sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

TRUMP ACABA COM A NEUTRALIDADE DA REDE E EXPULSA POBRE E ESQUERDA DA INTERNET


Trump acaba com a “neutralidade da rede” Protesto em defesa da neutralidade da rede em
Washington DC., neste ano (Reprodução/Standard) .

Jornal GGN -  A Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos Estados Unidos tomou uma decisão polêmica nesta quinta (14). Por 3 votos a 2, decidiu revogar a regra que estabelecia a chamada "neutralidade da rede". No Brasil, norma similar foi aprovada quando do Marco Civil na Internet e também enfrenta resistência de provedores de banda larga.
O princípio da neutralidade da rede é impedir que o consumidor seja cobrado pelos diferentes tipos de uso que faz da internet. Quem prefere assistir vídeos ou explorar jogos online não pode ter de pagar mais por isso do que o usuário que só acessa e-mail, por exemplo. 
Mais do que isso: derrubando a neutralidade da rede, provedores podem começar a cobrar das empresas que estão online para posicioná-las melhor diante dos internautas, passando a interferir, portanto, no conteúdo consumido.
Segundo reportagem do New York Times, com a revogação da neutralidade, as companhias de banda larga podem "redefinir as experiências dos usuários norte-americanos de serviços on-line."
Além de acabar com o princípio, o governo Trump também abriu mão de "regulamentar a provisão de acesso de alta velocidade à internet como serviço de infraestrutura, a exemplo do que acontece com os serviços de telefonia."
Ajit Pai, presidente da FCC, disse que a mudança ajudará os consumidores porque promoverá uma competição entre as provedoras. "Os provedores de banda larga terão mais incentivo para criar redes, especialmente nas áreas mal atendidas".
Críticos da medida apontam que sem a neutralidade da rede, não haverá garantia de liberdade na internet e o serviço será precarizado.
Esta não é a primeira decisão polêmica tomada pela FCC do governo Trump. "Nos seus primeiros 11 meses como presidente, ele [Pai] removeu limites locais à propriedade de veículos de mídia, eliminou o limite de preço para os serviços de banda larga a empresas, e cortou um programa que promovia o acesso banda larga para pessoas de baixa renda, que seria expandido pelas empresas nacionais de telecomunicações."

Teles brasileiras também querem fim da neutralidade de rede
Jornal GGN - Depois que os Estados Unidos derrubaram a neutralidade de rede, com teles podendo cobrar por pacotes de navegação diferenciada, as teles brasileiras querem que Michel Temer reavalie a situação brasileira. Isso significa pisar em cima do Marco Civil da Internet, que garantiu um só valor pelo tráfego realizado pelo internauta. Se isso acontecer, será preciso pagar por serviços digitais diferenciados.
Nos Estados Unidos, nesta quinta-feira, 14, o Federal Communications Commision (FCC), a agência de telecomunicações local, derrubou as regras que impediam que as teles dessem tratamentos diferenciados na oferta de internet ou "microgestões" do tráfego de dados na internet. O presidente da FCC, Ajit Pai, indicado por Trump, já havia cantado a intenção de ver a agenda de desregulamentação da intenet aprovada. E conseguiu.

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