Brasil: http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2014/05/rio-grande-do-sul-tera-maior-complexo-eolico-da-america-latina

E assista aos vídeos


Se Dilma não reagir, haverá movimento pró-Temer



Luis Nassif

No Brasil, o impasse atual não mostra luz no fim do túnel - o que é normal nas fases de transição. Mantendo-se o vácuo, a luz surgirá em algum momento sob diversas formas.
Em outros momentos, esse impasse político era resolvido com a entrada no jogo de uma terceira força, os militares. No quadro atual de dispersão de poder não existe mais a terceira via. O racha política produz paralisia, preservando a democracia mas prolongando o impasse.
O desenho de cenário futuro dar-se-á em cima dos seguintes protagonistas:

1. O governo Dilma

Aparentemente, Dilma abdicou de governar. Na quinta-feira, seu Ministro da Fazenda Joaquim Levy bateu duramente na política de desoneração da folha, filha direta de Dilma. Lula saiu a campo para acalmar o PMDB criticando sua exclusão do núcleo estratégico do Palácio, decisão de Dilma. Dois Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) romperam o silêncio para criticar a demora de Dilma em preencher a vaga do tribunal. O que se tem é uma presidente aturdida, na véspera de um conjunto de episódios políticos relevantes - a lista dos políticos da Lava Jato e as manifestações pelo seu impeachment.
Se nas próximas semanas o governo não mostrar sinais de vida, o vácuo político tornar-se-á irreversível.

2. A oposição do PSDB

Por outro lado, a oposição no PSDB não conseguiu se apresentar como uma alternativa minimamente viável de poder. Com sua imaginação luxuriante, ego de pessoa madura e senso estratégico campeão ;), Fernando Henrique Cardoso e companhia emularam os movimentos golpistas dos anos 60 sem Lacerda e sem Forças Armadas. Radicalizaram tanto o discurso que se inviabilizaram politicamente como alternativa de poder. A mera possibilidade de ascender ao poder produziria quase uma guerra civil no país.
O PSDB virou o irmão siamês do PT quando aceitou tornar-se um mero instrumento do acerto de contas de FHC com a história. Se o PT sai do poder, acaba a razão de ser do PSDB.
Hoje em dia, a cara do PSDB é a mesma: não há diferença de estatura entre um Fernando Henrique Cardoso. Aécio Neves e José Serra, de um lado, e os Carlos Sampaio, Aloyzio Nunes, Alberto Goldmann do outro. São todos do mesmo tamanho do Roberto Freire.

3. O fator Lula

Não se espere de Lula 2015 o mesmo dinamismo de Lula 2008. São visíveis os sinais de cansaço de Lula, em parte pelo stress de quem, perto dos 70, ambicionava um mínimo de tranquilidade; em parte pelo desânimo de enfrentar o desafio quase impossível de aconselhar Dilma.

4. Os mediadores

É nesses momentos que aparecem as oportunidades para os mediadores. E o partido mediador por excelência é o PMDB, através do vice-presidente Michel Temer. O vice-presidente tem a senhoridade, o trânsito em todas as áreas, o conhecimento do mundo político e jurídico. Não seria uma aventura como Aécio Neves, nem um mergulho nas trevas como José Serra.
Se Dilma acordar nas próximas semanas, ainda tem condições de recuperar o protagonismo político. Caso contrário, o movimento pró-Temer poderá se tornar invencível, vindo juntos Eduardo Cunha, Renan Calheiros, os herdeiros de José Sarney.
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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Uruguai atende demanda histórica e Bolívia terá saída ao Atlântico em porto de águas profundas


Morales afirmou que "sentirá falta" de Mujica nos fóruns internacionais

Os presidentes de Uruguai e Bolívia, José Pepe Mujica e Evo Morales, formalizaram nesta quinta-
feira (26/02) o acordo para outorgar uma saída para o oceano Atlântico, no porto de águas profundas
que será construído no departamento uruguaio de Rocha. A reivindicação por uma saída ao mar é
uma demanda histórica boliviana após o país ter perdido 400 quilômetros de praia e 120 mil de
território na Guerra do Pacífico contra o Chile.
Em um dos seus últimos atos enquanto presidente do Uruguai, Mujica, que deixará o cargo neste
domingo (01/03), disse que é “inevitável” que a Bolívia tenha uma saída para o mar e que o
intercâmbio comercial marítimo é um “direito natural” para o desenvolvimento das nações. “Todos
os países de América do Sul necessitam desta integração para o comércio de complementariedade
para o bem do nosso povo”, disse.
A ideia é que o Paraguai, que igualmente é um país sem saída para o mar, também usufrua do porto.
“Na realidade, sonho que a humanidade caminhe não para a dissolução dos povos e nações, mas para
que cada vez as fronteiras tenham menos sentido na vida futura”, disse Mujica.


Movimentos sociais uruguaios respaldaram necessidade boliviana por uma saída ao mar

As declarações foram comemoradas por Evo Morales, que disse estar “muito feliz de poder contar
com uma saída para o Atlântico”.
Projeto
No documento assinado ontem, o Uruguai expressa a disposição de conceder facilidades e
concessões à Bolívia para a do espaço terrestre do porto e do terminal de águas profundas que será
construído na costa atlântica do país. Para o projeto, avaliado em US$ 500 milhões, serão utilizados
recursos brasileiros por meio do Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul.
Questões técnicas para o funcionamento do porto serão discutidas nos próximos meses, já sob a
gestão do presidente Tabaré Vázquez. Mas, como os países não fazem fronteira, para chegar ao
futuro porto de Rocha será necessário que caminhões bolivianos atravessem os estados brasileiros de
Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e grande parte do Uruguai ou, em outra
rota, passem por Paraguai e parte da Argentina antes de chegar ao destino.


Desta forma, a reivindicação boliviana para que o Chile cumpra o Tratado de 1904 e dê livre trânsito
às exportações e importações bolivianas para os portos do oceano Pacífico segue na ordem do dia. O
país também apresentou, em 2013, uma demanda na Corte Internacional de Justiça para exigir uma
decisão que obrigue o Chile a negociar “de boa fé” a restituição do acesso soberano da Bolívia ao
Pacífico.
Os chanceleres uruguaio e boliviano, Víctor Oporto e David Choquehuanca, respectivamente,
também assinaram acordos na área de mineração, e para a implementação de ações de combate à
discriminação racial e de promoção de igualdade de oportunidades nos países, além de um
memorando para a instalação de unidades de tratamento de água na Bolívia.
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Bomba! Bomba! Serra teve uma ideia !

O governo começou mal... ... Mas pode se recuperar, avalia João Pedro Stedile, líder do MST


Para o líder do MST João Pedro Stedile, o PT precisa honrar o programa que elegeu o partido.

Na Carta Capital


CartaCapital: O senhor se perfila entre aqueles representantes dos movimentos sociais que se sentem traídos pelo governo Dilma Rousseff?

João Pedro Stedile: Não. Sou parte daqueles que fizeram a campanha pela reeleição, a fim de garantir mudanças para melhorar as condiçoes de vida do povo. Espero, e ainda há tempo, de a presidenta e seu governo entenderem o recado das urnas.

CC: Como a presidenta poderia recuperar a confiança do eleitorado que optou por manter o PT no poder por mais quatro anos?

JPS: Infelizmente, o governo Dilma começou mal, pois deu sinais de aceitar as pressões da direita e a agenda neoliberal. Errou ao compor um ministério com representações conservadoras e ao anunciar cortes de direitos dos trabalhadores. Ao aceitar o projeto de lei que abre para o capital estrangeiro a área de saúde. Errou ao demorar em tomar uma atitude mais incisiva e demitir a diretoria da Petrobras, instalar uma comissão da sociedade para uma auditoria e salvar a empresa da sanha de quem quer privatizar o acesso ao pré-sal. Tudo isso leva à perda da base social que a havia apoiado no segundo turno. Espero que o governo se recupere. Da nossa parte, nos mobilizaremos para reverter essas medidas equivocadas.

CC: O Brasil parece prostrado, mergulhado em um impasse de difícil solução. Como chegamos a este ponto, depois de viver um período de esperança em relação ao futuro?

JPS: O Brasil vive uma crise econômica por falta de investimentos pesados na indústria e na infraestrutura social das cidades. Uma crise social, por falta de iniciativas mais claras para enfrentar o problema da moradia, da reforma agrária, da universalização do acesso à universidade. E uma crise politica, pois a democracia brasileira foi sequestrada pelas empresas. As dez maiores financiaram 70% do Parlamento. Os deputados representam seus financiadores, não programas ou partidos.

CC: Qual a saída?

JPS: A única saída é política, ou seja, uma reforma que devolva ao povo a confiança na democracia. O ministro Gilmar Mendes, do STF, precisa criar vergonha e devolver o processo que proíbe o financiamento privado de campanha, e o Congresso precisa aprovar os dois projetos em tramitação por lá. Um, proposto pela coalização democrática de entidades brasileiras, pede mudanças no sistema e outro sugere um Plebiscito para decidir sobre a convocação de uma Assembleia Constituinte. Este recebeu o apoio de 8 milhões de brasileiros.

CC: O senhor vê no horizonte um clima a favor de um processo de impeachment contra Dilma Rousseff?

JPS: O anúncio do impeachment é uma tática da direita para pressionar e acuar o governo. Para que ele tenha medo de fazer as mudanças que o povo votou e quer no segundo mandato. A tática é sangrar o governo, desgastá-lo para colher os frutos em 2018. O processo de impeachment não tem base legal. Não há responsabilidades da presidenta em nenhum crime. É uma tática burra, inclusive, pois daria motivos para a sociedade se mobilizar em defesa da democracia e da legalidade. E daria aos movimentos o direito de pedir o impeachment de todos os governadores acusados de fraudes, de todos os prefeitos. Ninguém sabe no que daria.

CC: Há disposição dos movimentos sociais de saírem às ruas em defesa do governo ou do projeto por ele representado?

JPS: Os movimentos populares estão dispostos a se mobilizar e lutar contra os ajustes neoliberais do governo, as tentativas de retrocesso, a privatização da Petrobras, da Caixa, do sistema de saúde. Ao governo cabe ter juízo e honrar o programa que o elegeu. A sociedade, acredito, não aceitará nenhuma aventura golpista, via Congresso ou Poder Judiciário.

CC: Existe uma liderança capaz de apaziguar a situação e conduzir o Brasil por um caminho que o tire desse impasse?

JPS: A gravidade do tema não se restringe a lideranças, que sempre são fruto de processos de mobilização de massa, e não o contrário. O Brasil precisa de um amplo debate a respeito de um projeto capaz de mobilizar os cidadãos, os movimentos, a favor das reformas estruturais necessárias, a começar pela política, mas sem deixar de lado a dos meios de comunicação e a tributária, que pune os assalariados e premia as grandes fortunas e o capital financeiro.
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A GOLEADA DO GUGU NA GLOBO



Rodrigo Vianna, Escrevinhador

"A Globo tentou transformar São Paulo x Danúbio numa atração noturna. Apesar do belo gol de
Pato, que abriu a goleada por 4 a zero contra o time uruguaio pela Libertadores, o jogo não emplacou.
O Esporte e o Jornalismo da Globo, sob comando de Ali Kamel, estão cada vez mais ancorados nas 
novelas e nos programas de “entretenimento” (palavra horrorosa). Sem as novelas, o Bonner é 
Quando a concorrência consegue furar o bloqueio (que leva MP, Justiça, partidos e parte do aparato 
de Estado a trabalharem para a emissora da família Marinho), aí acasa cai.
Kamel e Bonner fazem um jornalismo que (com raras e honrosas exceções, e apesar da excelência de 
muitos profissionais que lá estão) serve ao golpe (agora mesmo, tentam repetir 1954 - clique aqui 
Um jornalismo e um esporte que (apesar do escandaloso BV que deturpa o mercado, apesar do 
oligopólio, da força política e da covardia de muitos no PT para enfrentá-los) não resistem a uma 
Suzane.
A Globo levou uma goleada da Record no Ibope nesta quarta-feira. A Record levou ao ar uma 
entrevista exclusiva com Suzane.
O UOL informa que o Ibope chegou a ficar em 14 (Record) x 7 (Globo).
Kamel gasta seu tempo processando blogueiros, e tem subalternos que já aderem publicamente ao 
golpe/impeachment (leia aqui que um diretor da Globo quer ir às ruas para derrubar Dilma).
Enquanto isso, leva 14 (ou até 16 facadas) no Ibope…
Boa, Kamel, você é um gênio!"
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NÃO TENHO CARA DE CU...NHA MAS EU TAMBÉM APOIO

O Brasil não vai aceitar ser destruído pela mídia



Por Miguel do Rosário

Incrível.
O juiz Sergio Moro já concedeu três delações premiadas a Alberto Youssef.
Sempre que o noticiário da Lava Jato começa a esfriar, ele é chamado novamente, ou o próprio se convoca para depor, para fazer novas revelações bombásticas (e sem provas, claro) contra o PT.
A relação entre Sergio Moro e Youssef é promíscua.
Ambos são do Paraná.
Aliás, todo o circo da Lava Jato gira em volta de figurões do Paraná.
Youssef estava envolvido com o prefeito tucano Jairo Gianoto, de Maringá, condenado por um pesadíssimo esquema de corrupção.
Nessa época, o senador Alvaro Dias voava para lá e para cá no jatinho do doleiro.
Aí Sergio Moro vira juiz e vai cuidar do caso Banestado.
Quem é o doleiro envolvido? O mesmo Youssef.
Moro “perdoa” Youssef através da concessão da delação premiada.
Youssef dedura bagrinhos e protege os tubarões.
Volta a roubar.
É preso de novo. Dedura de novo.
Volta a roubar.
É preso pela terceira vez.
Delação premiada novamente.
Me perdoem se eu erro alguma coisa. Não sou biógrafo, nem quero ser, de Alberto Youssef.
Youssef se tornou uma espécie de coringa da oposição.
(Leia os posts: a história do doleiro que a mídia não contou e Youssef operava para FHC, Serra e Fernandinho Beira Mar, sobre as históricas relações de Youssef com o PSDB).
Sempre que querem um dedo-duro seletivo, alguém que entenda o jogo político da mídia, chamam ele.
E agora a imprensa nos informa que ele quer fazer “novo depoimento”, e a Veja já sabe até o que é.
Claro, tudo é combinado previamente com o advogado de Youssef, um tucaníssimo que desfrutou, por anos, de uma sinecura especial no governo do Paraná.
Enquanto isso, centenas de milhares de empregos são ameaçados porque alguns procuradores e um juiz, almofadinhas criados a leite de cabra, com o salário garantido ao fim do mês, querem “passar a limpo” o Brasil.
O Ministério Público, como instituição, perdeu o bom senso há tempos, desde a Ação Penal 470, uma farsa ridícula que começou por uma peça de acusação inteiramente fictícia.
Não canso de repetir: estão tentando o mesmo golpe. E usando os mesmos cérebros, os filhos mais brilhantes da direita aristocrática.
Sergio Moro foi o juiz que escreveu o voto de Rosa Weber, no qual ela condenou Dirceu com uma frase positivamente fascista: “não tenho provas para condená-lo, mas a literatura assim o permite”.
A frase de Weber me parece, inclusive, nascer de uma consciência desesperada, como se ela quisesse mandar um recado à história: estou encurralada; senão condenar Dirceu, minha cabeça estará em jogo.
Vladimir Aras, outro cérebro brilhante, foi o procurador que ajudou Gurgel a escrever a peça de acusação da AP 470.
É Aras que vai à Itália coordenar a extradição de Pizzolato. Aliás, é impressionante o esforço do MP para trazer o petista de volta da Itália. Usaram toda a sua estrutura.
Se tivessem usado um décimo dessa estrutura para investigar o trensalão, a sonegação da Globo, o Banestado, a privataria, o Brasil estaria bem melhor hoje.
Não, preferiram usar toda a sua estrutura para pegar Pizzolato, condenado por um crime que não cometeu.
A mesma coisa vale para João Paulo Cunha, condenado mesmo diante de provas cabais de sua inocência.
Agora, não nos enganemos.
Não sejamos tolos ou demagógicos.
Às vezes ouço críticas: “Engraçado, ver a esquerda defendendo empreiteiros”.
A esquerda democrática jamais pode defender prisões arbitrárias ou violência judicial, mesmo contra o homem mais rico do mundo.
A Constituição garante direitos iguais para todos.
No Brasil, parece garantir apenas para os amigos da Globo.
Não é amigo da Globo, pode ser o cara mais rico do Brasil: dê adeus a seus direitos e liberdades.
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SERRA SAIU DO ARMÁRIO.... O NEGOCIO É FATIAR E VENDER A PETROBRÁS




Por: Fernando Brito

A entrevista de José Serra ao “dono do lista do HSBC” no Brasil, Fernando Rodrigues, é um strip-tease.
O vendedor da Vale – título que lhe foi concedido pelo próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – lista o que se tem de fazer com a maior empresa brasileira.
Vai falando meias-verdades, como a de dizer que a Petrobras está “produzindo fio têxtil”, vai circulando a presa, como um velho leão.
O “fio textil” é poliéster, derivado integral de petróleo, que é produzido em Suape, como parte da cadeia de valor gerada pela refinaria, junto com a resina PET, com a que se produz garrafas.
São plásticos, enfim, um dos frutos de maior valor da cadeia de refino de petróleo.
Depois, diz que a Petrobras “não tem que fabricar adubo”.
Parece que está falando de esterco, mas é, simplesmente, de um dos insumos mais importantes da imensa produção agropecuária brasileira: amônia, que é produzida a partir do gás extraído junto com o petróleo.
É o “N” da famosa fórmula NPK dos fertilizantes, que o Brasil, incrivelmente, importa às toneladas.
Depois, fala em vender as usinas termelétricas de eletricidade, que já foram das multis e que a Petrobras teve de assumir porque elas só queriam o negócio com os subsídios que lhes deu FHC na época do apagão de 2001, subsídios que, além disso, eram suportados por nossa petroleira.
A seguir, fala em vender a distribuição, os postos Petrobras.
Aqueles onde o dim-dim entra, sonante, chova ou faça sol.
E aí, finalmente, diz que a empresa deve se conservar na extração de petróleo, mas que este deve ser “aberto ao mercado”.
Como já é, deve-se ler isso como a entrega da parcela exclusiva, de 30%, das imensas jazidas do pré-sal.
Claro que, nos negócios da cadeia do refino de petróleo, a Petrobras pode comprar, vender, dividir, agir como age um empresa que busca concentrar recursos em suas prioridades.
Isso inclui, senador Serra, o tal “fio têxtil”.
É tão bom negócio que seus amigos da Chevron o produzem em larga escala através da Chevron-Phillips, em oito países.
Assim como a Chevron produz adubo e está cheia de passivos ambientais pela forma terrível que o faz, antes como Texaco e agora usando o “codinome” de Ortho.
E, claro, a Chevron não vai abrir mão de seus mais de 8 mil postos de abastecimento só nos Estados Unidos…
Quer dizer, as receitas de Serra para a Petrobras são exatamente o contrário do que fazem seus amigos da Chevron…
Senador, mas o que é bom para os Estados Unidos não é bom para o Brasil?
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É fácil saber quem tem conta no HSBC


Para defender o Governo é preciso que ele se defenda !

Colaboração do amigo navegante Paulo SR:
Pela Teoria do “Domínio do Fato”, do JoaquimB, QUEM tem conta secreta no HSBC?
O Bamerindus sofreu liquidação extrajudicial em 1997 (Nota: GOVERNO FHC/PSDB).
Na época, o banco foi “quebrado em dois”. A PARTE BOA havia sido comprada pelo HSBC POR 
R$ 1 (UM REAL).
Já a PARTE PODRE estava, desde então, em recuperação judicial, mas com R$ 1 BILHÃO EM 
CRÉDITOS FISCAIS (Nota: em 2013, comprada pelo Banco Pactual, a parte podre, por R$ 418 
milhões).
É nesse crédito que o BTG está de olho, destacando que eles serão utilizados futuramente no 
contexto das atividades de crédito do banco.
Com a compra pelo BTG, a liquidação extrajudicial será 
compra-do-bamerindus-por-r-418-milhoes.htm
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E o COAF do Ministro Levy ?
E a PF do ministro zé ?
E a Receita do Ministro Levy ?
E o Banco Central do Dr Tombini ?
Estão com medo do UOL ?
Ou dos correntistas do HSBC na Suíça ?
Ou estão à espera da CPI do HSBC e do UOL ?

Paulo Henrique Amorim
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EDUARDO CUNHA COMANDA A FARRA DOS DEPUTADOS


“Em lugar de discutir o pacote fiscal do governo para reduzir os gastos públicos, a Câmara vai
gastar mais R$ 150 milhões para reajustar os benefícios dos 513 deputados federais”

Balaio do Kotscho

De volta aos trabalhos na terça-feira, depois de quase duas semanas curtindo o "Carnaval das
Excelências", mais longo que o da Bahia, a farra dos deputados federais continua, sob o comando de
Eduardo Cunha, o todo-poderoso presidente da Câmara.
Com o país derretendo, sem conseguir fechar suas contas e tapar os novos buracos que a cada dia se
abrem no casco do navio, Cunha começou a cumprir suas "promessas de campanha" e anunciou
solenemente o aumento das mordomias dos seus colegas, como se fossem poucas as que já tinham.
Em lugar de discutir o pacote fiscal do governo para reduzir os gastos públicos, a Câmara vai gastar
mais R$ 150, 3 milhões para reajustar os benefícios dos 513 deputados federais, que já nos custam
quase R$ 2 milhões cada um por ano (para ser mais exato, R$ 1.919.579,48, segundo o portal
"Congresso em Foco").
Agora, entre outras benesses, os cofres públicos também voltarão a pagar passagens aéreas para os
cônjuges dos deputados e deputadas, uma prática que tinha sido abolida em 2009. Verbas de
gabinete para 25 assessores, auxílio moradia e o "cotão parlamentar" para o pagamento de outras
despesas, tudo vai ser reajustado a partir do dia 1º de abril _ e esta não é uma piada pronta.
"Eduardo entrega o que promete" foi um dos lemas da campanha do deputado do PMDB à
presidência da Câmara, que ele ganhou de lavada. O problema é que Cunha vai cumprindo suas
promessas com o meu, o seu, o nosso dinheiro, embora garanta que isso não vai aumentar o total das
despesas porque pretende cortar "outras verbas de custeio". Só não explicou quais, nem quando, nem
como. Sejam quais forem, se não eram necessárias, por que não as cortou antes?
Como se vivessem em outro país, no fantástico mundo das mordomias sem fim, os nobres
parlamentares não poderiam ter escolhido momento melhor? Tinha que ser justamente agora em que
está tudo virando de pernas para o ar, a população cada vez mais revoltada com os partidos e os
políticos em geral? O que será que devem ter sentido as multidões de paulistanos que ficaram presas
nas estações sem trem, depois do temporal de quarta-feira, ao chegar em casa e assistir aos jornais da
noite na TV?
Há quanto tempo vocês não ouviam falar a palavra "cônjuge"? Só elas ou eles, os cônjuges dos
parlamentares, é que devem ter ficado felizes com as notícias do dia.
E vamos que vamos.
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O IDIOTA DA VEJA QUE PERSEGUIU UM SOBRINHO DE LULA


Lula e Frei Chico: repórter foi localizado pela PM e identificado como Ulisses Campbell, da 
Veja

por : Paulo Nogueira

O Brasil precisa desesperadamente de novas regras para a mídia.
Vou repetir.
O Brasil precisa desesperadamente de novas regras para a mídia.
O episódio em que um repórter da Veja usou nomes falsos para tentar se aproximar de um sobrinho de Lula é uma extraordinária demonstração de que é vital definir, logo, o que um repórter pode e, sobretudo, o que não pode fazer.
O jornalista já cometera uma monstruosidade — noticiara uma festa milionária de um sobrinho de Lula em Brasília. Lula não tem sobrinho em Brasília, logo se soube. O repórter, não contente com a estupidez que cometera, se lançou a uma louca cavalgada. Foi atrás de um sobrinho de Lula em Sorocaba, como se tivesse um direito divino a invadir a privacidade alheia.
A Inglaterra está passando por um debate imprescindível ao Brasil.
No caso inglês, o que levou à conclusão de que as velhas normas não mais serviam foi a descoberta de que jornalistas de um tabloide de Murdoch invadiram em busca de furos a caixa postal de uma garotinha que fora sequestrada.
A menina, afinal, foi assassinada, mas o jornal morreu com ela. Dias depois que se soube do método monstruoso do tabloide, Murdoch não teve outra ação que não fosse fechá-lo.
Os ingleses chegaram à conclusão de que a auto-regulamentação da imprensa não funcionara, e passaram a discutir novas formas de fiscalizá-la.
O basta foi dado num país como a Inglaterra, em que a Justiça não é complacente com a mídia.
Você pode imaginar o que acontece no Brasil, onde os tribunais costumam ser favoráveis, qualquer que seja a situação, às grandes empresas de jornalismo.
Dilma reduz o problema quando defende a regulação econômica da mídia. É claro que isso tem que ser feito. Há que coibir monopólios e oligopólios, como em qualquer atividade econômica, ou a competição é prejudicada e a sociedade sofre as consequências.
Mas isto é apenas parte do drama. Também os métodos têm que ser revistos, como na Inglaterra e, a rigor, em qualquer país civilizado.
A leniência em relação à mídia dá em situações intoleráveis como esta em que um repórter da Veja se julgou no direito de promover um cerco a um adolescente.
Num mundo menos imperfeito, a opinião pública se insurgiria contra esse barbarismo jornalístico.
Mas vivemos num país em que, até a chegada da internet e com ela uma pluralidade de vozes, a opinião pública era manipulada por um punhado de coronéis da mídia – Marinhos, Frias, Civitas, Mesquitas e vamos parando.
É este coronelato que comanda a resistência cínica à modernização das relações entre a imprensa e os cidadãos.
O argumento central, amplamente repetido pelos analfabetos políticos que são um alvo fácil dos coronéis, é que se trata de censura.
Ora, quem acredita nisso, como disse Wellington, acredita em tudo.
Sequer os coronéis podem acreditar numa mistificação dessas.
No Brasil, a mídia se comporta como um poder à parte, diante do qual todos os demais poderes tremem vergonhosamente.
Alguém ganha com isso: os coronéis, não por coincidência donos de algumas das maiores fortunas do país e do mundo.
E alguém perde com isso – o Brasil.
Não é possível que o interesse da mídia vá sempre predominar sobre o interesse público.
Para que o Brasil seja um país socialmente avançado, o interesse público terá que se sobrepor ao de meia dúzia de famílias.
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AGU DÁ UMA BANANA AOS PROCURADORES FANFARRÔES



ADAMS: NÃO SE MATA EMPRESA PARA ARRANCAR CONFISSÃO

Advogado-geral da União (AGU), ministro Luís Inácio Adams, criticou a ação do Ministério 
Público de tentar ampliar o número de delações na operação Lava Jato, por meio de ameaças 
econômicas: “O foco deles é o penal, e nesse sentido, subordinar o processo administrativo ao 
penal. Isso está errado, legalmente e conceitualmente. Quando você faz isso, você força o 
estrangulamento da empresa como instrumento de produção de confissões”; na semana 
passada, o procurador Deltan Dallagnol ajuizou cinco ações de improbidade administrativa 
cobrando a devolução aos cofres públicos de R$ 4,47 bilhões, como punição “exemplar” contra 
a corrupção; “Não estamos falando de um sócio da empresa ou de um diretor, mas de milhares 
de funcionários e milhares de fornecedores que não têm nada a ver com o assunto”, alertou 
Adams; para empresários, Lava Jato é o 'elefante colocado na sala' da economia.
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APÓS PROTESTO, GOVERNO DE SÃO PAULO RECEBE MTST


Movimento chegou às 20h30 ao Palácio dos Bandeirantes, após uma passeata contra a falta 
d'água em São Paulo, que reuniu 15 mil pessoas, de acordo com o MTST, e 8 mil, segundo a 
PM; eles levaram uma pauta de reivindicações ao governador Geraldo Alckmin, incluindo 
pedido de programa emergencial de distribuição de caixas d'água, cisternas e abertura de 
poços artesianos nas periferias

Agência Brasil

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto foram recebidos, às 21h30, pelo secretário-
chefe da Casa Civil e também o da Casa Militar do governo paulista, no Palácio dos Bandeirantes, 
segundo informou a Polícia Militar (PM), para uma reunião sobre as reivindicações do grupo, por 
volta de 21h30.
O movimento chegou às 20h30 ao palácio, após uma passeata contra a falta d'água em São Paulo, 
que reuniu 15 mil pessoas, de acordo com o MTST, e 8 mil, segundo a PM. Houve concentração no
Largo da Batata e, às 18h30, o grupo saiu em marcha até a sede do governo, onde um grupo de 
pessoas foi recebido pelas autoridades.
Os líderes do movimento levaram uma pauta de reivindicações ao governador Geraldo Alckmin, 
incluindo pedido de programa emergencial de distribuição de caixas d'água, cisternas e abertura de 
poços artesianos nas periferias; transparência na divulgação da qualidade da água da Represa 
Billings; nenhum ajuste tarifário; rompimento de contratos de consumo de água que favoreçam 
grandes empresas; e isonomia para estabelecer rodízio no fornecimento de água para mais de 30 
bairros nas zonas sul, leste e região metropolitana de São Paulo, onde o rodízio mais severo já está 
sendo aplicado, de acordo com o MTST.
Até as 23h30, o MTST não havia divulgado o resultado da reunião com o governo estadual e a 
assessoria de imprensa do governo de São Paulo também não tinha informações sobre o encontro.
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VEM AÍ A CPI DO HSBC E UOL


Por que o Uol sentou em cima da lista? Tem tucano gordo? Aécioporto, Álvaro Botox Dias e 
todos os senadores do PSDB não assinam CPI do HSBC.....

O senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) anunciou hoje (26) no plenário ter protocolado o pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito do HSBC. Ele informou ter conseguido 33 assinaturas, seis a mais que o mínimo necessário para a criação de uma CPI. Pelo requerimento, a comissão terá 11 membros titulares e seis suplentes. De acordo com Randolfe, o requerimento para a CPI tem interesse suprapartidário e não se dirige a “fomentar disputas desta natureza”.
A intenção, disse o senador, é “desmantelar pela raiz” um grande esquema criminoso. “Esse escândalo é de dimensão mundial. De acordo com o Financial Times, trata-se do maior caso de evasão fiscal do mundo. É necessário que o Parlamento brasileiro também se manifeste e instaure um procedimento de investigação”, afirmou Randolfe.
O líder do PSB, senador João Capiberibe (AP), disse entender como prudente o fato de os senadores assinarem o pedido. Para ele, os escândalos da Petrobras já estão sendo investigados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, motivo pelo qual o partido resolveu esperar a conclusão das investigações.
“A do HSBC não tem processo judicial em curso, não tem investigação em curso, não tem nada. Eu acho que talvez seja o caso de o Senado pensar numa CPI”, ponderou Capiberibe.
O senador José Pimentel (PT-CE), líder do governo no Congresso, informou ter assinado o requerimento. Segundo o senador, o Brasil está em um momento de combater a sonegação e de aumentar a formalização nos vários setores da economia, motivo pelo qual a CPI é importante. Para ele, a legislação do sistema financeiro já é muito avançada, mas pode passar por aperfeiçoamentos.
“É exatamente por isso que eu assinei essa CPI. Além de identificar aqueles que cometeram erros, o que eu quero, principalmente, é construir uma legislação para superar essas falhas”, afirmou o senador.
Sobre a habitual polarização entre governo e período eleitoral nas CPIs, Pimentel disse esperar que a investigação não se limite a isso. O período, diz o senador, favorece o trabalho da CPI, já que é início de legislatura e as próximas eleições só serão realizadas no ano que vem.
R$ 7 bilhões
Conforme noticiado pela imprensa internacional, o banco HSBC na Suíça atuou de forma fraudulenta para acobertar recursos de clientes, blindando-os das obrigações fiscais e da comprovação da origem dos recursos, práticas que poderiam indicar atividades criminosas.
O escândalo, conhecido como Swissleaks, tem como fonte original um especialista em informática do HSBC, o franco-italiano Hervé Falciani. Segundo ele, entre os correntistas, estão 8.667 brasileiros, responsáveis por 6.606 contas que movimentam, entre 2006 e 2007, cerca de US$ 7 bilhões, que em grande parte podem ter sido ocultados do fisco brasileiro.
Na justificativa do pedido de CPI, Randolfe diz se tratar de “um arrojado esquema de acobertamento da instituição financeira, operacionalizado na Suíça, que beneficiou mais de 106 mil correntistas”, de mais de 100 nacionalidades. O total de recursos manejados dentro do esquema, segundo Randolfe, pode superar US$ 100 bilhões, no período de 1998 a 2007.
Para Randolfe, a lista dos titulares das contas certamente guarda estreita relação com outras redes de escândalos do crime organizado do país e do mundo. O senador lamentou que “o escândalo do Suiçalão” venha sendo sistematicamente ignorado pelos grandes veículos de comunicação no Brasil. Segundo Randolfe, essa seletividade denuncia o envolvimento de personagens poderosos, que podem sempre se servir da benevolência de setores da imprensa.
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Lava Jato: Ataulfo, Ataulfo. Camarão que dorme …

Agente da Veja parte para o banditismo com família de Lula.



Por: Fernando Brito

Um cidadão a serviço da Veja, de nome Ullisses Campbell, foi pego com a boca na botija tentando forjar a armação que ele próprio havia feito, deenvolver a família do ex-presidente Lula numa suntuosa festa infantil.
O fato está registrado num Boletim de Ocorrência, em São Paulo.
Desmascarada a farsa que publicou na Veja, Campbell foi a São Paulo com o objetivo de forjar elementos que permitissem sustentar a sua mentira.
Na segunda-feira, ligou para o irmão de Lula, o ex-sindicalista José Ferreira da Silva, o Frei Chico, passando-se por aluno da USP que pesquisava os nomes dos parentes de Lula.
No dia seguinte, para a nora dele, dizendo-se funcionário de uma casa de festas e pedindo o endereço.
Interpelado pelo filho de frei Chico, segundo o registro policial, Ullisses disse “…que necessitava de informações, e se o declarante não as fornecesse ele poderia publicar o que quisesse, tendo Ulisses, inclusive enviado pelo celular, para o declarante, uma fotografia da esposa do declarante em companhia de seu filho, a qual usaria em publicação futura na revista Veja.”
Ontem, Campbell invadiu o condomínio onde mora a família, se passando por entregador de livros e tentando colher informações sobre o horário de chega dos integrantes da família.
Fugiu, mas foi detido pela Polícia Militar e identificado como agente da revista Veja.
Toda a mecânica do ato criminoso está descrita na nota publicada pelo Instituto Lula e que está sendo divulgada pelos blogs.
Apenas por eles.
Na grande imprensa, até agora, nem uma linha.
A Veja, que já tentou entrar à força num quarto de hotel onde se hospedava José Dirceu , desce mais um degrau no crime.
Agora fuça a intimidade dos parentes de Lula, invade seus locais de moradia e tenta forjar fatos, porque é evidente que endereços e horários serviriam para entregar “brindes” ou documentos da tal festa inventada e, com isso, “provar” que existia.
Coisa de bandido, de Código Penal, e – ainda pior – patrocinada por uma organização criminosa, porque implicou o deslocamento de um funcionário, hospedagem, deslocamentos na cidade, certamente pagos pela Abril.
Tudo acobertado por uma imprensa, em geral, cúmplice destas violações, desde que elas sejam feitas para atingir Lula.
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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Estratégia de comunicação de Dilma. Que estratégia?



Por Fernando Britto

A repórter Vera Rosa diz hoje, no Estadão, que “o ex­-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a estratégia de comunicação do governo Dilma sobre o ajuste fiscal”, durante jantar, ontem, com a bancada do PT no Senado.
Permito-me discordar de Lula: não há estratégia de comunicação a criticar, pelo simples fato que não há estratégia alguma.
E não apenas em relação ao ajuste fiscal, mas a coisa alguma.
O problema é mais sério e foi diagnosticado pelo próprio Lula, anteontem, no ato em defesa da Petrobras, na ABI.
“Parece que temos vergonha de ganhar a eleição”
Uma vergonha que, de alguma forma, se expressa no silêncio.
Claro que era preciso desarmar algumas situações que a crise econômica mundial – porque há uma crise, esqueceram? – ajudou a tornar graves aqui.
Alguns gastos crescendo além do que deviam, falta de resposta das empresas e da economia aos estímulos oficiais (notadamente a redução de impostos, pelas desonerações fiscais) e até mesmo a seca, que trouxe ameaças e problemas para o abastecimento de água e energia.
Hora de chamar a família, falar dos problemas, das atitudes diante deles e dos objetivos que se tem.
E de não deixar que só os urubus façam o som da “verdade única”.
Agora mesmo, o cogumelo Globo dá duas mostras inequívocas disso:
“Vendas nos supermercados caem 20,48% em janeiro”, mancheteiam, mesmo sabendo que é uma tosca manipulação, porque comparado ao mês de festas de dezembro, e não a janeiro passado, em relação ao qual cresceram 10,81% em valores nominais e 3,42% em valores reais, descontada a inflação.
Desemprego sobe para 5,3% em janeiro, a maior taxa em 16 meses é, neste momento, a manchete de O Globo e, com variações, a dos demais “jornalões”. Nas letras miúdas você lerá que “a maior em 16 meses” e a segunda menor em todos os 16 meses de janeiro medidos pelo IBGE desde 2002, com a atual metodologia.
O governo precisa entender – e se não entendeu isso, francamente, não sei o que é capaz de entender – que não temos uma imprensa, mas uma máquina de propaganda.
E que, diante dela, só se pode criticar a “estratégia de comunicação do Governo Dilma” como sendo a de apanhar calado.
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"OS GOLPISTAS NÃO FARÃO A GENTE BAIXAR A CABEÇA"


Ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse nesta quinta-feira que "o país não vai parar para 
assistir às investigações porque o povo depende de emprego" e mandou recado aos 'golpistas'; 
"Nem a corrupção e muito menos a irresponsabilidade dos que insistem em flertar com o 
golpismo. Podem ter certeza de que nada vai fazer a gente baixar a cabeça ou nos impedir de 
seguir trabalhando para melhorar a vida do povo. Hoje não existe mais aquela história de 
engavetador-geral da República e os amigos do poder não são mais nomeados para comandar 
PF (Polícia Federal)"

Bahia 247 - Membro do chamado núcleo duro do governo da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse nesta quinta-feira que "o país não vai parar para assistir às investigações porque o povo depende de emprego". O ex-governador da Bahia se refere aos desdobramentos da Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção de empreiteiras em contratos com a Petrobras.
Pelo Twitter, Wagner disse que "antigamente, casos de corrupção surgiam aos montes, mas não eram investigados com o devido rigor" e que a história mudou a partir do primeiro mandato do ex-presidente Lula, em 2003.
"Nenhum governo fez tanto quanto as gestões do PT para combater e enfrentar de verdade a corrupção neste país. Antes de Lula, vivíamos na era do faz de conta. Isso começou a mudar a partir de 2003, quando começamos a fortalecer os órgãos de controle e fiscalização. Os casos de corrupção surgiam aos montes, mas não se investigava quase nada e os que embolsavam o dinheiro do povo ficavam impunes", disse o petista.
Jaques Wagner engrossou discurso de Lula para que Dilma "levante a cabeça" e mandou recado aos 'golpistas'.
"Nem a corrupção e muito menos a irresponsabilidade dos que insistem em flertar com o golpismo. Podem ter certeza de que nada vai fazer a gente baixar a cabeça ou nos impedir de seguir trabalhando para melhorar a vida do povo. Hoje não existe mais aquela história de engavetador-geral da República e os amigos do poder não são mais nomeados para comandar a PF".
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Marxista, filho de metalúrgico e blogueiro: conheça o ministro das Finanças da Grécia


Osborne e Varoufakis: ministro grego toma como ponto de partida o esgotamento do próprio 
modelo econômico europeu.

O ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, ganhou os holofotes da imprensa mundial logo na primeira semana do partido de esquerda Syriza no poder. Em primeiro lugar, foi visto viajando na classe econômica de um voo regular para realizar sua rodada inicial de encontros com líderes europeus. O percurso que, em si, já rendeu manchetes em veículos internacionais, chegou ao clímax quando Varoufakis apareceu de jaqueta de couro e botas desgastadas para a reunião com o chanceler do Tesouro britânico, George Osborne.
O contraste com a figura austera de Osborne serviu para consolidar a imagem casual de Varoufakis como a metáfora do desejo do Syriza de revitalização. De fato, o armário do ministro grego carrega consigo um simbolismo que sai da questão estética e atinge a esfera econômica. E a mensagem é simples: a Grécia desafia os alicerces que sustentam a tradicional política econômica da União Europeia.
No entanto, não se trata de um mero ato rebeldia de guarda-roupa. Muito mais do que parecer diferente, Varoufakis pensa, sim, diferente.
Nascido em Atenas em 1961, o ministro grego se mudou para o Reino Unido no fim dos anos 80, onde obteve doutorado na Universidade de Essex em matemática e estatística. Sua experiência acadêmica é marcada por passagens em universidades como de Cambridge, Sydney, Texas, Glasgow e de Atenas. Além de um currículo de prestígio como professor universitário, Varoufakis é um proeminente especialista em teoria dos jogos e um “errante marxista”, como ele se define.
Embora sejam muitas vezes deixados de lado pela imprensa internacional, esses atributos intelectuais são visíveis nos artigos que escreve, nas entrevistas que concede, na palestra que realizou para o Ted (fundação que organiza conferências com personalidades) e até mesmo nas postagens frequentes que realiza em seu blog particular.
Varoufakis é um marxista confesso, influenciado pelo teórico alemão desde pequeno. “Quando sou solicitado a comentar sobre o mundo em que vivemos não tenho alternativa a não ser recorrer à tradição marxista que forma meu pensamento desde a infância, marcada pelo meu pai metalúrgico que mostrou os efeitos da inovação tecnológica sobre o processo histórico”, diz em artigo.
“Karl Marx foi responsável pela definição da minha perspectiva de mundo”, sintetiza o ministro. “Essa perspectiva dialética com a qual Marx discerniu o potencial de mudança no que parecia ser o mais imutável das estruturas sociais me ajudou a compreender as grandes contradições da era capitalista”.


Além do pai metalúrgico, a experiência de crescer em uma Grécia sob a ditadura neofascista de George Papadopoulos entre 1967 e 1974 também influiu na carreira intelectual de Varoufakis. Com frequência, o ministro expõe o receio de que a fragmentação da União Europeia crie ambiente propício para o restabelecimento de um fascismo pós-moderno.
Para combater esses fantasmas do passado, Varoufakis tem sempre como ponto de partida o esgotamento do próprio modelo econômico europeu. Como fiel marxista, ele sabe que a transformação da sociedade é resultado direto do desenvolvimento econômico. Por isso, aproveita em suas entrevistas, artigos e postagens em blog para examinar as tendências do desenvolvimento histórico da Grécia e a produção de um diagnóstico pós-crise de 2008, marcado pela falência do atual modelo das instituições financeiras europeias.
“Deveríamos receber essa crise do capitalismo europeu como uma oportunidade para substituí-lo por um sistema melhor? Ou deveríamos estar preocupados em estabilizar novamente o capitalismo europeu? É menos provável que a crise dê à luz a uma alterativa ao capitalismo do que desencadeie forças perigosamente regressivas que têm a capacidade de provocar um derramamento de sangue humanitário ao extinguir a esperança de todos os movimentos progressistas para as próximas gerações”, conclui Varoufakis em artigo.
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Governo da Venezuela divulga áudios que comprovariam tentativa de golpe contra Maduro


Jovem morto em protesto na terça-feira (24/02) foi enterrado ontem

O governo da Venezuela divulgou na noite desta quarta-feira (25/02) imagens que mostrariam a relação do Copei, partido de oposição do país, com o suposto plano golpista com plano para derrubar o presidente Nicolás Maduro do cargo. Além disso, outro áudio exibido pela TV estatal mostra um militar retirado também detalhando como seria o ataque a Caracas em 12 de fevereiro.
O áudio com uma suposta conversa entre o presidente do Copei, Antonio Ecarri, e o secretário-geral do partido, Rogelio Díaz, foi apresentado pelo presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello. Nos áudios fornecidos por um dirigente do partido e revelados por Cabello, correligionários do partido afirmam que um golpe de Estado é o caminho para uma mudança radical na Venezuela e reconhecem que o chamado “Acordo para a Transição” era um chamado ao golpe.
O prefeito de Caracas, Jorge Rodríguez, por sua vez, apresentou uma série de vídeos com declarações do primeiro tenente retirado da Aviação Luis Hernando Lugo Calderón, nos quais o militar detalha o plano que seria realizado em 12 de fevereiro, mas foi desmantelado pela inteligência do país.

Trechos da conversa dos líderes do Copei


Copei

O plano, assinado pela ex-deputada María Corina Machado, Antonio Ledezma – que foi detido na última semana – e Leopoldo López, preso desde 2014, após as manifestações violentas que deixaram 43 mortos e mais de três mil pessoas detidas. A gravação diz ainda que o primeiro vice-presidente do Copei no estado de Lara, José Cassany, e o dirigente nacional do partido, Antonio Sotillo, conheciam o golpe de Estado supostamente planejado para ocorrer em 12 de fevereiro.


O plano foi assinado pela ex-deputada María Corina Machado, Antonio Ledezma – que foi detido na última semana – e Leopoldo López, preso desde 2014, após as manifestações violentas que deixaram 43 mortos e mais de 3.000 detidos. Na última segunda (23/02), o partido disse que, “como rebeldia cívica, todo o Copei assinaria o acordo para transição".
O ataque
De acordo com o militar retirado, tal plano, chamado de “Jericó” incluía, além do ataque a alvos estratégicos em Caracas, a gravação de um vídeo pedindo a renúncia de Maduro, que seria a chave para o início dos bombardeios. Ele disse também que o planejamento estava sendo gestado desde o ano passado. Sete funcionários da Força Aérea Venezuela foram detidos por terem supostamente colaborado.
Já o prefeito Rodríguez disse que o general detido Oswaldo Hernández apontou a participação do deputado do partido Primero Justicia Julio Borges como colaborador no bombardeio. A pedido de deputados chavistas, o congresso venezuelano analisará a quebra da imunidade parlamentar de Borges para que possa ser investigado e eventualmente punido.
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A obsessão de Damerda por Haddad



Do Spresso SP

Já habituado a atacar o prefeito, o apresentador resolveu entrar no ar e, pouco cortês, conseguiu acabar com o que era uma tranquila entrevista para a rádio BandNews, a ponto de arrancar de Haddad expressões como “aí fica difícil” ou “fala à vontade, Datena”
O apresentador da rede Bandeirantes, José Luiz Datena, parece carregar um certo tipo de obsessão pelo prefeito da capital Fernando Haddad. Em todas as ocasiões que tem oportunidade, faz feroz oposição ao petista e, das vezes em que puderam conversar, Datena não poupou esforços em emitir opiniões pessoais, falar em tom agressivo e adotar uma postura claramente antagonista, deixando o fazer jornalístico um tanto quanto de lado.
Foi assim quado o questionou sobre o IPTU Progressivo, foi assim quando falou sobre ciclovias, sobre faixas de ônibus, foi assim quando conversaram ao vivo sobre a greve dos motoristas de ônibus e foi assim também na manhã desta quarta-feira (25), no final de uma entrevista que o prefeito concedeu à rádio BandNews FM.
Por mais de trinta minutos, os jornalistas Eduardo Barão e Sheilla Magalhães conduziram uma tranquila entrevista com Haddad, que falou sobre ciclovias, crise hídrica, carnaval e outros assuntos em debate na capital. Ao final do programa, Barão anunciou que Datena estava na “ponta da linha” e que também queria fazer perguntas.
Ao entrar no ar, prevendo o que viria pela frente, anunciou: “Apesar das pessoas acharem que eu não gosto do Haddad, eu não tenho nada contra ele”.
Não foi o que demonstrou. De cara, perguntou se não era “hipocrisia política” de Haddad falar em creches com arrecadação do IPTU progressivo sendo que, quando anunciada a medida, o prefeito supostamente teria afirmado que a arrecadação seria destinada a resolver “problemas com as empresas de ônibus”.
“Datena, 50% dos tributos da cidade, pela Constituição Federal, são destinados à saúde e educação”, explicava o prefeito para, a partir desse momento, seguir até o final da entrevista sem conseguir concluir sequer um raciocínio em meio às exaltadas interrupções do apresentador.
“Mas isso não ficou claro!”, bradou Datena. “Você acha que o povo vai ler a Constituição?”, prosseguiu.
Depois de tentar explicar brevemente o que tinha dito à época – que, de fato, a não aplicação do IPTU progressivo afetaria a receita da cidade – Datena o interrompeu mais uma vez.
“O que você tá fazendo com as árvores que caíram na cidade?”
Para aproveitar o tempo que não teve de responder na questão anterior, Haddad começou a explicar sobre o que disse à época do IPTU progressivo e afirmou que tinha sido muito criticado por ter sido sincero, mas que não poderia ser “demagogo”.
“Mas hoje em dia é fácil ser o Robbin Hood, tirar menos dos mais pobres, mais dos ricos… Não seria demagogia política?”, provocou novamente o apresentador.
“Cumprir a lei não é demagogia”, pontuou o prefeito.
Com seu habitual tom exaltado, Datena continuou tentando atacar o prefeito sem mal deixá-lo responder, até o programa precisar ser encerrado em meio a um evidente constrangimento dos jornalistas que conduziam a entrevista.
“Datena, prefeito, a gente precisa encerrar, estamos estourando”, arriscou Sheila Magalhães em meio à sobressalente voz do apresentador, que não parava de falar.
“Mas ele não respondeu a minha pergunta! Tem que ter um contra-argumento”, insistiu o apresentador.
“Eu não tô podendo falar…”, lamentou Haddad.
E nesse ritmo seguiu até o programa precisar, de fato, ser encerrado em mais um episódio de obsessão do apresentador em atacar Haddad que, sempre “tranquilão”, como brincam seus eleitores, chegou ao ponto de dar respostas como “Aí não dá!” ou “Fala à vontade, Datena…”.
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O que Suzane von Richthofen disse no Programa do Gugu



Após quase 10 anos sem falar à televisão, Suzane von Richthofen, 31, deu detalhes, pela primeira vez, sobre o dia em que participou do assassinato dos pais, em 2002, e a rotina na cadeia.
Presa em Tremembé, no interior de São Paulo, ela afirmou que a cadeia é o único lugar onde se sente segura e, por conta disso, pediu à Justiça o adiamento da progressão de sua pena para o regime semiaberto.
“Eu já passei por vários lugares do sistema penitenciário de São Paulo e sofri um bocado. Aqui [em Tremembé] encontrei tranquilidade, respeito, um emprego. Não tem outro lugar onde eu possa ter a segurança que tenho”, disse.
Caso não tivesse solicitado o adiamento, Suzane seria transferida para outro presídio, de onde poderia sair durante o dia para trabalhar.
“Estão construindo uma ala de progressão aqui, onde eu tenho segurança e eu resolvi esperar. Decidi não pagar para ver”.
Na estreia do “Programa do Gugu” (Record), ela contou ao apresentador que, no período em que ficou presa em Ribeirão Preto, ouvia boatos de que alguém arquitetava um plano para lhe matar, em troca de R$ 500.000.
“Minha passagem por Ribeirão foi um pouco tumultuada. Ninguém nunca me falou: ‘Vou te matar’. Mas eu ouvia conversas”.
Suzane admitiu, pela primeira vez, ter tanta culpa pela morte dos pais quanto Daniel Cravinhos, seu namorado na época do crime. Em depoimentos anteriores, ela afirmou ter sido influenciada pelo companheiro e o irmão dele, Cristian.
“Não é verdade que eu fui a cabeça de tudo. Eu fiz parte, fiz. Mas os três bolaram. O Cristian sabia menos da situação. Tanto eu quanto o Daniel temos culpa”, disse.
“Isso é uma coisa que não tem como esquecer. Faz parte da minha vida, da minha história. Eu me arrependo. Queria pular os 14 anos, não ter conhecido ele [Daniel], não ter namorado. Como eu queria”.
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Quebrar o Brasil, o projeto da direita para derrubar Dilma



Por: Fernando Brito


Lamento informar ao Ministro Joaquim Levy: os problemas de nossa economia não estão vindo tanto da falta do “ajuste fiscal” – embora, sim, seja necessário cortar gastos nos momentos de dificuldade – mas no projeto da direita brasileira de quebrar a economia nacional como forma de criar, mais adiante, o clima político para o que deseja desde a noite em que foi proclamado o resultado das eleições e confirmada a vitória de Dilma Rousseff.
O que está acontecendo aqui é que, de um lado, recrudesceu a campanha política selvagem para demonstrar que a economia brasileira entrou em colapso e, de outro, o medo paralisante de nosso Governo de enfrentar esta ofensiva e estabelecer a controvérsia, a polêmica, ao discurso do “fim do Brasil”
Economizar R$ 1 bilhão em despesas é dificílimo; já perder R$ 1 bilhão em receitas é algo que se faz “num cuspe” com a perda de confiança na economia.
E vamos mal assim?
Um dado apenas mostra que não: as viagens de avião – especialmente as de férias – cresceram 12,5% nos destinos domésticos no primeiro mês do ano: 9,7 milhões de passageiros este ano, mais de um milhão a mais que em 2014. Nas viagens mais caras, as internacionais, mesmo com a alta do dólar, a demanda medida em passageiros por quilômetro voado cresceu absurdos 32,9% sobre janeiro de 2014.
Mas isso é meia-verdade, porque vamos derrubar ainda mais (porque já caíram ano passado) os investimentos públicos por conta do caso Petrobras e das suas “desejadas” extensões para outras áreas daquilo que só funciona com dinheiro estatal (eletricidade, transportes urbanos, portuários, ferroviários, rodovias, habitação, etc).
E com eles, toda a cadeia produtiva da construção, especialmente a pesada, que avançou mais, muito mais, do que o PIB durante a última década e que representa quase um décimo de toda a produção de riqueza no Brasil.
Com o ajuste fiscal, em princípio, corta-se aqui e gasta-se no custo financeiro da dívida pública, ampliado pelas altas exigidas pela taxa de juros dos títulos.
O Governo brasileiro parece acreditar que a tempestade será como as chuvas são hoje no Brasil: podem até ser fortes, mas não duram muito tempo.
Pode ser, porque a economia mundial não recomenda adivinhações.
Mas a postura passiva, desconhecendo a imensa capacidade de o Estado brasileiro ditar o ritmo da atividade econômica aqui deixa o país ao sabor das “ondas” que se constroem na política e na mídia.
Que amedrontam, retraem, paralisam.
E erodem o poder de um governo eleito de sustentar-se ante o tsunami midiático-judicial que se desfechou contra ele.
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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Por que ninguém deu foto em que petista aparece apanhando nos confrontos de ontem?


