terça-feira, 23 de maio de 2017

Lembra da “caravana democrática” a Caracas? Metade está na lista do Fachin.


Ao chegar em Caracas o veículo em que a comitiva estava foi alvejado por mangas podres 
atiradas pelos manifestantes, que gritavam "fora" e "Chávez não morreu, se multiplicou".

No Nocaute  

Em uma abafada tarde de junho, dois anos atrás, desembarcou de um jato da Força Aérea Brasileira 
no Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Caracas, uma nutrida delegação de oito senadores 
brasileiros. Com despesas cobertas pelo contribuinte, suas excelências lá estavam com o humanitário 
objetivo de visitar presos políticos encarcerados pela ditadura bolivariana.
Mal pisaram em território venezuelano. Minutos depois de deixar a estação de passageiros, a van que 
os transportava foi alvo de uma tempestade de mangas podres, atiradas por membros dos Coletivos 
Chavistas de Maiquetía, cidade onde se situa o aeroporto internacional (a viagem e a hora do 
desembarque estavam em todos os jornais). Os parlamentares brasileiros deram meia-volta e 
retornaram a Brasília sãos e salvos.

Duas semanas atrás, antes que o circo golpista pegasse fogo, esteve no Brasil a senhora Lilian 
Tintori, mulher de Leopoldo López, um dos dois “presos políticos” que a delegação brasileira tentara 
visitar. Foi recebida, entre outros, pelo presidente Postiço Michel Temer, pelo governador paulista 
Geraldo Alkmin e, claro, pelo hoje senador afastado Aécio Neves.



Imagino que a esta altura do campeonato o presidente Nicolás Maduro deve estar saboreando o 
noticiário recente do Brasil. Dos oito senadores da chuva de mangas, quatro estão a caminho do 
cadafalso, acusados de crimes diversos pelo ministro Celso Fachin, do Supremo Tribunal Federal.
A lista dos acusados de malfeitorias começa pelos líderes da caravana a Caracas, Aécio Neves 
(PSDB-MG) e Aloysio Nunes (PSDB-SP). Aécio, afastado do cargo pelo STF, é alvo de cinco 
inquéritos por delitos de corrupção passiva e corrupção ativa, lavagem de dinheiro e fraude a 
licitações.


Aloysio Nunes, atual chanceler brasileiro, é acusado de receber R$ 500 mil ilegalmente na campanha 
para o Senado em 2010, corrupção passiva e corrupção ativa e é suspeito de crimes de lavagem de 
dinheiro, crime contra a ordem econômica e fraude a licitação.
Os outros dois valentes defensores dos direitos humanos dos venezuelanos, Cássio Cunha Lima 
(PSDB – PB) e Ricardo Ferraço (PSDB – ES), são acusados de crime de caixa dois nas campanhas 
de 2010 e 2014 para o Senado.
E isso sem levar em conta o mega vazamento dos grampos armado por diretores da JBS Friboi. Os 
venezuelanos ainda vão rir muito nas próximas semanas.
Assista aqui cenas da comitiva sendo escorraçada:

Nenhum comentário: