terça-feira, 16 de janeiro de 2018

ADEUS DOLORES !!!




Morre Dolores O’Riordan, vocalista do The Cranberries - A cantora morreu de maneira 
repentina aos 46 anos, de acordo com a televisão irlandesa 



Dolores O’Riordan, a inconfundível voz de The Cranberries, uma das bandas de maior sucesso
nos anos 90, morreu nesta segunda-feira aos 46 anos de forma repentina, segundo informou em um
comunicado o representante da banda irlandesa, que não especificou a causa da morte. A artista,
intérprete de sucessos como Linger e Zombie, se encontrava em Londres gravando.
“A líder da banda irlandesa The Cranberries estava em Londres em uma breve sessão de gravação”,
afirmou o representante do grupo em um comunicado sem mais detalhes. “A família [de Dolores 
O’Riordan] está arrasada com a notícia e pediu privacidade neste momento tão difícil”, acrescentou.
Um comunicado da polícia confirmou a informação e acrescentou que o corpo de O’Riordan foi
encontrado no hotel Park Lane da capital britânica às 9h05.

Nascida em Limerick em 1971, O’Riordan era a mais nova de sete irmãos e foi educada no
catolicismo. Dolores devia seu nome à profunda fé católica de sua mãe. Ela não era praticante, mas
se declarou admiradora do papa João Paulo II, a quem visitou com a mãe no Vaticano.

"Estamos arrasados ao ouvir as notícias sobre o falecimento de Dolores O’Riordan. Nossos 
pensamentos vão para a família dela neste momento".
O’Riordan se uniu a The Cranberries em 1990 (então chamados de The Cranberry Saw Us), com o 
guitarrista Noel Hogan, o baixista Mike Hogan e o baterista Fegal Lawler. Seu salto à fama chegou
com o álbum de estreia, Everybody else is doing it, so why can't we? (1993), que incluía a canção
Linger, sobre a rejeição e as frustrações do desamor adolescente, que se transformou em seu primeiro
sucesso mundial.

"Encontrei certa vez Delores O’Riordan quando eu tinha 15 anos. Ela foi gentil e adorável. Peguei 
seu autógrafo em minha passagem de trem e com isso ganhei o dia. Ela tinha a maisincrível voz e 
presença. Muito triste por ouvir que ela faleceu hoje".
“Quando era adolescente, não me sentia atraente, minha mãe não me deixava usar maquiagem”,
explicou O’Riordan em uma entrevista ao The Guardian no ano passado. “Era uma menina estranha,
superprotegida, com um vestido rosa de flores e laços na cabeça, que tocava órgão na igreja. Minha
mãe me comprava as roupas, então, na minha primeira sessão de fotos com The Cranberries, Noel
me trouxe um novo look e me deu um par de botas Doc Martens. Ficavam grandes, mas mesmo
assim as coloquei. De repente, parecia uma garota indie”.


Seu disco seguinte, No Need to Argue, lançado um ano depois, superou o sucesso do primeiro e
permitiu que a banda fizesse novos registros e que O’Riordan mostrasse todo o potencial de sua voz. 
Torturada e excessiva, mas sempre comovente, a voz de O’Riordan atingiu o auge em Zombie, single
cantado por milhões de jovens na década de noventa, escrita na sequência do atentado do IRA em
Warrington, que matou duas crianças, de três e 12 anos.
No Need to Argue vendeu 17 milhões de cópias em todo o mundo e fez do The Cranberries uma das
maiores bandas que surgiram no contexto do então chamado rock alternativo. Graças em boa medida
à voz de O’Riordan, impetuosa, sinuosa e libérrima, a banda irlandesa introduziu essa combinação
de fúria e doçura que caracterizou muitas bandas de certo rock alternativo dos anos noventa.

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