E também a Petrobras, a Eletrobras, as hidrelétricas...
O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, garantiu que, se for eleito,
reverterá a entrada da Boeing no capital da Embraer caso a operação se concretize. Ciro citou outras
operações que seriam revertidas: a revogação da lei de partilha na área de petróleo e a privatização
da Eletrobras.
"Essa três usinas hidráulicas que foram vendidas em Minas Gerais, eu vou comprar de volta",
acrescentou o pré-candidato, referindo-se, na verdade, a quatro usinas operadas pela Companhia
Energética da Minas Gerais (Cemig) leiloadas em setembro do ano passado e arrematadas pela
iniciativa privada.
Perguntado o que faria caso se concretize a venda da Embraer à Boeing, Ciro foi sintético: "A
Perguntado o que faria caso se concretize a venda da Embraer à Boeing, Ciro foi sintético: "A
Embraer, eu vou tomar de volta", disse ele, para depois se manifestar contrariamente à privatização
da Petrobras. "Ao privatizar, no Brasil, por definição, estamos entregando ao capital estrangeiro. É
isso, nesse volume gera um passivo externo a ser remunerado em dólar que, no limite, nós não
temos", justificou.
Ao falar de economia, Ciro classificou como "Regra de Ouro de Tolo" a norma, prevista na
Ao falar de economia, Ciro classificou como "Regra de Ouro de Tolo" a norma, prevista na
Constituição Federal, que determina que as operações de crédito da União não podem superar as
despesas de capital. Disse que a dívida pública brasileira segue para atingir o patamar de R$ 4
trilhões, sendo que atualmente R$ 1,184 trilhão são de operações com vencimento de curtíssimo
prazo (quatro dias). "Sabe qual é a regra: o Brasil está proibido de fazer empréstimos a não ser para
investimento. Correto, agora nós temos uma rolagem de dívida dessa proporção. E, aí, se eu não
tenho dinheiro do fluxo para pagar, como vou fazer? Vou tomar dinheiro emprestado para pagar. E a
Regra de Ouro virou a Regra de Ouro de Tolo", disse. Para ele, as operações compromissadas do BC
são "o novo nome da padroeira no nosso país".
O pré-candidato não poupou críticas à bancada parlamentar que apoia o presidente Michel Temer.
"Michel Temer, meu colega na Câmara, que eu conheço há 25 anos, vai ser o campeão da austeridade
e da moralização no Brasil?", questionou. "Conheço de longuíssima data, ele e sua bancada. A
metade já está na cadeia e a outra metade vai." (...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário