terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Entregar redes às multinacionais é entregar controle de nosso espaço aéreo


Se é para entregar o espaço aéreo aos gringos... 

Por Fernando Britto

Incrível a notícia de hoje, no Estadão, de que a Aeronáutica pretende privatizar o controle da gestão da rede de telecomunicações usada pela Aeronáutica para a defesa, vigilância e controle do tráfego aéreo.

Privatizar é pouco: pretende entregar âs multinacionais:
“Dezessete empresas participaram da audiência pública, duas com maior interesse: o grupo mexicano Claro/Embratel e a americana Harris. As companhias apresentaram uma proposta que pode servir de base para o edital da licitação, que será lançado no fim deste semestre”
Embora vá continuar exercendo a tarefa de operar, a partir desta rede, o controle do tráfego aéreo e da defesa do espaço aeronáutico nacional, é obvio que quem controla a rede sabe tudo o que trafega por ela.
Dispensam-se, portanto, a NSA e os satélites espiões, todos os registros de navegação aérea – e isso inclui a militar – já vão direto para mãos estrangeiras, da fonte. Isso, claro, compreende todas as simulações, com táticas e alcances de seus vetores (aviões e mísseis) , da defesa aérea brasileira.
A reportagem, parcialmente publicada na internet, registra o cinismo de que “haverá salvaguardas” no caso de o Brasil entrar em guerra com o país da empresa que controle a rede de telecomunicação de nossa Força Aérea. Que guerra? De posse destas informações, toda a nossa capacidade de reação aeronáutica, que se funda na capacidade de reação imediata e pontual e não num confronto prolongado contra forças imensamente maiores , estará destruída e minutos ou horas antes que sequer se redija o ato de intervenção na rede de comunicações.
Se é só uma questão de economia, seria melhor pensar em fechar a Força Aérea, porque uma Força sobre a qual se sabe como age, com todos os detalhes de posição, rotas, altitudes, formações e táticas não serve nem para videogame.
A Harris, por exemplo, é contratada por valores imensos pelas forças armadas norte-americanas para montar sistemas de comunicação. E ela mesmo diz em sua página promocional:
 Se você está defendendo seu país, os mares, ou os céus – você precisa de uma comunicação segura na  qual você possa  confiar. Os poucos momentos  necessários receber uma mensagem ou responder a uma ameaça podem afetar dramaticamente o resultado de uma situação.
Podem, não é? Dramaticamente, para nós.
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A propósito do post do Fernando Brito "entregar às redes multinacionais o nosso espaço aéreo é entregar o nosso controle" e, agora, com a notícia de que o Traíra resolveu devolver ao Exército o papel que, na Escravidão, a ele se confiava - o de capitão do mato -, amigo navegante escreveu furioso comentário:
Ao invés de defenderem a soberania nacional, ficam caçando comunista (ou petista bolivariano) embaixo da cama.
São incompetentes para a segurança externa: os americanos com 2 ou 3 bases fariam melhor e mais barato.
Para a segurança interna, não servem mais: as polícias militares resolvem o problema, sabem reprimir, torturar e matar melhor que eles.
E extinguir as Forças Armadas, essas que vendem o espaço aéreo e deixam o Pedro Malan Parente entregar o pré-sal, com sua sumária extinção teríamos várias vantagens, como a economia com pensões para gente como a Maitê Proença, além de não precisarmos mais gastar dinheiro com brinquedinhos como tanques, caças, submarinos etc, que, no passado, seriam para defender o interesse (nacional brasileiro).
Assim economizaríamos um bom dinheiro e nossos amigos americanos cuidariam de tudo, como bons e leais aliados que sempre foram...
Quem disse que o Golbery morreu?
Pergunte ao Gasbery, que fala com ele todas as noites...

Assinado, janguista furioso
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