Isso ninguém dá

por : Paulo Nogueira

A questão é esta: por que os sites das grandes empresas jornalísticas deram apenas fotos em que aparecem apanhando os antipetistas que foram atazanar os manifestantes pró-Petrobras ontem no Rio?
Isso se chama torcida. Isso se chama descaro. Isso se chama trapaça. Isso se chama antijornalismo.
O objetivo é transmitir a analfabetos políticos vítimas de manipulação a sensação de que o Brasil está se transformando numa Venezuela.
A rigor, o que aconteceu foi o seguinte. Imbecis parecidos com os que hostilizaram Mantega no Einstein – sem a menor consideração pela mulher que se trata de câncer – foram vandalizar num ato que não era para eles.
Como os ânimos estão exaltados, houve brigas. As fotos que circulam na internet (não nos sites) mostram gente de vermelho – petistas – batendo e apanhando.
O que é uma aberração é que só foram publicadas fotos em que os petistas apareciam como agressores.
É como se num jogo de futebol duas torcidas brigassem. Corintianos e são-paulinos, por exemplo. E só fossem chegassem aos leitores imagens de corintianos atacando.
Falei outro dia do diretor de mídia digital da Globo, Erick Bretas, um sem noção que prega no Facebook a cassação de 54 milhões de votos de Dilma com argumentos que incluem “reportagens” – logo de quem – da Veja.
O principal produto digital da Globo é o G1, e então é presumível que Bretas o comande de perto.
Como um militante antipetista edita um artigo sobre o confronto de ontem?
Bem, é só ver o G1.
E qual é o mundo retratado
por alguém que queira abertamente a deposição do governo?
É a distopia infernal que você vê todos os dias no G1. A escolha dos assuntos é inacreditavelmente mórbida. Quem leva a sério – e os analfabetos políticos são presas fáceis – conclui que o Brasil acabou.
Só há coisas ruins. Disse outro dia: se fosse uma pessoa, o G1 seria diagnosticado facilmente com depressão cava.
Navegue por portais que são referência no mundo. Em nenhum deles você vai encontrar tanta notícia ruim concentrada.
Pode haver um pouco de inépcia editorial aí, mas o grosso mesmo é manipulação.
Você pode observar, hoje, a Globo se encaminhando para onde a Veja está já há alguns anos.
Nem sempre a Veja foi este simulacro abjeto de jornalismo. Num certo momento, a revista começou a publicar colunas de Diogo Mainardi, textos digitais de Reinaldo Azevedo – e terminou no lixo que é.
A Globo parece ir pelo mesmo caminho. O pudor vai sendo deixado de lado, e é neste quadro que você vê a ascensão de “jornalistas” como Bretas e a supressão de fotos que ajudam a entender os lastimáveis confrontos de ontem.
A culpa quase irreparável do PT foi não ter feito nada, em doze anos, para coibir o serviço sujo da mídia.
Sequer o dinheiro copioso e fácil da publicidade federal foi submetido a uma revisão.
O resultado é que, mesmo com audiências cada vez menores em face da internet, foi crescendo o dinheiro publicitário oficial em empresas como Globo e Abril.
Esse dinheiro financia o pelotão de colunistas, editores, comentaristas dedicados a defender privilégios e mamatas que levaram o Brasil a ser um campeão mundial da desigualdade.
O PT não quis brigar com os barões da mídia. O problema é que a recíproca jamais foi verdadeira.
Publicar fotos seletivas das brigas de ontem é apenas uma demonstração a mais do espírito bélico dos barões – que aliás estão muito mais para coronéis do que para qualquer outra coisa.
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Acendeu o sinal vermelho na greve dos caminhoneiros



Por Renato Rovai

O movimento dos caminhoneiros começa a ganhar contornos perigosos. Ele que começou com uma pauta mais de categoria, discutindo a redução do valor dos fretes e o aumento do preço do combustível, se politizou bastante nas últimas horas.
Hoje fotos de caminhões (como a que ilustra esta nota) já circulavam na rede pedindo o impeachment da presidenta Dilma. E responsabilizando a corrupção pelos problemas do transporte no país.
Durante o dia todo a mídia tradicional jogou seus litros de gasolina na fogueira da politização. Seus analistas-malabaristas não economizaram argumentos para provar que a única responsável pela situação é a presidenta Dilma.
Essa análises já prevêem o caos, como o desabastecimento de combustível em alguns estados e problemas na distribuição de alimentos como leite, soja, trigo etc.
A despeito da distância de tempo e da diferença das circunstâncias é inevitável lembrar que foi uma greve de caminhoneiros que levou o Chile de Allende a uma sensação de caos e que facilitou imensamente a ação golpista que resultou na ditadura Pinochet.
As realidades do Chile da década de 70 e do Brasil de hoje são muito distintas, mas não se pode desprezar o potencial dessa categoria em especial num país quase que totalmente conectado por rodovias.
E falando em conexão, também não se pode desprezar o fato de que nos dias atuais um movimento como esse à noite é de um jeito e na manhã seguinte pode se tornar outra coisa completamente distinta.
Foi assim em junho de 2013 e por esse motivo muita gente tem imensa dificuldade em tentar entender o que aconteceu no país naqueles dias.
Na sociedade em rede os movimentos se ressignificam de uma maneira impressionante, em especial quando há uma tentativa clara de ressignificá-los, como parece ser o caso.
Essa é uma categoria que sempre foi conectada através de rádios. Agora ela está ainda mais organizada por conta do uso de aplicativos como whatsapp e plataformas como Facebook.
Quando a organização é fácil e o movimento cria asas, sua expansão exponencial é consequência.
O Brasil de 2015 não é o Chile de 1973, mas se o blogueiro pudesse dar um conselho a quem está na sala de operação dessa crise, diria: é melhor tratar como se fosse.
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A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: A GLOBO ESTÁ NA LISTA DO HSBC?


A suspeita faz sentido

Dilma, embrulhe-se na Petrobras e vá às ruas !

PEC da Bengala: e o Governo não se mexe !


Gilmar e Cunha governam … no Paraguai !

Saiu no Globo, Diário Oficial do Golpe Paraguaio: DEPUTADOS FECHAM ACORDO PARA 

BRASÍLIA – Um jantar com representantes de tribunais superiores e deputados na noite de terça-feira na residência oficial do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), selou acordo pela aprovação da PEC da Bengala, que amplia dos atuais 70 para 75 anos a aposentadoria compulsória para a categoria. Participaram da reunião representes do STF, STJ, STM, TST, TRFs e TCU, além de deputados de todos os partidos com representantes na Câmara, à exceção de PT, PDT e PCdoB que não foram convidados para o jantar.
Segundo relatos de participantes, os representantes dos tribunais, entre eles, o ministro Gilmar Mendes (STF); Maria Elizabeth Rocha (STM); e o presidente do TCU, Aroldo Cedraz, defenderam a medida por dois aspectos: o primeiro que os magistrados chegam ao topo da carreira, como presidentes de tribunais, mas logo têm que se aposentar; e segundo é o lado econômico, pois é grande a rotatividade nas presidências de órgãos superiores porque os magistrados chegam ao topo perto dos 70 anos.
(…)
Indagado sobre a resistência do Palácio do Planalto a essa emenda, Cunha minimizou:
— A mim ninguém pediu nada. Ninguém falou nada comigo.
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A PEC da Bengala, de iniciativa do Ministro Gilmar Mendes, como se sabe, é o Golpe Paraguaio Light.

Depois reclamam …

Paulo Henrique Amorim
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