quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Exército toma capital do Zimbábue e Mugabe resiste a golpe de Estado. Nunca aceitaremos golpe no Zimbábue’, diz líder da União Africana


Intervenção militar acontece meses antes das eleições presidenciais, em que o presidente 
Robert Mugabe, 93 anos, é candidato à reeleição.

Robert Mugabe (direita), acompanhado do 
vice-presidente Emmerson Mnangagwa no 
Câmara do Parlamento (Foto: Agência Lusa)

Tanques do Exército ocupam Harare, capital do 
Zimbábue, desde a madrugada de quarta-feira 
(15) para tentar derrubar o governo de Robert 
Mugabe. O presidente e sua família estão presos 
em casa.
Os militares negam que seja um golpe de 
Estado, embora todas as ações do Exército
tenham as características de um: veículos
militares espalhados pelas ruas, soldados no
controle da TV estatal e um general divulgando um comunicado sobre a situação.
O discurso na TV foi feito pelo major-general Sibusiso Moyo. Ele afirmou que o Exército pretende 
assumir o controle temporariamente para superar uma “crise política, social e econômica grave”.
Soldados e veículos blindados bloquearam o acesso ao Parlamento e a outros edifícios 
governamentais. De acordo com testemunhas, houve pelo menos três grandes explosões na capital 
Harare. Também foram ouvidos tiros. Um residente disse à agência de notícias AFP que pouco 
depois das 2 horas da manhã (horário local) ter escutado o som de 30 a 40 tiros vindos da direção da
residência de Mugabe.
A intervenção acontece meses antes das eleições presidenciais, em que o presidente Robert Mugabe, 
93 anos, é candidato à reeleição. Ele está no governo desde 1980.
Mugabe afirma ser o único governante legítimo do país. Segundo a agência de notícias Reuters, o 
presidente e os militares estariam dialogando para chegar a um acordo. A a emissora de televisão sul-
africana News24 noticia que Mugabe cogita renunciar ao cargo.
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